Mais Notícias : Executiva do PT abre processo para expulsar Palocci
Enviado por alexandre em 19/09/2017 08:19:58

Executiva do PT abre processo para expulsar Palocci

Postado por Magno Martins

Folha de .Paulo

O Comando do PT de Ribeirão Preto decidiu abrir processo para expulsão do ex-ministro Antonio Palocci. Em reunião realizada nesta segunda-feira (18), foi unânime a decisão pela abertura de processo no conselho de ética do partido, que se reunirá ainda esta semana.

Embora já tenha chamado Palocci de preso político, o presidente do PT de Ribeirão Preto, Fernando Tremura, encaminhou seu voto pelo desligamento do ex-ministro, sob o argumento de que ele foi obrigado a mentir em troca de benefícios na operação Lava Jato.

Apesar da decisão, integrantes do comando partidário têm procurado parentes de Palocci para que ele tome a iniciativa de se desfiliar encerrando o debate interno. Mesmo contrariado com o depoimento de Palocci, Tremura diz que é com tristeza que conduz o processo de expulsão. "É um relacionamento antigo", disse Tremura, segundo quem "Palocci poderá se desfiliar a qualquer momento".

Segundo petistas, Tremura resistia à abertura de procedimento no conselho de ética. O presidente estadual do PT, ex-ministro Luiz Marinho, determinou, porém, prazo de dez dias para que o diretório municipal abrisse o processo. Do contrário, o comando estadual assumiria a tarefa. A decisão de Marinho aconteceu após uma reunião no instituto Lula.

Uma das preocupações no partido é com Dona Antonia, mãe de Palocci. Segundo petistas, Dona Toninha estaria muito abalada desde a prisão do filho, sendo obrigada inclusive a mudar de endereço. Militante partidária, ela tem se trancado em casa, ainda segundo relato de petistas.

Numa tentativa de se reerguer após o impacto do depoimento de Palocci ao juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu seus colaboradores na tarde desta segunda para organização de uma nova caravana. Desta vez, em Minas Gerais. Em outubro, a comitiva deverá percorrer a região de Montes Claros, Murici, Vale do Jequitinhonha, Vale do Aço, do Rio Doce e Região Metropolitana.

Comissão abre processos sobre Moreira e Padilha



Ministros da Secretaria-Geral e da Casa Civil foram denunciados pelo crime de organização criminosa, assim como Temer e outros peemedebistas. Saiba o que os ministros disseram sobre o caso.

Guilherme Mazui, G1, Brasília

A Comissão de Ética Pública da Presidência informou nesta segunda-feira (18) ter aberto dois processos para apurar a conduta do ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco (PMDB-RJ). A comissão também decidiu pedir esclarecimentos ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS). Moreira Franco e Eliseu Padilha foram denunciados pela Procuradoria Geral da República, na semana passada, pelo crime de organização criminosa, assim como o presidente Michel Temer e outros peemedebistas.

Procurada pelo G1, a assessoria de Padilha informou que o ministro ainda não havia recebido pedido de esclarecimento e que, quando e se receber, "vai demonstrar que tal denúncia se encontra amparada em delações incomprovadas". A assessoria da Secretaria-Geral informou que Moreira Franco não vai comentar o assunto.

Segundo a Procuradoria Geral, a suposta organização criminosa formada por Temer e integrantes do PMDB atuou em ministérios e em estatais para obter propina.

De acordo com a comissão, contudo, fatos relacionados ao presidente da República não podem ser, por lei, apurados pelo grupo.

Moreira Franco

Conforme o presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes, foram abertos dois procedimentos sobre Moreira Franco referentes ao período em que ele ocupou uma das vice-presidências da Caixa Econômica Federal. A comissão decidiu apurar se Moreira favoreceu empresas do grupo Odebrecht e do grupo Bertin.

Padilha

No caso de Padilha, informou Mauro Menezes, o pedido de informações trata de eventual obstrução de Justiça e foi feito no âmbito de um processo já em andamento, que trata do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) - Geddel também foi denunciado pela PGR na semana passada.

Geddel

A comissão também decidiu nesta segunda apurar a conduta de Geddel Vieira Lima. Um procedimento trata de eventuais pagamentos ao ex-ministro, quando ele era vice-presidente da Caixa, em troca de informações e providências relacionadas a empréstimos efetuados pelo banco.

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