Política : EXPULSÃO
Enviado por alexandre em 17/07/2019 09:08:04

Expulsão de Aécio será decido no voto

A figura do ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) poderá passar por um novo desgaste na semana que vem. Na próxima segunda-feira (22), o diretório paulista do partido deverá votar se pede a expulsão do cacique mineiro.

A deputada estadual Carla Morando, líder da bancada tucana na Assembleia Legislativa de São Paulo, contou ao Terra que na segunda (15) houve uma reunião do partido, quando decidiu-se pela necessidade da votação. O Terra apurou que ainda não há uma convocação.

Votarão representantes dos diretórios municipais do partido. O clima entre os tucanos de São Paulo é hostil a Aécio. Sua presença no partido se tornou politicamente tóxica.

Alvo de denúncias de corrupção, ele teve até uma conversa gravada com Joesley Batista. “Tem que ser um que a gente mata antes de fazer delação”, disse Aécio ao empresário, combinando uma suposta transação ilegal que seria efetuada por um primo seu.

As acusações contra o político voltaram à baila em 5 de julho, quando ele virou réu por corrupção e obstrução de Justiça. A denúncia foi aceita pela Justiça Federal em São Paulo.

Prefeito ameça: ou ele ou ele

O diretório do PSDB na capital paulista pediu a expulsão do correligionário também no começo do mês, assim como o de São Bernardo do Campo. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi além: ameaçou sair do partido caso o mineiro fique.

O diretório tucano no Estado de São Paulo não tem poder para expulsar Aécio, essa seria uma decisão nacional do partido - o presidente da legenda é o pernambucano Bruno Araújo.

São Paulo, porém, é o principal Estado da Federação, berço político do PSDB e onde o partido tem mais força. Eventual manifestação do diretório pela expulsão de Aécio tem grande peso.

Principal nome tucano atualmente, o governador de São Paulo, João Doria, não chegou a pressionar publicamente para que o partido expelisse Aécio. Ele advoga, porém, por uma saída espontânea do político.



No forno: uma CPMF disfarçada

O economista Bernard Appy passou esta terça (16) em reuniões com deputados e consultores da Câmara. Ele é o pai da reforma tributária que foi adotada pela cúpula da Casa –e que vai disputar espaço com a elaborada pelo governo Bolsonaro.

A “queda de braço” entre os dois projetos está à toda. Parlamentares que vão analisar o tema na comissão especial tratam com desdém a hipótese de criação de um imposto parecido com a CPMF –como prega a equipe econômica– prosperar.

Jabuticaba -  Esses parlamentares dizem que o imposto único proposto pelo governo onera todas as etapas de produção e pode aumentar o preço de produtos. Além disso, argumentam que não há país que adote este modelo.

Já a equipe econômica diz que o setor de serviços, que responde por 70% do PIB, só topa apoiar a reforma se tiver a folha de pagamentos desonerada. A proposta do governo entrega o que esse nicho pede. Ela promete retirar a carga que incide sobre os salários e trocá-la pelo imposto único. (Painel)

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