Política : A MOAGEM
Enviado por alexandre em 11/09/2019 08:41:45

Posições e ações polêmicas de Carluxo, Crivela e Covas

Nem sempre é o que parece

Por  Carlos Brickmann

 

Um dos zeros do presidente, Carluxo, levou cacetadas só por ter dito que, por vias democráticas, a transformação que o Brasil quer “não acontecerá na velocidade que almejamos“. E, no entanto, Carluxo tem razão. Foi abandonando a democracia que Mussolini fez com que os trens da Itália cumprissem o horário. Tudo bem que algum tempo depois a Itália fosse invadida e ele terminasse seus dias pendurado pelos pés. Mas foi tudo rápido. Como foi rápida a transformação da Alemanha tão logo Hitler fugiu das vias democráticas. Montou avançados campos de extermínio, levou o país a ser atacado com as mais modernas armas então existentes, e depois passar uns 50 anos dividido em dois – algo, convenhamos, transformador, diferente de tudo o que havia antes.

Há quem pense que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, movido pelo fervor fundamentalista, errou feio ao tentar apreender os gibis da Marvel em que dois super-heróis se beijavam. Nada disso: Crivella passou a ser criticado por esquecer que o país é laico, que revista compra quem quer e que a censura é proibida pela Constituição. Enquanto isso, não o criticaram pela total inoperância como prefeito do Rio. Crivella, como o prefeito paulistano Bruno Covas, é simpático, bom de conversa, mas concentra defeitos na parte administrativa. Digamos que Crivella é uma espécie de Bruno Covas capaz de citar longos trechos do Evangelho.

Qual a vantagem?

Parece que está sendo difícil defender a gestão de Crivella como prefeito. Ao brigar com os super-heróis, passa a ser defendido por eleitores que, como ele, se opõem a fotos, desenhos ou frases que pareçam ser contra a religião. Embora o trio Batman, Robin e Alfred, e as duplas Mandrake e Lothar, o Fantasma e Guran, o líder pigmeu, nunca tenham dado margem a dúvidas.



Salvador sem pornografia

Prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM Fonte: Diario do Poder - Crédito: Foto: Valter Pontes/Secom Salvador

Por  Carlos Brickmann

 

ACM Neto, prefeito de Salvador, promulgou a lei que proíbe pornografia em eventos da Prefeitura. OK – mas como definir o que é pornografia? No Carnaval de Salvador dificilmente as letras estão distantes do tema proibido.

Nos bons tempos em que Carlos Moreno era garoto-propaganda da Bombril, uma das músicas do Carnaval de Salvador, composta pelo pessoal da agência de publicidade que cuidava da conta, tinha como refrão “Pega no Bombril dela”.

Nos tempos da censura do regime militar, as revistas de mulher pelada receberam instruções sobre o que era proibido ou permitido. Mulher nua só podia exibir um dos seios. Mas, com uma camiseta molhada, transparente, podia mostrar os dois. E havia a proibição do impossível: não era permitido mostrar uma foto frontal de bunda. Essa nem Picasso conseguiria.


Eduardo diz ter votos para embaixada

Filho de Bolsonaro minimiza polêmica em fala do irmão Carlos. "Por nós, teria outra velocidade, mas o tempo do Congresso não é o tempo da sociedade", disse o deputado ao defender o irmão.

O deputado Eduardo Bolsonaro (Joshua Roberts/Reuters)

Da Redação da Veja

 

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) saiu em defesa do seu irmão no plenário da Câmara nesta terça-feira 10. Sob protesto de alguns deputados de oposição, o parlamentar minimizou a polêmica do tuíte do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) , de que “o Brasil não terá transformação rápida pro vias democráticas“, ao dizer que a posição de Carlos “não tem nada demais”. Para Eduardo, é a oposição que é “amante” de ditaduras.

“O que Carlos Bolsonaro falou não tem nada demais. As coisas em uma democracia demoram porque exigem debate. Ele falou só isso. Não temos condições de mudar o Brasil na velocidade que gostaríamos. Por nós, teria outra velocidade, mas o tempo do Congresso não é o tempo da sociedade”, disse.

Eduardo também acusou a oposição de isentar de críticas a situação da Venezuela e de apoiar países como Cuba. “São amantes de ditaduras. São incapazes de repudiar o governo de (Nicolás) Maduro e vêm aqui posar de amantes da democracia”, disse.

Enquanto Eduardo discursava do centro do plenário, deputados pediam que ele “limpasse a boca” antes de criticar os partidos de oposição.

Embaixada

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a embaixada brasileira em Washington, nos Estados Unidos, Eduardo afirmou que a formalização da indicação ao Senado deve acontecer em meados de outubro.

Em entrevista ao site Congresso em Foco, Eduardo disse já ter votos suficientes de senadores para ter o nome aprovado para ser o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos. “Acredito que hoje, se fosse votado, acredito que sim, acredito que conseguiria (ser aprovado).”

Ele contou que já conversou com mais de 30 senadores e está confiante em sua aprovação. Eduardo terá que ser sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores e, depois, terá que ter seu nome aprovado pelo colegiado e pelo plenário da Casa.

Questionado sobre se estaria esperando a reforma da Previdência ser aprovada pelos senadores, Eduardo negou e disse apenas estar esperando o melhor momento baseado nas conversas que têm tido com os senadores, inclusive com os de oposição.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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