Mais Notícias : Qual é o déficit da Previdência?
Enviado por alexandre em 18/04/2019 08:29:34

Qual é o déficit da Previdência?

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados adiou, ontem, mais uma vez, a votação do parecer pela constitucionalidade da reforma da Previdência. A sessão durou a manhã inteira, houve muita discussão acirrada e a oposição acabou conseguindo o que queria, ou seja, a procrastinação da matéria.

Se esse ritmo lento predominar, a reforma, inicialmente prevista para junho, depois para setembro e agora dezembro, corre o risco de não entrar em pauta, o que redundará numa grande derrota para o Governo. A reforma previdenciária é uma necessidade urgente não de agora, mas desde o Governo Sarney.

Se não for feita levará o País a um caos, pois a Previdência não terá dinheiro para pagar os novos aposentados. Sem bem que, na verdade, o rombo da Previdência é uma verdadeira caixa preta. É bom lembrar também que em 2017 o Congresso instalou uma CPI para apurar o déficit previdenciário e no final, depois de seis meses, chegaram à conclusão de que não havia déficit.

Rombos a parte, a reforma não anda porque o Governo se articula muito mal. Não existe interlocução com o Congresso, tanto que foi preciso expor a um grande vexame o ministro da Economia, Paulo Guedes, na CCJ. Ali, ele foi xingado, massacrado e comeu o pão que o diabo amassou. Não poderia ser diferente. Guedes não é do ramo da política e deveria cuidar especificamente da macroeconomia.

Os dos líderes do Governo na Câmara são duas antas, amadores, desarticulados, não sabem se expressar. No Senado, entretanto, o Governo escolheu um líder tarimbado e articulado, o senador Fernando Bezerra Coelho. Por isso, pela Casa Alta as coisas andam bem diferente, embora não tenha entrado ainda em pauta uma votação de projeto polêmico do Governo.

Mudanças – O secretário especial de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou, ontem, que negocia alterações no texto da reforma da Previdência para facilitar a aprovação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. “Tivemos uma primeira conversa com membros de vários partidos, que têm algumas restrições ao projeto como ele se encontra. Iniciamos um diálogo. Mas não existe meio acordo. O acordo tem que ser feito por inteiro. Vamos continuar a conversar. Se o acordo for celebrado até sexta-feira, ou segunda-feira, na terça-feira a votação se dará sem obstrução e seguiremos para a comissão de mérito”, disse o secretário.


Garcia: suicídio caiu como uma bomba na Odebrecht

Jorge Barata, que dirigiu operações naquele país e foi um dos delatores, estava arrasado

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

A notícia do suicídio do ex-presidente Alan García, do Peru, caiu como uma bomba na Odebrecht. Executivos da empresa delataram o político, que se matou antes de ser preso.

De acordo com pessoa próxima da empresa, Jorge Barata, que dirigiu as operações no Peru por cerca de 15 anos e foi um dos delatores, estava arrasado.

Executivos lembravam que as delações relatavam ilícitos do governo de García, além de contribuições para campanhas eleitorais —e não roubos pessoais dele.

O único benefício pessoal, ainda investigado pela procuradoria, seria o pagamento de US$ 100 mil por uma palestra que ele efetivamente deu na brasileira Fiesp. A ação foi delatada por um advogado terceirizado da Odebrecht.

García, que foi presidente do Peru em dois mandatos —de 1985 a 1990 e de 2006 a 2011— conviveu com o patriarca da empreiteira, Norberto, com o filho dele, Emílio, e enfim com Marcelo Odebrecht. 

A relação era simbólica: o Peru foi o primeiro país em que a empresa se instalou quando decidiu partir para a internacionalização.

Quando tomaram depoimento de Marcelo Odebrecht sobre a corrupção da empreiteira no Peru, os investigadores do país focaram em García. Chegaram a perguntar se a empresa tinha feito pagamentos ao ex-presidente.

Odebrecht foi vago. Respondeu que, mesmo sem saber “especificamente” de nada, achava possível pois “sempre” teria havido pagamentos não contabilizados para políticos do país.



Diretor da PF fala nos Estados Unidos: Lava Jato

O diretor geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, vai a Nova York falar na terça (23) sobre a condução da Lava Jato. Ele é um dos convidados do New York Experience, feito pelo Instituto New Law

João Doria (PSDB-SP) vai receber governadores de outros seis estados no palácio dos Bandeirantes no dia 27. O encontro é o segundo do Consórcio de Integração Sul-Sudeste —o primeiro ocorreu em março, em Minas Gerais. 

No evento serão abordados a reforma da Previdência, a união em torno de temas nacionais e a otimização de programas. (Mônica Bergamo – FSP)

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