Mais Notícias : Bolsonaro chama “meu pitbull” novo general do governo
Enviado por alexandre em 14/06/2019 08:50:45

Bolsonaro chama “meu pitbull” novo general do governo

Luiz Eduardo Ramos, chefe do Comando Militar do Sudeste, é crítico de Olavo de Carvalho

O general que vai substituir Santos Cruz no Palácio do Planalto é chamado de “meupitbull ” por Jair Bolsonaro . A expressão remete à amizade e lealdade do militar ao presidente, e não a um comportamento radical por parte do novo ministro. Pelo contrário: o general quatro estrelas Luiz Eduardo Ramos, que chefia o Comando Militar do Sudeste e agora assumirá o cargo de ministro da Secretaria de Governo, tem posições moderadas em relação a assuntos como a ditadura militar e, a exemplo de Santos Cruz, demitido nesta quinta-feira, é crítico de Olavo de Carvalho, o ideólogo de direita.

O novo ministro é um militar que detém grande poder no Exército: é da ativa, chefia o Comando Militar do Sudeste e integra o alto comando da Força. Ramos desfruta de amizade com Bolsonaro, o que sempre fez questão de repetir e demonstrar a seus interlocutores. A relação próxima, inclusive, desperta ciúmes entre colegas, uma vez que ele tem convívio com o presidente, comandante supremo das Forças Armadas.

Ele costuma contar que fez com o presidente o passeio de moto no Guarujá, litoral paulista, durante o feriado de Páscoa, em abril. Um dos vídeos que circularam na época teria sido feito por um major do Exército que estava sentado na parte de trás da moto pilotada pelo general.

Ramos e Bolsonaro se conhecem há 46 anos. Eles foram da mesma turma na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP), a partir de 1973. Sentavam lado a lado. Já na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), Bolsonaro foi da turma de 1977 e Ramos, do grupo de 1979.

O novo ministro da Secretaria de Governo tem opinião semelhante à de Santos Cruz sobre Olavo de Carvalho: enxerga radicalismos e entende que não se deve confrontar um ideólogo que nem mora no Brasil. A visão de Ramos é que a maior ligação com Olavo se dá por parte dos filhos, não do presidente.

Leia reportagem na íntegra clicando ao ladoGeneral escolhido para substituir Santos Cruz é chamado de 'meu ...


Filho de Bolsonaro: senha para queda de Santos Cruz

A senha de que ela estava próxima foi dada por Carlos Bolsonaro no Twitter

Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo

queda do general Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo já era esperada há mais de um mês pelas principais lideranças do Congresso e por integrantes do governo.

A senha de que ela estava próxima foi dada por Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, em uma mensagem no seu perfil do Twitter.

No último domingo (9) Carlos escreveu: “Aonde (sic) estão os ‘super generais’ para defender o presidente de mais um ataque”, referindo-se à resistência para a aprovação do projeto que abria crédito extra de R$ 248 bilhões para o governo.

Carlos foi além e disse que, para “fazer cartinha atacando quem sempre nos ajudou”, os generais eram “rápidos”.

Em uma das crises envolvendo Santos Cruz, em maio, o general Alberto Villas Boas, ex-comandante do Exército e assessor do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), postou uma carta no Twitter atacando Olavo de Carvalho (guru de Jair e Carlos Bolsonaro), que por sua vez atacava Santos Cruz.

A aposta é de que o próximo a ser demitido é o general Floriano Peixoto, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Ele é muito ligado a Santos Cruz.

O cargo ocupado por Santos Cruz já era um dos mais esvaziados do governo. Ele cuidava da articulação política. “Como ela não existe, isso e nada é a mesma coisa”, diz uma das principais lideranças do Congresso.




Filhos degolam quem querem

Um Governo no qual os filhos metem a colher e reinam não pode ser levado a sério. A queda do general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, ontem, dá sequência ao filme da degola que não tem bandidos, só artistas: os próprios filhos de Bolsonaro. Quem não rezar pela cartilha deles, mancomunados pelo ideólogo neoamericano Olavo de Carvalho, dança feio.

Foi assim primeiro com Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, e em seguida Ricardo Veléz, este indicado pelo próprio Olavo. Nas palavras de um colega de governo, Santos Cruz “sempre falou o que pensava ao presidente Jair Bolsonaro, mas nunca foi desleal”.

Há uma disputa também entre os militares e os evangélicos, até agora vencida pela bancada cristã, embora os que vestem farda sejam considerados os mais preparados do Governo. A escolha do substituto de Santos, general Luiz Eduardo, parece ter sido no sentido de evitar atrito com a ala militar do Governo.

De volta – Derrotado duas vezes na corrida pelo Governo do Estado, o ex-senador Armando Monteiro Neto já começou a fazer articulações com vistas a fortalecer o PTB nas eleições do próximo ano. Sua meta é estimular a candidatura a prefeito de pelo menos 60 trabalhistas nas diversas regiões. O PTB ocupa, hoje, 19 prefeituras, entre as quais a de São Lourenço, no Grande Recife.

Algoz – O deputado Daniel Coelho, líder do Cidadania na Câmara, é o algoz dos governadores na reforma da Previdência. É dele a autoria da emenda na Comissão Especial que exclui Estados e Municípios do parecer lido ontem e que será votado na própria instância e depois remetido ao plenário da Câmara dos Deputados. Com um detalhe: ele comemora como uma vitória.

Nem um pio – Relatora das contas do ex-presidente Temer no Tribunal de Contas da União, a ministra Ana Arraes desembarcou, ontem, no Estado, para passar o fim de semana, mas evitou dar declarações sobre o seu trabalho. Seu relatório apresentou oito ressalvas, 26 recomendações e cinco alertas, além de apontar dez distorções nas contas de 2018.

Longa espera – O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse a deputados do Nordeste, em almoço na casa do líder do SD na Câmara, Augusto Coutinho, que Bolsonaro só vai nomear os dirigentes dos cargos regionais, como Chesf e BN, depois de aprovada a reforma da Previdência.




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