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Enviado por alexandre em 16/07/2018 09:15:02

Briga de aliados ameaça imagem de bom gestor de Alckmin

Postado por Magno Martins
Ponto de discórdia é um projeto que reforçaria o caixa do estado

Sílvia Amorim – O Globo

A candidatura do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) ganhou mais um problema em São Paulo. O discurso do tucano de gestor preparado, que deixou em dia as contas do estado na crise econômica, está a perigo devido à disputa entre os pré-candidatos a governador João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB).

A gestão fiscal em São Paulo é usada pelo presidenciável como seu “cartão de visita” na eleição. Por onde anda, ele carrega numa pasta dois gráficos que comparam a evolução dos gastos públicos dos governos paulista e federal. O tucano explica que, apesar da recessão econômica, seu governo fez a lição de casa, cortou gastos e fechou as contas sem déficit, ao contrário do governo federal.

— As contas estão rigorosamente em dia — repete Alckmin, na pré-campanha.

Uma semana antes de deixar o cargo, em abril, Alckmin enviou um projeto de lei com poder de injetar R$ 1,5 bilhão no caixa do governo paulista ainda este ano. O dinheiro é uma poupança de contribuintes do antigo Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Ipesp), que seria extinto, e os recursos passariam para o cofre estadual. E esse é o centro da discórdia.

Deputados tucanos, aliados de João Doria, mostravam, na semana passada, a intenção de votar a proposta somente após a eleição, para não favorecer a administração de França.

Sem divulgar em sua agenda, Alckmin esteve na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na última semana de junho, onde o PSDB dificulta a votação do texto. Encontrou-se com o presidente, Cauê Macris (PSDB), responsável por pautar o projeto.

Macris negou que o motivo da visita fosse o projeto, mas a campanha de Alckmin confirmou que o pré-candidato tem feito esforços para a aprovação do texto. “O ex-governador é totalmente favorável a que o projeto seja aprovado. Nesse sentido, estamos ajudando, pois é de interesse público e necessário”, informou a campanha, em nota ao GLOBO.

Nos gabinetes da Assembleia os relatos são de que Alckmin está preocupado. Ele procurou também o ex-líder de governo, deputado Barros Munhoz, hoje no PSB. O tucano quer afastar qualquer chance de dificuldades para as contas que venham gerar divulgações de dados negativos sobre sua vitrine durante a campanha.

— Quero fazer esse apelo. É o mesmo apelo que recebi do governador Geraldo Alckmin. Vamos votar esse projeto. Tem muita gente agoniada — afirmou Munhoz, na sessão do último dia 4.

Mas a votação não aconteceu. Aliados de França acusam tucanos de obstruírem o processo por interesses eleitorais.

— Quem fez o orçamento foi a equipe do Alckmin. Ele pode ser o grande prejudicado se isso continuar — disse um deputado do PSB.

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