Policial : ARMADOS
Enviado por alexandre em 17/06/2019 08:15:01

Campo armado para defender fazendeiros a bala

Apesar de ser parte de uma estatística macabra que comove o Brasil desde 1988, quando o seringueiro e sindicalista Chico Mendes foi assassinado em Xapuri, no Acre, a morte do seringueiro Carlos Cabral Pereira quase passou despercebida. Dos poderes constituídos, apenas o Ministério Público Federal se manifestou. Por dever de ofício, anunciou que vai acompanhar as investigações da morte do sindicalista.

Não se ouviu uma palavra sequer do presidente da República ou de seus ministros da Justiça, da Agricultura e dos Direitos Humanos. De Jair Bolsonaro não devia se esperar qualquer manifestação mesmo. O presidente defende um campo armado para que os proprietários possam defender suas terras a bala.  (Antônio  Seleme – O Globo)



Dois fazendeiros presos: morte de sindicalista

FolhaPress - Fabiano Maisonnave

A Polícia Civil do Pará prendeu neste domingo (16) dois fazendeiros suspeitos da morte do sindicalista Carlos Cabral, 58, assassinado a tiros na última terça-feira (11), em Rio Maria, município a 820 km ao sul do Belém.

As prisões temporárias aconteceram no entorno da Terra Indígena Apyterewa, onde Cabral atuava como grileiro. É uma região distante de Rio Maria cerca de 425 km, sendo a maior parte do trajeto em estrada de terra.

Ex-petista, Cabral apoiou a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) a presidente e e se afastou dos movimentos sociais de esquerda da região, com a esperança de ter as suas áreas na Apyterewa legalizadas. Ele foi o terceiro presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria assassinado desde 1985.

Em 1985, seu genro na época, João Canuto, ocupava o cargo quando foi morto por pistoleiros. Um segundo dirigente foi assassinado em 1991.

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