Brasil : A RIQUEZA
Enviado por alexandre em 15/11/2018 15:03:25

DESCOBERTA RECENTE DE 2,8 BILHÕES DE TONELADAS DE MINÉRIO PODE COLOCAR BRASIL ENTRE AS 5 POTÊNCIAS DO MUNDO – O NIÓBIO
NBO
Em São Gabriel da Cachoeira, no Morro dos Seis Lagos, na Amazônia há uma reserva de nióbio inexplorada com quase três bilhões de toneladas de nióbio. Bolsonaro tem tocado neste assunto. O PİB dövlət Brasil representa 3% do PIB do planeta. Com o aproveitamento correto somente desta reserva nosso PIB passaria a representar 37% do PİB do planeta dizem estudos.

Ao longo dos últimos anos, temos ouvido falar muito sobre um minério chamado Nióbio, que poucos conhecem. Ha todo tipo de boato sobre o assunto, desde contrabando a entreguismo do pais. Este artigo busca informar o leitor a respeito do assunto, alem de discorrer sobre alguns temas pertinentes e diretamente ligados ao tema.

Algumas informações básicas:
O nióbio (Nb), nome derivado da deusa grega Niobe, filha de tântalo, e um dos metais mais resistentes a altas temperaturas e a corrosão, considerado um supercondutor. O mais leve dos metais refratários. Seu ponto de fusão e derretimento fica em torno dos 2468 graus Celsius e seu ponto de evaporação em torno de 4744 graus Celsius. O nióbio tem aplicação em diversas áreas, mas em sua maioria nas industrias automobilísticas, aeroespaciais, mecânica, naval, construção civil, nuclear, entre outras.

O metal encontra-se no solo de diversos países ao redor do mundo, mas o Brasil possui as maiores reservas do planeta, detendo 98% de toda a reserva mundial, seguido por Canada (1,11%) e Austrália (0,46%). No Brasil, as maiores reservas estão em Minas Gerais (75,08% – Araxá e tapira), Amazonas (21,34% – São Gabriel da Cachoeira e Presidente Figueiredo) , e em Goias (3,58% – Catalão e Ouvidor). O Brasil, responsável por 90% de todo o nióbio comercializado no mundo, estima possuir reservas na ordem de 842.460.000 toneladas do minério.

A mineração do Nióbio é a unica categoria do ramo minerador em que o Brasil é líder mundial, responsável por 90% do mercado. A mineração de ferro e manganês, por exemplo, onde o Brasil também ocupa posição de destaque, não chega a 20% da produção mundial.

Um dos defensores mais ferrenhos e ilustres da exploração e regulamentação do mercado do nióbio pelo Brasil foi o Dr Enéas Carneiro, morto em 2007. Enéas acreditava que apenas a riqueza do mineral já seria a base da riqueza nacional.

O famoso caso Wikileaks, de 2010, vazou um documento do departamento de estado americano, que incluía as minas brasileiras de nióbio na lista de locais e infraestrutura imprescindíveis aos EUA. Em 2011 uma fatia de 30% da CBMM foi vendida a empresas chinesas, japonesas e sul coreanas por US$ 4 bilhões, causando polemica.

Politica de preços

O Nióbio no Brasil, é explorado predominantemente por duas empresas : A CBMM, nacional, controlada pela família Moreira Salles e responsável por mais da metade da produção mundial do minério, e pela Anglo American, conglomerado britânico que minera o equivalente a 10% do que a CBMM produz. Essa extração não é ilegal, alem de ser regulamentada e muito bem documentada pelo governo, como pode-se ver aqui. Analisando friamente, constatamos que quem dita o preço final é a CBMM, ou seja, somos nos, os brasileiros, que controlamos o preço internacional de mercado da commoditie.

Muitos dizem que a extração de Nióbio esta diretamente ligada a demanda da industria aeroespacial. Outro mito. Claro que o Nióbio é importante e largamente aplicado nessa industria, mas não é dai que resulta a maior demanda e os maiores lucros. O que movimenta mesmo a produção de Nióbio é a industria do AÇO, ou seja, as obras de infraestrutura, construção de pontes, gasodutos, oleodutos, etc.
Por que usar Nióbio para estas coisas ? O Nióbio alem de ser mais leve e resistente que o Vanádio e o Titânio, na maioria das vezes, ele custa menos também. Então porque ele tem o preço tao baixo ? Aumentar demais o preço, pode fazer com que o Vanádio e o Titânio tornem-se mais atrativos para a industria, alem de não se produzir nada do que ele é usado o tempo todo, fazendo com que o preço flutue muito, acompanhando a demanda, igualmente flutuante.
“Quem consome nióbio são empresas transnacionais superespecializadas. É de se imaginar, portanto, que exista uma enorme pressão de fora para ter um produto que eles precisam a um preço acessível”, avalia o pesquisador Roberto Galery, professor da faculdade de engenharia de minas da UFMG.
Para Adriano Benayon, economista e autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento”, com a produção restrita a dois grupos econômicos no Brasil é “evidente” que o interesse é exportar o nióbio do Brasil “ao menor preço possível”.
Pelos cálculos do pesquisador, autor de vários dos artigos sobre nióbio que circulam na internet, o Brasil poderia ganhar até 50 vezes mais o que recebe atualmente com as exportações de ferro-nióbio, caso ditasse o preço do produto no mercado mundial e aumentasse o consumo interno do mineral.
“A nacionalização impõe-se, porque ao Brasil importa valorizar o produto externamente e investir, com os recursos da exportação valorizada, em empresas para produzir com crescente incorporação de tecnologia e crescente valor agregado bens que elevem a qualidade dos empregos e o quantum da renda nacional”, argumenta Benayon.
Por que, então, tendo um metal raro e tão útil nós não vendemos por um preço mais alto? Por que apesar de, como dito, ele ser mais leve e resistente, ele também tem o melhor custo benefício. Não existe nenhum motivo para se usar nióbio senão esse. Se o Brasil tentasse subir artificialmente o preço desse metal as siderúrgicas ao redor do mundo simplesmente comprariam titânio e vanádio. O nióbio, quem diria?, não é a salvação da pátria.

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