Homens se excitam com mais facilidade, experimentam maior desejo sexual e, por isso, precisam fazer mais sexo do que as mulheres: as “constatações” do tipo foram amplamente divulgadas durante décadas e só agora começam a levantar suspeitas, inclusive no campo da ciência.

A realidade é que a excitação sexual não depende do gênero e não tem relação com orientação sexual.

Pelo menos foi o que comprovou um recente estudo do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica, da Alemanha, publicado pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

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Excitação sexual não tem nada a ver com gênero

Contrariando a grande maioria das pesquisas realizadas anteriormente sobre o assunto, o trabalho científico mostrou que homens e mulheres experimentam igual grau de excitação sexual diante de imagens eróticas e que, portanto, não há diferenças em nível neurobiológico neste processo.

E mais: a ideia de que eles se excitam mais do que elas pode, como se suspeitava, estar relacionada a fatores culturais, sociais e até mesmo legislativos.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram dados de 61 levantamentos realizados anteriormente, totalizando 1.850 pessoas avaliadas. A amostragem trazia comparação por gênero e orientação sexual, assim como diferentes nacionalidades. Os resultados mostram que não há diferenças na resposta cerebral aos estímulos visuais de caráter sexual.

Ainda de acordo com o novo estudo, as diferenças na conduta de homens e mulheres em relação ao sexo e à excitação não são fundamentadas por questões biológicas, mas sim por influências sociais, como família, amigos e até mesmo legislações que contribuíram para alienar as mulheres dos seus desejos sexuais.

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Fotos: Reprodução

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