Política : Dívidas
Enviado por alexandre em 14/07/2011 16:49:56



Confúcio diz que está pagando dívidas do Governo anterior, ao invés de fazer obras

O governador Confúcio Moura (PMDB) foi o entrevistado desta quinta-feira (14), do programa A Voz do povo, da rádio Cultura FM 107,9, comandado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá. O programa é retransmitido ao interior do Estado, através da rádio Antena FM 98,3, de Alvorada do Oeste.

Ele lamentou que está pagando dívidas, herdadas do Governo anterior, ao invés de estar realizando obras e outros investimentos. “Quando sai, o governador não pode deixar dívidas. Deve deixar tudo quitado ou os recursos para pagar os débitos. Encontramos mais de R$ 200 milhões em débitos. Negociei com bancos e já pagamos até agora R$ 100 milhões. Poderia estar fazendo obras novas, investimentos, mas estou pagando dívidas”, lamentou.

Moura classificou a função de governador como “um prefeito com muitas prefeituras para cuidar. São muitos temas, uma situação muito maior, com mais órgãos, Poderes e interesses. É um cargo honroso e grande, uma responsabilidade dividida entre muitos”.

Confúcio reconheceu que recebe pressão, das mais diversas. “Recebo sim muita pressão e é natural numa democracia, que as pessoas e entidades busquem seus direitos, seus espaços. São, em sua maioria, reivindicações legítimas de pessoas e entidades”.

O governador relatou ainda que “recebemos também pressões indecorosas, de pessoas que querem fazer negócios escusos. Explicamos que em nossa gestão não ocorre isso, mas muitos não entendem e saem batendo nas portas, com raiva, por não serem atendidos em suas negociatas”.

Confúcio afirmou que está começando a estabelecer o seu estilo próprio de governar. “É o meu estilo, as suas prioridades. O Governo passado priorizou as estradas e o setor agropecuário. Como médico, minha prioridade é a saúde, tudo está planejado e acontecendo”, disse.

Sobre a saúde, ele relatou que, no pronto-socorro João Paulo II, existe uma amarração, uma corrida de obstáculos, difícil de ser cumprida. “Tem que se romper contratos, quebrar regalias e gerenciar pessoas. É um grande funil, onde os pacientes ficam a mercê da espera de atendimento”, completou.

Para ampliar o atendimento, o governador anunciou que vai colocar em funcionamento duas Unidades de Pronto Atendimento, por conta do Estado. E mais duas pela prefeitura da capital.

“No nosso Governo, estamos ampliando os serviços, colocando o tratamento de câncer no HB, construindo o novo hospital infantil, anexo ao HB, pronto em até 90 dias. Estamos montando no HB a nova Policlínica Oswaldo Cruz, que será restabelecida com um jeito diferente. Ampliamos os leitos de UTI no HB e o Hospital Regional de Cacoal, que recebi com 15 leitos de UTI, agora tem 25 e 150 leitos em pleno funcionamento”, informou.

Sobre as trocas nas secretarias, “alguns foram até pedidos, entraram no Governo e não entrosou, outros trocamos, não por incompetência, mas por situação de gestão mesmo. Quem se candidatou e foi aos debates, fui eu. Quem responde sou eu. A responsabilidade é minha. Já avisei a alguns, tomem cuidado, façam a coisa certa, me avisem dos pagamentos e dos problemas. Se escorregar, estará fora do Governo e vou anunciar através do blog mesmo”.

Na relação com a Assembleia, Confúcio disse que “existe, naturalmente, não só aqui, mas em outros Estados e até no país, essa relação. O Lula vacilou e o baixo clero elegeu o deputado Severino Cavalcati como presidente da Câmara Federal. Eu fui deputado e prefeito e nunca me preocupei em eleger presidente de Câmara. O que vamos fazendo é uma base, uma conquista gradual, que vai dar certa e vamos governar tranquilamente, sem embaraços”.

O governador contemporizou a interferência dos deputados estaduais na nomeação do secretário municipal de Saúde da capital, Williames Pimentel. “Houve sim uma rejeição por parte de lideranças e até de secretários municipais do interior. Não tenho dúvida que com a Assembleia, vamos nos dar bem. Se o Governo é fraco, os deputados também são prejudicados”, completou.

Para finalizar, Moura alegou que “quando nomeei o defensor geral, escolhi o nome mais votado pelos pares. Desconhecia, por ignorância, que o nome precisaria passar pelo crivo da Assembleia. Foi tudo resolvido e superado”.


Autor: Rondonoticias

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia