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Enviado por alexandre em 10/12/2018 09:44:35

Agora vão bater nos meus filhos, diz Bolsonaro


Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, comentou com parlamentares numa reunião na semana passada que “agora vão começar a bater nos meus filhos”, segundo um dos presentes.

A afirmação, feita dois dias antes da revelação de que um ex-assessor do deputado Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) movimentou R$ 1,2 milhão de forma atípica, foi interpretada posteriormente como uma tentativa de “vacina” diante do que explodiria pouco depois.


O poder do ministro


No avião, antes da decolagem, um cidadão que reconheceu o ministro Ricardo Lewandowski disse que o Supremo era uma vergonha e que ele tinha vergonha de ser brasileiro.

O ministro o ameaçou de prisão, o cidadão insistiu.

Lewandowski chamou a Polícia Federal para prendê-lo.

Os federais entraram no avião, mas não prenderam ninguém: o cidadão prometeu não dizer mais nada ao ministro nem tumultuar o voo de forma alguma, e foi liberado para viajar.

A ordem de prisão – bem, deixa pra lá.

E agora capitão?



Após admitir que não informou à Receita Federal suas transações financeiras com um ex-assessor de seu filho, Jair Bolsonaro tem duas opções, dizem especialistas. A mais amarga é esperar o fisco agir. Ele pode ser obrigado a recolher imposto e multa por ter omitido os pagamentos que recebeu.

Ao falar sobre o caso no sábado (8), Bolsonaro afirmou que o empréstimo não foi declarado porque foi “se avolumando” com o tempo. “Não posso de um ano para o outro, ah, mais 10 mil, mais 15 mil”, disse. “Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o fisco, sem problema nenhum.”

A outra possibilidade seria o presidente eleito retificar suas declarações à Receita, informando às autoridades o empréstimo de R$ 40 mil que afirma ter feito ao policial Fabrício José de Queiroz. Nesse cenário, Bolsonaro ficaria livre de punição, explica um advogado. (Folha Painel)

O ‘mensalão’ de Bolsonaro?


Leopodo Vieira - Blog Os Divergentes

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem sido bem sucedido na montagem do governo ao estabelecer uma nova governabilidade, pelo menos na opinião pública, a ver no Congresso Nacional, sobretudo em relação à Reforma da Previdência. Nomear Sergio Moro para a Justiça foi outro gol, sinalizando à sociedade que o combate à corrupção não será esquecido e, de relance, persuadindo o investigado sistema político acerca de como proceder nas negociações Executivo-Legislativo.

Mas, começam a surgir os primeiros grandes problemas da gestão.

A PF divulgou que vai apurar denúncias contra o anunciado Ministro da Economia, Paulo Guedes, por supostas fraudes em negócios com fundos de pensão patrocinados por estatais. Onyx Lorenzoni, futuro chefe da Casa Civil, é alvo de inquérito, no Supremo Tribunal Federal, por caixa 2. Apesar de Moro ter aceito o perdão do demista, o capitão sacou a caneta Bic.

Tudo isto é um prato cheio para a paralisia de governo tão logo tome posse, pois é um flanco para pedidos de CPIs da oposição, com aval dos demais do sistema político chateados com a operação do outro filho, por exemplo, contra Maia, vazado do Whatsapp. Setores da PF poderão pressioná-lo a ser enfático e a eventual queda de ministros, destacadamente Paulo Guedes, pode fazer de Bolsonaro vítima de crise semelhante à do PT em 2005, com o escândalo do Mensalão. O depois todos conhecem. Só que o PSL ainda não é um PT em termos de força social na época.

O vetor que elegeu o capitão, a anticorrupção, é o seu calcanhar de Aquiles. E se ele se render ao “jogo de Brasília” e|ou for igualado aos outros políticos, não será mais o Mito, perante os seus 57 milhões de eleitores.


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