Política : ASSESSORES
Enviado por alexandre em 18/09/2019 08:22:40

Há risco de Bolsonaro não ir à ONU

Há "risco pequeno" de Bolsonaro cancelar ida à ONU, dizem assessores. Caso confirme a presença em Assembleia Geral, o presidente deve viajar ainda com pontos, em dieta pastosa e com uma série de outras restrições.

Jair Bolsonaro durante internação após cirurgia para remover hérnia (Youtube/Reprodução)

Veja - Por Conteúdo Estadão

 

Assessores do presidente Jair Bolsonaro veem baixo risco de seu quadro de saúde impedir viagem a Nova York, onde o presidente deve discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU, no dia 24. Bolsonaro está se recuperando de cirurgia feita no dia 8, em São Paulo, para correção de uma hérnia incisional.

Segundo uma fonte do Planalto, há “risco pequeno” de a viagem ser cancelada, “mas ele existe”. Bolsonaro teria manifestado uma pequena piora no quadro clínico nesta terça-feira, 17, segundo o mesmo assessor. Caso confirme a presença no evento, o presidente deve viajar ainda com pontos, em dieta pastosa e com uma série de outras restrições.

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, disse nesta terça que uma avaliação médica agendada para a sexta-feira, 20, será decisiva para confirmar se Bolsonaro poderá viajar. “Tudo indica, a recuperação do presidente é muito positiva, que ele (médico) dará a confirmação e nós embarcaremos”, disse Rêgo Barros.

Auxiliares do presidente dizem que, caso Bolsonaro não possa ir, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, deve discursar representando o Brasil.

Algumas pessoas próximas ao presidente estariam pedido para a viagem ser cancelada. No Twitter, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) lançou campanha para Bolsonaro permanecer no Brasil. “Fique no Brasil, presidente. Cuide da recuperação da sua última cirurgia. Cuide de sua saúde. O Brasil precisa do senhor firme e forte!”, escreveu a deputada.

Durante evento nesta terça-feira, 17, com parlamentares e ministros no Palácio da Alvorada para sanção da posse estendida de armas de fogo em áreas rurais, no início da tarde, o deputado Afonso Hamm (PP-RS) afirmou que Bolsonaro estava com “dificuldade” para falar e que os assessores demonstraram preocupação durante toda a cerimônia. Apesar disso, o presidente fez questão de sancionar a proposta, com a presença de representantes do Congresso. “Ele falou com muito esforço. Mas até fez brincadeiras”, contou o deputado.

A reavaliação médica de Bolsonaro deve começar na manhã de sexta no Hospital DF Star, em Brasília, por equipe comandada pelo médico Antonio Luiz Macedo. Segundo Rêgo Barros, o presidente apresenta “melhora clínica progressiva” e segue orientações sobre alimentação, fisioterapia, descanso e restrições de visitas e despachos.

Antes de discursar na abertura na abertura da Assembleia Geral da ONU, se a viagem for confirmada, Bolsonaro terá encontro com o secretário-geral da instituição, António Guterres, disse o porta-voz. Ainda segundo o general, não há previsão de outros encontros bilaterais do presidente, mas a agenda pode ser alterada.

A comitiva de Bolsonaro partirá de Brasília para Nova York às 20h do dia 23, caso se decida pela realização da viagem. O retorno ao Brasil está agendado para o dia 25, com escala em Dallas, no Texas, onde Bolsonaro deve se encontrar com empresários do setor de tecnologia. O Planalto não confirma quais ministros devem acompanhar Bolsonaro.

Uma delegação mais ampla do Brasil, mas sem o presidente, deve participar de 17 a 27 de setembro das atividades na ONU.



Cúpula da Época pede demissão

R7 Planalto

Três integrantes do alto escalão de revista Época, a diretora de redação Daniela Pinheiro, o redator-chefe, Plínio Fraga, e o editor, Marcelo Coppola, pediram demissão, hoje, após a repercussão negativa de uma matéria sobre a atuação de Heloisa Wolf Bolsonaro, esposa de Eduardo, como coach e psicóloga.

Publicada na última edição da revista, que entrou em circulação ontem e também divulgada na internet, a reportagem "uma Bolsonaro ensina a vencer na vida" foi duramente criticada pela família presidencial e por seus apoiadores.

Após as respostas negativas, a cúpula da revista soltou uma nota afirmando que analisou a reportagem e que ela não extrapolava os limites éticos do jornalismo. Pouco depois o Grupo Globo publicou outra nota em que rebatia o entendimento dos gestores, confirmando que a matéria havia sim extrapolado a ética jornalista.

Assim, diante das divergências, os três membros da cúpula da Época pediram demissão do Grupo Globo.

Na matéria, o repórter conta como foi seu mês de sessões com a nora do presidente da República, em que, segundo o relato, foram discutidas questões políticas e até o possível descontentamento do povo paulista com o deputado, eleito com maior número de votos da história, por sua intenção em se tornar embaixador brasileiro em Washington, nos Estados Unidos.

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