Regionais : Homem que matou sobrinha de prefeito de MT é encontrado morto
Enviado por alexandre em 17/01/2018 09:58:10


Dois ciclistas que percorriam por uma área rural, que fica próxima ao município de Castilho (SP), encontraram o veículo do ex-gerente de uma fábrica de celulose em Três Lagoas, Renato Otoni Bastos, de 62 anos, suspeito de matar a tiros a ex-mulher, a sobrinha do prefeito de Tangará da Serra, Fabio Martins Junqueira (PMDB) no último domingo (14).

Segundo o site JPNews, foram eles que acionaram a Polícia Civil de Três Lagoas(MS), na tarde desta terça-feira (16), e o corpo do executivo foi localizado dentro do carro com um tiro na cabeça.

A polícia informou que os ciclistas já haviam passado pelo mesmo local na segunda-feira (15) e, inicialmente, acharam que o automóvel estava atolado. Porém, nesta terça, a dupla esteve na área e percebeu que havia um corpo dentro do carro.

Sobrinha de prefeito em MT é morta por ex-marido com tiros na cabeça

A delegada Letícia Mobis, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), foi até a propriedade com policiais civis e a perícia técnica. Ela confirmou que o corpo é o do ex-gerente industrial. Familiares de Halley Coimbra, que morreu após ser atingida por três tiros, também estiveram no local e reconheceram o suspeito. A suspeita é de que o homem cometeu suicídio logo após matar a esposa.

O corpo dele foi encontrado com um ferimento por tiro na cabeça e o revólver, que pode ter sido o mesmo usado na morte de Halley, sobre seu colo, dentro do carro que pertencia a Otoni. Há suspeita de que o suicídio tenha ocorrido no mesmo dia do crime.

O corpo de Renato Otoni foi encaminhado para o Instituto Médico Odontológico Legal (Imol) de Três Lagoas.

Um fim dramático. O suicídio de Renato Otoni, confirmado na tarde desta terça-feira (16) pela Polícia Civil de Três Lagoas coloca um ponto final na investigação do assassinato da ex-mulher dele, Halley Coimbra, ocorrido no domingo passado, em um bairro da zona Leste da cidade.
A mãe da vítima, Délia Coimbra, de 60 anos, disse que, agora, poderá atravessar o período de luto "com certa tranquilidade". "Ninguém ou nada vai trazer minha filha de volta. Eu sei disso. Mas, estou me sentindo um pouco aliviada com esse fim dele, porque não foi justo o que fez com a minha filha", disse.

Délia ainda afirmou desconhecer os motivos da separação do casal e nem porque Otoni assassinou a ex-mulher. "Não sei. Só sei que ele estava doente e que não aceitava a separação. Mas, não precisava fazer o que ele fez. Minha filha era uma pessoa maravilhosa. Nunca fez mal a ninguém. Muito menos à família", disse.

"O que ele fez com minhas netinhas também não se faz", afirmou.

O casal tinha duas filhas pequenas e Halley era mãe de uma adolescente de 15 anos, que estava na casa na hora do crime. Otoni também estava em seu segundo casamento.

NETOS

Délia Coimbra revelou que pretende pedir à Justiça a guarda definitiva das netas. "Elas são minhas. São a herança da minha filha para mim", afirmou ao revelar que possui decisão provisória sobre as netas a seu favor.

Ainda em estado de choque, a avó afirmou que irá se esforçar para que as meninas, no futuro, saibam tudo o que ocorrreu. "Elas vão entender que o pai ficou doente e que cometeu um crime por causa desta doença. Eu vou criar minhas netinhas para que elas cresçam bem e em paz, sem ódio de ninguém", disse.

TIRO NA CABEÇA

A possibilidade de suicídio, identificada por policiais que foram ao local, foi admita por diversas características, como o carro blindado estar com todas as portas fechadas e a chave no contato. Sentado no lugar do motorista, Otoni tinha o braço e a mão esquerdos sujos de sangue.

Os laudos periciais do caso serão feitos pelo Instituto Médico Legal de Andradina (SP) e o inquérito comandado pela Delegacia da Polícia Civil de Castilho, cidade em que o carro foi localizado.

A delegada Letícia Mobis explicou que a apuração do "possível suicídio" será feita pela polícia paulista e que a investigação da morte de Halley continuará na Delegacia da Mulher de Três Lagoas.

Não há prazo definido para conclusão das investigações.

(Sérgio Colacino e André Barbosa)

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