"Estou em um país capitalista", diz Bolsonaro ao chegar na China. Presidente se negou a comentar política chinesa e guerra comercial com os EUA. "Queremos nos inserir sem viés ideológico nas economias do mundo", disse. José Cruz/Agência Brasil Da Redação da Veja Pouco após desembarcar em Pequim, nesta quinta-feira 24, Jair Bolsonaro disse a jornalistas que estava em um “país capitalista”. O presidente havia sido indagado sobre como seu eleitorado reagiria à sua presença em um país que há poucas semanas comemorou 70 anos da revolução comunista que formou seu atual regime. Bolsonaro reagiu afirmando que não foi a Pequim “para falar de questão política sobre a China” e se recusou a se aprofundar na questão. O presidente disse “ser normal” o presidente chinês, Xi Jinping, ser membro do Partido Comunista Chinês. Ele se reúne com Jinping na sexta-feira, em encontro no qual fará “o que for possível para o desenvolvimento do Brasil”, disse Bolsonaro. Questionado sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos, Bolsonaro adotou tom de distanciamento. “Não é uma briga nossa. Nós queremos nos inserir sem qualquer viés ideológico nas economias do mundo”, declarou. Nesta quinta, a agenda de Bolsonaro prevê um visita à Muralha da China e a participação em uma audiência e um jantar promovidos pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, com a presença de comitiva de CEOs de empresas chinesas.
Bolsonaro aciona Ministério da Defesa para o caso de manifestações como as que ocorrem no Chile. José Cruz/Agência Brasil Da IstoÉ - Por O Dia O presidente Jair Bolsonaro afirmou, ontem, que o Ministério da Defesa foi acionado para deixar as Forças Armadas em sobreaviso em caso de manifestações no país semelhantes aos protestos no Chile e na Bolívia. O chefe de Estado e seus auxiliares temem confrontos violentos provocados pela polarização política no Brasil. “A gente se prepara para usar o Artigo 142 da Constituição Federal, que é pela manutenção da lei e da ordem, caso eles (integrantes das Forças Armadas) venham a ser convocados por um dos três Poderes”, afirmou o presidente em viagem oficial ao Japão. A avaliação considera a votação da constitucionalidade da prisão dos condenados em segunda instância pelo Supremo Tribunal Federal. O governo avalia que o resultado do julgamento pode levar a manifestações de apoiadores da Lava Jato e bolsonaristas. O jornal O Estado de S. Paulo mostrou, terça-feira, que grupos isolados de caminhoneiros ameaçam promover protestos caso a votação no STF possibilite a soltura de Lula. Protestos no Chile Nos últimos 15 dias, milhares de chilenos foram às ruas para protestar contra o aumento das tarifas de metrô, mas, a partir da última, as manifestações se tornaram violentas. Até o momento, 18 pessoas morreram e mais de 78 estações foram atacadas. No sábado, o presidente chileno, Sebastián Piñera, revogou o aumento das passagens e decretou toque de recolher para as duas próximas noites. Mesmo depois das medidas, as manifestações continuam. |