Mais Notícias : Agressor de Moro fez molecagem
Enviado por alexandre em 04/07/2019 08:28:49


Agressor de Moro fez molecagem

A Câmara dos Deputados registrou para o País, na noite da última terça-feira, na comissão da reforma da Previdência, cenas de um filme de horror. Em meio ao longo depoimento do ministro Sergio Moro, um deputado xingou outro de ‘veado’. Mais exaltado e certamente a procura dos holofotes, Glauber Agra, do PSol do Rio de Janeiro, agrediu o juiz.

Afirmou que a história não absolverá Moro, que, segundo ele, será lembrado como “o juiz que se corrompeu, como um juiz ladrão”. A Câmara tem que abrir urgentemente um processo no Conselho de Ética contra esse parlamentar sem decência, sem postura e de uma baixeza cavalar. Não pode ficar impune um desrespeito sem precedentes com uma autoridade do Governo.

O nível do Congresso rasteja. Certa vez, um deputado foi reclamar a Ulysses Guimarães da qualidade do parlamento. Ele olhou para o interlocutor e sapecou: “Está achando ruim? Espere o próximo”. Que seria muito pior, como está sendo, claro, eleição após eleição. Quanta sabedoria do velho!

Representação, já! – Os partidos já reagiram à molecagem do deputado Glauber Agra (PSol-RJ). Vice-líder do Governo na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PSL-TJ) anunciou, ontem mesmo, que o seu partido entrará com uma representação (denúncia) no Conselho de Ética contra o parlamentar carioca. “Nunca vi uma autoridade sofrer tamanha agressão no Congresso”, lamentou Jordy.

CPI em Jaboatão – Embora o Tribunal de Contas do Estado tenha determinado uma medida cautelar para o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PR), reduzir o valor do aluguel do Complexo Administrativo de R$ 410 mil para R$ 200 mil, o gestor não se curvou. Corre o risco agora de enfrentar uma CPI na Câmara, cobrada, ontem, por uma juíza, ao presidente da Casa.

Depoimentos – O deputado Felipe Carreras (PSB) abraçou uma causa nobre que está surtindo efeito: acabar com a liberação indiscriminada de agrotóxicos. Uma semana depois de fazer a denúncia na tribuna, os ministros da Agricultura, Teresa Cristina, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, vão ser sabatinados sobre o assunto no dia 7 de agosto na Comissão de Defesa do Consumidor.

Legitimidade – Em entrevista ao programa do jornalista Heron Cid, de João Pessoa, o secretário de Segurança Pública da Paraíba, Jean Nunes, disse que os policiais pernambucanos agiram de maneira legítima ao matarem oito bandidos envolvidos na morte do PM morto em Santa Cruz do Capibaribe.

Campus – A Câmara de Educação Superior aprovou, por unanimidade, o voto do relator Francisco César de Sá Barreto favorável à criação de um campus universitário da UNINASSAU em Serra Talhada com os cursos de graduação em Administração, Ciências Contábeis e Direito.

REFORMA – O líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho, é o convidado, hoje, da terceira mesa de debates sobre a Previdência promovida pela Associação Comercial. O evento está marcado para às 19 horas, na sede da ACP. O último convidado foi a deputada Joice Hasselmann.

Perguntar não ofende: A polícia agiu certo ao matar oito pessoas envolvidas na morte de um PM em Santa Cruz do Capibaribe?



General solta os cachorros em filho de Bolsonaro

“Pau-mandado, idiota inútil”

General Luiz Eduardo Rocha Paiva disparou mensagens e pediu: 'Pode repassar'

Época - Guilherme Amado

Carlos Bolsonaro plantou, e agora vai começar a colher. A última estocada do Zero Dois nos militares de alta patente com assento no governo — ontem, contra o ministro Augusto Heleno, do GSI — já teve a primeira reação.

O general Luiz Eduardo Rocha Paiva, integrante da Comissão de Anistia do governo federal, disparou hoje uma mensagem de WhatsApp em que chama Carlos de "pau-mandado do Olavo", referindo-se ao escritor Olavo de Carvalho.

"Pau-mandado de Olavo. Se o pai chama os estudantes vermelhinhos de idiotas úteis, e eu concordo, para mim, o filhinho dele é um 'idiota inútil', ou útil para os esquerdistas", dizia a mensagem, acrescida de uma assinatura do general e um "Pode repassar".

A estocada em Heleno foi numa página página bolsonarista, a @snapnaro, que havia publicado o vídeo de uma pessoa que se diz jornalista e, sem provas, acusa o GSI e a FAB de cúmplice do sargento Manoel Silva Rodrigues, preso na semana passada na Espanha com cocaína.



Ação contra jornalista parece intimidação

Pedido da PF ao Coaf

Se não houver fundamento, é ataque à liberdade de imprensa

Blog de Kennedy

O pedido da Polícia Federal para que o Coaf investigue Glenn Greenwald parece ser uma tentativa de intimidar o jornalista do “The Intercept Brasil”. A PF precisa mostrar as fundamentações e suspeitas levadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras para justificar a investigação.

Vencedor do prêmio jornalístico de maior prestígio dos Estados Unidos, o Pulitzer, Greenwald é um repórter respeitado, bem como o site de notícias que fundou no Brasil. O “The Intercept Brasil” publicou uma série de reportagens com interesse público que expõe o modus operandi dos principais atores da Operação Lava Jato.

As revelações incomodaram estrelas da investigação, como o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e chefe da PF. O procurador Deltan Dallagnol também aparece em conversas reveladas pelo site e outros veículos de imprensa que fizeram parceria com o “The Intercept Brasil”.

Há trechos que advogados consideram que podem ser configurados como crimes de prevaricação e obstrução de justiça. A imparcialidade de Moro como juiz desaparece com a leitura do material publicado até agora. Para que se justifique o pedido ao Coaf, a polícia necessita ter algo muito consistente. Se for uma investigação para retaliar e incomodar Greenwald, é um ataque à liberdade de imprensa. Por isso, são necessárias explicações sobre os fundamentos para uma investigação direcionada contra o jornalista americano que vive e trabalha no Brasil.

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