Neste domingo, 26, em horário de visitas dos familiares, no começo da tarde, os detentos de pavilhões do regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim deram início a uma rebelião bastante sangrenta.
A polícia ainda não confirmou o total de mortos. Os corpos foram encontrado com muitas perfurações dentro de algumas celas.
A secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou a rebelião por volta das 12h. O Instituto Médico Legal já tinha sido acionado para remover os corpos dos detentos mortos.
A Tropa de Choque e a Rocam, ambos do Batalhão Especial da Polícia Militar do Estado, também foram acionados pela direção do Compaj, localizado no quilômetro 8 da rodovia BR 174.
Equipe do IML chegando para iniciar a remoção dos corpos
Foi confirmado que no início do motim os presos fizeram vários visitantes reféns e todos foram levados para o pátio do presídio. Logo em seguida foi iniciada a matança.
Alguns familiares de presos contaram que quando eram retiradas de dentro da unidade pela polícia, chegaram a ver presos amarrados e sendo golpeados pelos detentos rebelados.
A mãe de um detento, senhora com 67 anos de idade que foi visitar o filho neste domingo, passou mal e teve de ser atendida por uma equipe de socorro do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).
O comentário principal em grupos do WhatsApp é que do lado de fora haviam muitos parentes de presos, que iam visitar os detentos quando a rebelião começou, e que houve muita gritaria, correria e pânico geral dentro do Compaj.
Familiares dos detentos foram colocados para o lado de fora e visitas
foram canceladas após o início da rebelião sangrenta (Fotos: Divulgação)
As pessoas que visitavam detentos do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) que é anexo ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim também tiveram que deixar a unidade e as visitas foram canceladas.
Por volta de 13h30 a polícia já havia controlado o motim. A equipe do IML começou a remover os corpos após a realização da perícia criminal dentro das celas onde aconteceram os assassinatos cruéis.
Até ás 14h ainda a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e a direção do Compaj, ainda não tinham divulgado o número oficial de detentos assassinados durante a rebelião.
Mais informações devem ser divulgadas pela Seap no decorrer do dia.
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Fotos: Divulgação