Política : O HOMEM FORTE
Enviado por alexandre em 15/06/2019 22:14:25

General Ramos vai ter mais poderes do que Santos Cruz. Saiba o porquê

O General Luiz Eduardo Ramos, o novo ministro, chegará ao cargo com mais poderes do que Santos Cruz jamais teve.

Entra em vigor no dia 25, o decreto que dá poderes à Secretaria de Governo da Presidência da República: avaliar as indicações “de dirigente máximo de instituição federal de ensino superior” e indicações para “nomeação ou designação para desempenho ou exercício de cargo, função ou atividade no exterior”.

Além dos reitores, o novo ministro terá poder de avalizar as indicações de cargos para o governo federal, incluindo secretários executivos de ministérios.

Quando foi editado, em 15 de maio, o decreto foi visto como uma vitória de Santos Cruz — e consequentemente o seu fortalecimento em relação a Olavo de Carvalho.



Pesquisa da XP Ipespe, apresentada mostra que, para 47% dos entrevistados, a divulgação de conversas entre o ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol não deve alterar a percepção dos brasileiros sobre a operação Lava Jato. Para 31%, o episódio vai alterar para pior a percepção sobre a Lava Jato. Outros 11% acreditam que vai alterar para melhor e 12% não souberam ou não responderam.

A maior parte dos entrevistados –77% – disse estar ciente do episódio. Para 44%, a Lava Jato não cometeu excessos ao combater a corrupção. Na avaliação de 30%, porém, a operação cometeu, sim, excessos e algumas decisões judiciais devem ser revistas. Já 14% entendem que a Lava Jato cometeu excessos, mas o resultado “valeu a pena”.

A divulgação das conversas parece não ter abalado de maneira significativa a credibilidade de Moro. Entre 12 nomes testados (incluindo políticos e integrantes do Judiciário), ele foi o que teve melhor avaliação por parte dos entrevistados. O ministro recebeu nota média de 6,2 em uma escala de 0 a 10. No mês anterior, sua média foi 6,5. O presidente Jair Bolsonaro é o 2º, com 5,7 pontos, seguido pelo ministro Paulo Guedes (Economia), com 5,5.

Reforma da Previdência

A pesquisa aponta ainda que 52% dos entrevistados concordam parcialmente ou totalmente com a reforma da Previdência, enquanto 42% dos participantes se dizem contrários à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que altera o sistema de aposentadoria do país.

No mês passado, o número de participantes favoráveis à reforma era de 44%, enquanto os contrários somavam maioria (51%).

Necessidade da reforma

No que diz respeito à percepção dos entrevistados sobre a necessidade da reforma, houve variação positiva. Neste mês, 65% dos entrevistados afirmaram ver necessidade da reforma, enquanto em maio, o dado era de 62%.

á o número de participantes que não veem motivos para a proposta diminuiu de 32%, em maio, para 30%. Sobre a inclusão de Estados e municípios no parecer do relator da PEC na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), 80% consideram que a reforma final deveria adicioná-los.

Aprovação do governo

Quando questionados sobre a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro, 35% afirmaram ver o governo como ruim ou péssimo. Em meados de maio, o dado era de 36%. Já 34% declararam fazer uma avaliação boa ou ótima do governo, mesmo patamar do levantamento anterior.

Falas de Guedes

A divulgação da pesquisa deu-se no mesmo dia em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou, de forma acentuada, o parecer do relator da PEC, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

Segundo Guedes, caso os deputados aprovem, em plenário, o texto final com economia prevista de R$ 863,4 bilhões, os congressistas “abortaram a nova Previdência”.

A previsão do titular da pasta econômica era de que o parecer apresentasse uma economia fiscal de R$ 1 trilhão.

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