Mais Notícias : Lula terá de esperar os R$ 500 mil dados pela banqueira
Enviado por alexandre em 17/08/2017 08:19:42

Lula terá de esperar os R$ 500 mil dados pela banqueira



Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

Lula vai ter que esperar: a Justiça determinou que Roberta Luchsinger, herdeira de um acionista do banco Credit Suisse que pretende doar R$ 500 mil ao ex-presidente, pague antes uma dívida de R$ 62 mil cobrada dela judicialmente por uma loja de decoração.

Na decisão, o juiz Felipe Albertini Nani Viaro, da 26ª Vara Cível, afirmou que, "tendo em conta as declarações públicas" de Luchsinger, que disse à Folha que faria a doação ao petista, ele deferia o pedido de execução imediata da dívida. Determinou ainda que ela deve "abster-se de qualquer ato de disposição graciosa dos bens" até que salde o débito.

Roberta diz que pagou por um serviço terceirizado e que está sendo cobrada novamente.

"Inclusive eu movo ação contra a empresa que me processa", afirma.

O advogado dela, Paulo Guilherme de Mendonça Lopes, diz que a cliente encomendou móveis que ficaram "muito mal feitos" e ainda assim saldou parte do serviço.

Romaria de Lula no NE: Câmara pode ser ponto positivo


Em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) poderá ser ponto positivo a Lula no percurso, embora seja tido como maior opositor do PT no Estado.

Caravana de Lula no NE: complicador com aliados

Folha de S.Paulo – Catia Seabra

O ex-presidente Lula vai transitar, a partir desta quinta-feira (17), por território marcado por tensão política.Disposto a demonstrar força após sua condenação em primeira instância e às vésperas de um novo depoimento ao juiz Sergio Moro, Lula desembarca em Salvador para largada de uma caravana que se encerrará em 5 de setembro, no Maranhão. Apesar de liderar as pesquisas eleitorais no Nordeste, ele terá que transpor pedras no caminho.

Ponto de partida, a Bahia é governado por Rui Costa, petista que chegou a defender em privado a permanência de Michel Temer na Presidência para evitar a ascensão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Antecessor de Costa, o ex-ministro petista Jaques Wagner também sustentou a tese de que Maia poderia surpreender no cargo, prejudicando o PT. Maia é do mesmo partido do prefeito de Salvador, ACM Neto, principal adversário do PT no Estado.

À época das declarações, o governador da Bahia negociava com Temer a liberação de empréstimo de R$ 600 milhões. No dia 13 de julho, data da votação da denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a autorização para o empréstimo foi publicada no "Diário Oficial" da União.

Mas, segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) telefonou-lhe informando que, em atendimento a ordens superiores, o empréstimo não seria liberado. "Houve uma gestão do DEM sobre o presidente para que o empréstimo não fosse concretizado", afirma o senador.

No domingo (13), Wagner acusou, em discurso, o DEM e o PSDB do Estado de impedir o empréstimo. Disse que obras viárias estão paradas em decorrência do que chamou de mesquinharia dos adversários. Segundo o ex-ministro, o próprio presidente telefonou a Rui Costa informando que os recursos chegariam aos cofres do Estado.

Potenciais adversários nas eleições para o governo baiano em 2018, Costa e ACM Neto travam duro embate público. O prefeito nega ingerência para impedir o repasse. Chamando a acusação de "absurda e despropositada", ironiza o que chama de obsessão de Wagner por ele.

OUTROS ESTADOS:

Em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) poderá ser ponto positivo a Lula no percurso, embora seja tido como maior opositor do PT no Estado.

Na semana passada, Câmara recebeu o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para almoço. Petistas não descartam uma aliança com o PSB no Estado.

Já em Alagoas, onde o ex-presidente fará uma travessia de lancha sobre o Rio São Francisco, circula nas redes sociais uma convocação para protestos nas cidades de Penedo e Arapiraca.

No Ceará, Lula se defrontará com mal-estar em torno da íntima relação do governador Camilo Santana (PT) com os irmão Cid e Ciro Gomes, do PDT.

Uma semana antes da chegada de Lula, participaram de atos públicos, ao lado do presidente nacional pedetista, Carlos Lupi, numa clara demarcação de território.

Lupi diz que a viagem ao Ceará serviu para "reafirmar o partido como um todo e além da candidatura do Ciro a presidente". Ele prega uma parceria com Camilo nas eleições de 2018.

No Maranhão, a dificuldade está na acomodação do governador Flávio Dino (PC do B) e da família Sarney em uma mesma atividade.

Guerra Alckmin-Doria agora é às claras



A disputa entre Geraldo Alckmin e João Doria já não é mais velada. Aliados do governador encomendaram pesquisas para medir o impacto das viagens do prefeito pelo país sobre sua popularidade na capital paulista. Num tiro de advertência, antes de fazer o discurso público, Alckmin disse a Doria que 2018 seria a “eleição da experiência”. O novato não recolheu as armas. Trabalha para ultrapassar 20% de intenções de voto para o Planalto. Quer engolir o padrinho pelos números.

Pessoas próximas ao governador também analisam com lupa cada discurso feito por Doria em suas viagens pelo país. No Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, a tese é de que Doria começou a perder a simpatia do paulistano por estar fora da prefeitura.

Alckmin acha que vai ter o apoio de toda a cúpula do PSDB, com quem Doria se indispôs em diversos momentos, para assegurar que será o escolhido para disputar a Presidência. Ele agora atua para minar o plano B do prefeito, que seria concorrer ao governo do Estado.

João Doria não esconde nem de dirigentes de outras siglas que está em plena campanha. Em conversa recente, aconselhado a se concentrar na prefeitura para criar uma marca, apontou o Corujão da Saúde como um programa com projeção suficiente para ser vendido como o abre-alas de sua gestão.(Painel – Folha de S.Paulo)

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia