Depois da eleição e até o fim da legislatura passada, sete dos dez deputados que mais gastaram cota parlamentar já sabiam que não estavam reeleitos. No topo da lista, está Fernando Torres (PSD-BA), que, depois de dois mandatos consecutivos, não conseguiu se manter na Câmara. Seu gasto foi superior a R$ 348 mil, entre 8 de outubro e 31 de dezembro do ano passado. No grito. Questionado por que o PSL não votou contra inversão de prioridades (contra orçamento antes da Previdência), mesmo que fosse para marcar posição, Delegado Waldir (GO) foi explícito: para não parecer derrota do governo. A entrevista do líder do PSL ao Estado, na qual ele afirmou que Rodrigo Maia é o “primeiro-ministro” do País, também ajudou a azedar o leite na articulação do governo. Um deputado encontrou Waldir e brincou: “Você quer roubar o lugar do José Guimarães (PT-CE) na oposição?”. (Estadão – Coluna)
Coluna do Estadão – Alberto Bombig A trapalhada governista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), além de atrasar a tramitação da reforma da Previdência, fez crescer a sensação na Câmara de que a articulação política pró-Jair Bolsonaro só vai andar na Casa quando, não apenas um, mas os dois líderes, Major Vitor Hugo (o do governo) e Delegado Waldir (o do PSL), deixarem seus postos. Parlamentares reclamam ainda da falta de um sinal claro do Planalto. Ninguém sabe definir ou diferenciar qual é o papel de Onyx Lorenzoni e o de Santos Cruz na articulação. Governistas tiveram todo o desgaste de insistir em manter a Previdência à frente dos trabalhos na CCJ. Depois, contudo, votaram a favor da inversão da pauta, com o orçamento impositivo antes. O que poderia ter sido rápido, votar o orçamento impositivo e seguir com Previdência, acabou durando o dia inteiro. Major Vitor Hugo demorou a entender a estratégia. Os dois líderes, do PSL e do governo, não se gostam (não é de hoje) e não traçam estratégias conjuntas. Resultado: derrotas
Uma reedição do Festival Lula Livre está sendo organizada para o dia 5 de maio, no vale do Anhangabaú. Entre os artistas já confirmados estão Ana Cañas, Marcelo Jeneci, Chico César e Otto. Na ocasião será lançado um manifesto pela liberdade do ex-presidente. Já assinaram o documento, entre outros, Chico Buarque, José de Abreu, Arnaldo Antunes, Raduan Nassar e Gilberto Gil. (Mônica Bergamo – FSP)
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