Política : GRANDE MÍDIA
Enviado por alexandre em 07/08/2019 09:02:35

Castigo de Bolsonaro a jornais acertou o que não viu

O presidente Jair Bolsonaro declaradamente mirou na “grande mídia” ao assinar medida provisória que desobriga a publicação de balanços nos jornais, mas acabou atingindo uma parte significativa da elite da classe política, a ala que é dona de veículos de porte regional.

Efeito colateral -  A norma baixada por Bolsonaro fere de morte jornais de famílias tradicionais na política, disse um dirigente de partido de centro que é dono de empresas de comunicação em seu estado. Ele e outros já começaram a acionar líderes, deputados e senadores para derrubar a MP.

Já integrantes da Procuradoria-Geral da República voltaram a descartar as chances de Raquel Dodge agir de ofício contra Dallagnol, ainda que publicamente cobrada a fazê-lo. O Conselho Nacional do Ministério Público debate o caso do procurador de Curitiba na semana que vem.(Daniela Lima – FSP)



Banho de sangue

Carlos Brickmann

Bolsonaro sugere um projeto de lei que crie o “excludente de ilicitude” – quer dizer, que livre de processo os agentes de segurança que matarem durante operações. Palavras do presidente: “Vão morrer na rua igual barata”. O projeto deve beneficiar também o pessoal das Forças Armadas que atuar em “operações de garantia da lei e da ordem”.

Essa proposta está no pacote anticrime proposto pelo ministro Sérgio Moro, mas enfrenta resistências no Congresso – já que abre caminho para casos como o da Rota 66 ou, até, de retorno ao Esquadrão da Morte. Basta matar e arrumar o cenário.

Emquanto isso, foram duas declarações, praticamente ao mesmo tempo: na Câmara, o ministro-astronauta Marcos Pontes, a quem os Correios estão teoricamente subordinados, garantiu que não há nenhum procedimento de desestatização ou privatização. E, em outro local, o presidente Bolsonaro garantiu que os Correios serão privatizados, sim. Pontes despertava esperanças de um bom desempenho, mas até agora não deslanchou. Como comprovou no caso dos Correios, em termos de entender o Governo está vivendo no mundo da Lua.

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