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Enviado por alexandre em 24/05/2011 09:19:55



Governadores do PT querem rever dívidas



Fábio Góis

Em reunião realizada hoje (segunda, 23) em Brasília, os cinco governadores do PT saíram em defesa da redução da dívida dos estados com a União. Reunidos na residência oficial do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, eles decidiram combater a guerra fiscal entre os estados e apontaram a renegociação das dívidas como uma vontade comum a todos os 27 governadores do país.

Ao final da reunião, um documento intitulado “Carta de Brasília” pontuou algumas demandas dos petistas, que defendem a troca por um índice menor de aplicação na correção dos valores – atualmente empregada, a taxa do Índice Geral de Preços/Disponibilidade Interna (IGP-DI) tem registrado variação mais elevada que a do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo. A variação acumulada do IGP-DI nos últimos 12 meses foi de 10,84%, enquanto o IPCA registrou taxa variável de 6,51% no mesmo período.

Confira a íntegra da Carta de Brasília

Na carta, os petistas defendem as reformas política e tributária – esta, segundo o presidente do PT, Rui Falcão, com o comprometimento, por parte do governo, de ser apreciada “ponto a ponto”. A questão já havia sido abordada pelo governador Marcelo Déda em entrevista exclusiva concedida à TV Congresso em Foco, em 27 de abril. Na ocasião (assista ao vídeo), Déda reclamou da imensa concentração de poder e dinheiro nas mãos do Executivo, realidade que torna estados e municípios extremamente dependentes do poder central.

O documento também registra a “solidariedade” dos governadores em relação ao governo Dilma Rousseff, bem como a aprovação do tratamento dado pela equipe econômica à ameaça de intensificação do processo inflacionário.

“O combate à guerra fiscal é um imperativo político que deverá ser a marca decisiva do governo da presidenta Dilma. Os governadores do PT, comprometidos com o futuro da Federação, com o combate às desigualdades sociais e regionais e com o reforço que o estado deve promover, na melhoria dos níveis de competitividade, tanto internamente ao país como no cenário global, defendem o diálogo orientado pelo ministro [Guido] Mantega [Fazenda], que é o ponto-de-partida de uma reforma tributária processual e profunda no país”, diz trecho da carta, que destaca oito pontos principais.

Além do anfitrião, participaram do encontro os governadores Jaques Wagner (BA), Marcelo Deda (SE), Tarso Genro (RS) e Tião Viana (AC). Outras reuniões estão previstas em cada um dos estados governados pelos petistas, quando uma nova carta será elaborada e divulgada à sociedade. Na reunião de hoje, que também teve a presença do novo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, foram debatidos temas diversos, como saúde, educação e segurança.

Palocci

Os governadores também saíram em defesa do ministro Antônio Palocci (Casa Civil), enfraquecido depois de que o jornal Folha de S.Paulo veiculou, na edição de 15 de maio, reportagem sobre a evolução patrimonial do ex-deputado petista. Segundo o diário paulista, Palocci aumentou em 20 vezes o patrimônio em quatro anos, chegando a R$ 7,8 milhões (salto de 1.995% entre 2007 e 2010, período que coincide com seu mandato de deputado federal). Os governadores afinaram o discurso de que as denúncias contra Palocci, oportunistamente valorizadas pela oposição, têm cunho de disputa política.


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