Política : NESTA ELEIÇÃO
Enviado por alexandre em 12/10/2018 01:08:47

Políticos recorreram mais de 300 vezes à Justiça para retirar textos da internet, diz Abraji
Os candidatos campeões da lista são Jair Bolsonaro (22 vezes), João Doria (11) e Roseana Sarney (10)
Levantamento da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) aponta que políticos acionaram a Justiça pelo menos 361 vezes durante as eleições deste ano para tentar ocultar informações negativas e posts críticos.

Os candidatos campeões da lista são Jair Bolsonaro (22 vezes), João Doria (11) e Roseana Sarney (10). Bolsonaro, por exemplo, recorreu à Justiça contra postagens críticas no Facebook, contra a divulgação de uma pesquisa Datafolha e para retirar da internet reportagens da Folha de S.Paulo sobre o caso da sua ex-servidora na Câmara dos Deputados que vendia açaí na região de Angra dos Reis no período de expediente.
Os pedidos referentes ao Datafolha e às reportagens da Folha de S.Paulo foram negados pela Justiça.

Os dados foram catalogados pelo Ctrl+X, projeto da Abraji criado em 2014 que monitora tentativas judiciais de cercear informações na web. O projeto tem processos mapeados desde 2002.

Bolsonaro é o segundo político que mais tentou retirar informações da internet numa mesma eleição. Só perde para Expedito Junior (PSDB), que acionou a Justiça com esse objetivo 34 vezes nas eleições de 2014, quando disputou o governo de Rondônia.
Os candidatos à Presidência moveram 38 processos para suspender publicações. Além de Bolsonaro (22 vezes), utilizaram o recurso Ciro Gomes (6), Guiherme Boulos (3), Fernando Haddad (3), Alvaro Dias (1), Geraldo Alckmin (1) e Marina Silva (1).

Os casos foram julgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que decidiu em favor dos políticos em 5 casos: 2 de Bolsonaro, 1 de Ciro, 1 de Boulos e 1 de Marina.

No total de 361, em 118 (52%) a retirada de conteúdo foi autorizada pela Justiça.

Entre os partidos, MDB (56), PSDB (53), PDT (33) e PSB (33) são os que mais tentaram ocultar as notícias na net.

Segundo o projeto da Abraji, os principais motivos alegados por políticos são que que há difamação nos conteúdos ou violação à legislação eleitoral.

O Facebook foi réu em 244 das 361 ações.(Folhapress)

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