Novo aceno do governo a caminhoneiros preocupa empresários, que cogitam recorrer ao Congresso. (Foto: Reuters) Folha de S. Paulo - Painel Daniela Lima Donos de cargas que negociam com caminhoneiros a tabela do frete perceberam mudança no discurso do governo. De um suporte transitório, que levaria a um “desmame” gradual, o governo parece defender agora uma renda mínima perene à categoria. Os termos desagradam o setor produtivo, que questiona o tabelamento no Supremo. Empresários dizem que há pressão do governo a favor dos caminhoneiros para que um acordo seja fechado antes do julgamento, no dia 4. O aceite, porém, prejudicaria o pleito na Justiça. Certos de que o governo Bolsonaro se curvou aos caminhoneiros, donos de cargas, muitos dos quais do setor rural, já se preparam para levar a discussão ao Congresso. Querem que os parlamentares fixem data de validade para a tabela, com o argumento de que amanhã outros empresários serão vítimas da política presidencial.
Para a centro-direita, aliança entre Moro e Bolsonaro está perto do prazo de validade. (Foto: Lula Marques | Marcos Corrêa/PR) Folha de S. Paulo - Painel Daniela Lima Um político experimentado da centro-direita avalia que o esvaziamento dos atos deste domingo (25) indica que a máquina de mobilização a serviço de Sergio Moro, e ora de Bolsonaro, pode estar perdendo força. Casamento de fachada Disseminou-se na classe política a impressão de que as cotoveladas entre Bolsonaro e Moro aumentarão, em público e em privado, e a relação se esgarçará até a inviabilidade. Se o ministro tem pretensões políticas, diz liderança da centro-direita, o timing da ruptura está passando.
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