Alcolumbre falta em jantar para Moro, que recebe apoio
Senadores vão tentar aprovar projeto anticrime na CCJ do Senado antes do recesso parlamentar
Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo
Os senadores que apoiam Sergio Moro vão tentar aprovar o projeto anticrime na CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) do Senado antes do recesso de julho. A ideia é mostrar que o ministro da Justiça tem apoio político, mesmo depois do escândalo das mensagens.
A missão não é simples: “Não estamos fortes na CCJ”, diz o senador Marcos do Val (PPS-ES), relator do projeto.
No jantar que ofereceu a Moro na quarta (26), com vários senadores, Val e parlamentares como Esperidião Amin (PP-SC) e Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fizeram contas e concluíram: no plenário, o governo teria hoje 41 dos 81 votos.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), era aguardado para o jantar de Moro —e não apareceu. “Ele me ligou e disse que teve um problema particular”, diz o anfitrião.
A expectativa era grande, já que Alcolumbre afirmara um dia antes que, se um parlamentar sofresse as mesmas acusações de Moro, já estaria cassado ou preso. O jantar foi até as 2h da manhã.
Aliados de Jair Bolsonaro têm estranhado a verborragia de Paulo Guedes. Dizem que ele tem passado um atestado de “falta de tato político”.
Já integrantes de partidos de centro e centro direita fazem avaliação diferente.
Dizem que, com a queda de vozes moderadas no governo, quem ficou agora faz questão de espelhar o estilo do chefe. (Daniela Lima = FSP)