Painel Político : PM de Rondônia atravessa função da Polícia Civil e investiga morte causada por militar
Enviado por alexandre em 22/03/2019 20:59:51

Na mira

A prisão de Michel Temer acendeu a luz vermelha na casa do ex-senador Valdir Raupp (MDB) que já foi protagonista de delações premiadas no passado recente. Raupp fazia parte da alta cúpula do MDB e para tirar ainda mais seu sono, nesta sexta-feira foi preso Rodrigo Neves, ex-sócio de Eunício de Oliveira, outro cacique emedebista. A pressão deve aumentar e novas prisões deverão ser feitas nos próximos dias. Se até Michel Temer, um idoso com 78 anos foi parar atrás das grades, imagine um ex-senador de Rondônia com 63 anos. É quase um menino.

Olha essa

Causou espanto na comunidade jurídica um ofício feito por um major da polícia militar do Estado de Rondônia solicitando diretamente do instituto médico legal um laudo cadavérico e extração das munições do corpo um rapaz morto por um disparo certeiro num suposto confronto com a própria polícia militar, ao portar aquele uma faca e com ela supostamente ter tentado agredir militares armados de uma guarnição. O fato ocorreu no último dia 19, em Ji-Paraná.  Se foi caso de legítima defesa ou não, quem vai apurar é a instância competente, porque ainda temos leis e uma Constituição e não podemos retroagir na história, às sombras, aos idos dos Atos Institucionais e dos porões onde filhos, irmãos e esposos sumiram sem se saber quando nem como.

A questão

É que o referido major, para fazer tal solicitação ao IML, baseou-se no código de processo penal militar, dando a entender que era o caso da PM apurar criminalmente os fatos da morte do civil praticada pelos próprios militares, quando, claramente, a Constituição da República (artigo 125 §4º) diz ser competente a Justiça Comum. De imediato, delegado de polícia de Ji-Paraná, responsável pelo caso emitiu um ofício comunicando os superiores e o Ministério Público de tratar-se de usurpação de função pública e possível improbidade, por representar uma afronta evidente à lei e a Constituição Federal. O argumento principal é o de interferir em provas obtidas na investigação pode inviabilizar todo o processo criminal futuro, ainda mais determinando extração de munições do corpo de um cadáver e, mesmo que seja reconhecido que de fato houve ação legal dos militares, em estrito cumprimento de dever legal, não pode pairar dúvidas, não pode haver cortinas de fumaças.

Daqui a pouco

A Polícia Civil não terá mais serventia, já que a Polícia Militar já está fazendo Termo Circunstanciado e agora pede até laudo cadavérico. Trata-se de uma militarização sem precedentes desde épocas anteriores à Constituição de 88.

Interessante

Que em Rondônia você encontra PM em tudo quanto é lugar. Mas patrulhando mesmo, só uma pequena minoria…

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Ofício solicitando exame cadavérico em homem que morreu ao confrontar policiais armado com uma faca

Pressão

Movimentos de trabalhadores contra a reforma da previdência começam a tomar corpo e com a fragilidade do governo que não consegue se comunicar com a população nem com os congressistas, o clima deve esquentar. Nesta sexta-feira, em Natal, motoristas de ônibus paralisaram os serviços por quase duas horas em protesto ao aumento da idade mínima.

No Congresso

O “Circus Maximus” está montado e do jeito que o governo vem conduzindo o tema, dificilmente será a reforma aprovada no cronograma que Paulo Guedes estabeleceu.

Não é de hoje

Que qualquer pessoa com mínimo de bom senso sabe que as redes sociais são máquinas de discórdia e cizânia. Jair Bolsonaro, seus filhos e alguns aliados aloprados, apostam na pressão das redes para governar, intimidar adversários ou enaltecer algumas ações rasas. De concreto mesmo no governo de Jair Bolsonaro apenas as confusões criadas no Twitter, porque o povo segue desempregado, a educação ladeira abaixo e nem uma perspectiva de melhorias, exceto pelo discurso de “ter que aprovar a reforma para o Brasil crescer”.

A essência da política

É o diálogo e o entendimento. Da forma como as coisas estão caminhando, estamos mais próximos do rompimento do tecido social que da união e desenvolvimento.

A saga continua

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e o governo federal, seguem enrolando à população. Esta semana, durante reunião em Brasília, ficou definido uma mísera redução de pouco mais de 3% nas contas de energia de todo o país. Isso não tem nem como ser minimamente comemorado. Só em Rondônia, a Aneel empurrou até 27,5% de aumento nas contas. Qualquer redução abaixo disso é uma piada.

Sai fora jacaré

Confúcio Moura se autodeclarou o “padrinho da educação” no Brasil. Só quem não o conhece que acredita nessa conversa mole. Nunca teve responsabilidade com o setor quando governou o Estado, chegou ao ponto de comprar containers para colocar os alunos dentro afirmando estar “fazendo economia”. Só para constar, em seu gabinete em Brasília trabalha como comissionada uma servidora que representa empresas de venda de carteiras, lousas e mobílias para escolas…

Roundup, liberado no Brasil, causa câncer

Um júri de San Francisco, nos Estados Unidos, decidiu na terça-feira (19) que o agrotóxico mais usado do Brasil e no mundo foi um “fator importante” no desenvolvimento do câncer de um homem.Trata-se do herbicida Roundup, à base de glifosato, principal ingrediente ativo de diversos pesticidas usados em plantações e jardins. No mês passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propôs manter liberada a venda de glifosato no Brasil, já que não haveria evidências científicas de que a substância cause câncer, mutações ou má formação em fetos. O grupo alemão Bayer, que comprou a Monsanto, fabricante do produto, rejeitou fortemente as acusações de que a substância seja cancerígena. Mas o júri decidiu por unanimidade que o pesticida contribuiu para o linfoma não Hodgkin (LNH) de Edwin Hardeman, de 70 anos, que vive na Califórnia. A próxima etapa do julgamento vai considerar a responsabilidade e os danos causados pela Bayer. Durante a segunda fase, que começa nesta quarta-feira, espera-se que os advogados de Hardeman apresentem evidências mostrando os supostos esforços da Bayer para influenciar cientistas, agências reguladoras e a opinião pública sobre a segurança de seus produtos. O grupo alemão, que adquiriu o Roundup como parte da aquisição da concorrente americana Monsanto por US$ 66 bilhões, disse que ficou desapontada com a decisão inicial do júri.

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