Justiça : OS PLANOS
Enviado por alexandre em 07/08/2019 09:13:11

Limpeza ideológica de Bolsonaro no MP vai fracassar

Já ficou claro no processo de escolha do novo Procurador Geral da República que a intenção de Jair Bolsonaro vai além de nomear um titular dócil e afinado com seu governo, na linha do “engavetador geral da República” de tempos passados. Os planos de Bolsonaro são mais ambiciosos: promover uma “limpeza ideológica” no Ministério Público, exterminando as idéias de esquerda e o foco na defesa das minorias e do meio ambiente. Vai ser muito difícil conseguir.

Nos últimos dias, além de entrevistar candidatos, o presidente tem se preocupado em alardear os critérios que vão nortear sua escolha. Em entrevista ao Estadão desta terça, por exemplo, disse que não quer “um cara que fique lá só preocupado de forma xiita com questão ambiental ou de minoria”. Ao mesmo tempo, informa a Folha, Bolsonaro vem deixando claro nas conversas com os candidatos que quer promover uma mudança de perfil ideológico no segundo escalão do órgão, colocando os principais cargos da PGR nas mãos de conservadores.

É muito improvável que Bolsonaro tenha sucesso em sua operação de limpeza ideológica do Ministério Público Federal. Há, sim, procuradores conservadores ou de direita dispostos a ocupar esses postos. Ocuparão. Mas a subordinação desejada pelo presidente dificilmente será obtida. Questão institucional. Ao longo dos últimos anos, o MP se fortaleceu tanto – até demais, como se vê nas conversas impróprias da Vaza Jato – que, segundo antigos integrantes, é mais fácil hoje que o procurador chefe seja enquadrado por seus chefiados do que o contrário.

Com a Constituição de 1988, os recursos dados por seguidos governos para fortalecer o Ministério Público e o reforço ao corporativismo na categoria, Não há como pensar em  retrocesso nas condições de temperatura e pressão de uma democracia.


Cresce volume de hackeamento de autoridades

O volume do material que compõe o inquérito que apura o hackeamento de autoridades é tão grande que a parte que já chegou no STF nem sequer foi autuada.

O destinatário é o ministro Alexandre de Moraes.

Pessoas próximas a Moraes, ministro que relata inquérito que apura ataques e fake news contra o Supremo, dizem que, se após análise ele entender que há algo voltado especificamente contra o tribunal, pode desentranhar trechos específicos e remetê-los à guarda da corte na investigação que já conduz.  (Painel – FSP)

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