Regionais : Em manifesto, prefeitos fazem alerta sobre a crise
Enviado por alexandre em 27/05/2017 19:12:01

Em manifesto, prefeitos fazem alerta sobre a crise



A FNP (Frente Nacional de Prefeitos) divulgou um manifesto em que diz que a crise que assola o governo Michel Temer pode levar os municípios ao colapso financeiro e que o país "não pode ficar sem rumo". No documento, os prefeitos afirmam que a "gravíssima crise política e econômica" ameaça a estabilidade institucional e que é preciso uma saída "célere" e de consenso, que leve em conta "as diversas forças políticas e os três níveis de governo".

"Defendemos uma saída consensuada, respeitando-se a Constituição Cidadã e a legislação vigente, que leve em consideração as diversas forças políticas da nossa sociedade e os três níveis de governo. Ao mesmo tempo, que seja célere para evitar o agravamento dos reflexos negativos que tal situação já projeta nas cidades e que temos constatado no nosso cotidiano: aumento do desemprego, desincentivo ao empreendedorismo e aos investimentos, paralisação de obras e a disseminação de um indesejável sentimento de fracasso", diz o texto.

Os prefeitos afirmam ainda que o agravamento da crise trará "consequências inimagináveis", visto que piora a já insuficiente quantia de recursos públicos que os municípios dispõem para sustentar os serviços básicos de saúde e segurança, por exemplo.

"Esta insuficiência de recursos públicos para sustentar os serviços básicos lá na ponta poderá levar o país a uma grave crise social com consequências inimagináveis", afirma o documento. Desde que a crise eclodiu, na semana passada, Temer tenta se segurar no cargo enquanto a cúpula de partidos de sua base articulam uma solução via eleições indiretas caso o presidente seja cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Leia abaixo o manifesto.

*"MANIFESTO DA FRENTE NACIONAL DE PREFEITOS

O país enfrenta momento de gravíssima crise política e econômica, que, ao ameaçar inclusive a estabilidade institucional, pode nos levar a um impasse e uma desestabilização social com conseqüências inimagináveis. Nós, governantes recentemente eleitos nas médias e grandes cidades, reunidos na Frente Nacional de Prefeitos (FNP), temos o dever de expressar nosso posicionamento. Este manifesto não se confunde com eventuais opiniões político-partidárias dos prefeitos e prefeitas enquanto agentes políticos. É notável que as cidades alcançam no Brasil e no mundo um protagonismo cada vez mais relevante. Também é sabido que orçamentos municipais estão desequilibrados. Há um expressivo aumento da demanda por serviços públicos básicos como saúde, educação e assistência social, combinado com a queda na arrecadação em função do baixo dinamismo econômico.

Esta insuficiência de recursos públicos para sustentar os serviços básicos lá na ponta poderá levar o país a uma grave crise social. Por isso, e considerando que nosso país é uma federação, este documento torna-se um dever. A FNP reitera a importância da promoção e do aprimoramento do diálogo federativo por meio de uma mesa de negociação permanente entre União, estados e municípios, dentre outras medidas que venham ao encontro do fortalecimento da federação, das instituições e da própria democracia. Estudiosos têm apontado que se o século XX foi das nações, este seria o das cidades. Esta constatação precisa ser contemplada no nosso desenho federativo, garantindo o tratamento isonômico previsto na Constituição e promovendo avanços e o diálogo permanente com as autoridades locais.

Defendemos intransigentemente o Estado Democrático de Direito e o direito à livre manifestação. Defendemos uma saída consensuada, respeitando-se a Constituição Cidadã e a legislação vigente, que leve em consideração as diversas forças políticas da nossa sociedade e os três níveis de governo. Ao mesmo tempo, que seja célere para evitar o agravamento dos reflexos negativos que tal situação já projeta nas cidades e que temos constatado no nosso cotidiano: aumento do desemprego, desincentivo ao empreendedorismo e aos investimentos, paralisação de obras e a disseminação de um indesejável sentimento de fracasso. Reconhecemos ainda que o país precisa de reformas estruturantes, que sejam construídas em um ambiente democrático e de diálogo. Estamos convictos que esta é uma oportunidade para o Brasil se revisitar como nação.

Observados os princípios do Estado Democrático de Direito, é preciso contemplar na pauta prioritária do país a busca constante pela melhoria da qualidade de vida do cidadão, a retomada do crescimento econômico com distribuição de renda, a geração de emprego e o combate e a prevenção à corrupção, com controle e participação social, promovendo um sentimento de superação das dificuldades e de esperanças renovadas em dias melhores. O Brasil não pode ficar sem rumo."

Desembarque: PSDB, PSD e DEM decidem aguardar


Do Governo Temer

Folha de S. Paulo

Por Painel


Após dias de intensa especulação sobre um desembarque conjunto do governo, PSDB, PSD e DEM acertaram que aguardarão juntos e emitindo sinais de apoio ao presidente Michel Temer e às reformas o início do julgamento no TSE.

As cúpulas dos três partidos decidiram manter contato permanente daqui até lá, porém, para monitorar “com atenção” qualquer “fato novo”.

As siglas pagam para ver se Temer atravessa os próximos dias sem novas “denúncias graves”. Em privado, dão nomes aos bois: querem saber se a delação do ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, pego correndo com uma mala de dinheiro, vai se concretizar.

O PSDB avalia que Temer conseguirá avançar com a reforma trabalhista na próxima semana, mas minimiza o impacto do gesto e diz que isso já estava precificado. A da Previdência, porém, subiu no telhado, dizem os tucanos.

Lula chama Joesley de bandido


Em encontro com juristas, Lula diz que Joesley é ‘bandido’ e critica os benefícios de sua delação

Folha de S. Paulo

Por Painel

O ex-presidente Lula promoveu um encontro com dezenas de juristas, nesta quinta (25), para denunciar o que chama de “Estado de exceção”. Repetiu que se sente perseguido e fez duras críticas à nova estrela da crise política, Joesley Batista, que classificou como “um bandido”. O ex-presidente rechaçou as acusações do dono da JBS e disse que o acordo que Joesley obteve na Justiça é “um escárnio”. Com o ataque, se soma a Michel Temer, até aqui a principal vítima da delação do empresário.

A reunião com advogados e juristas ocorreu em um hotel em SP, a portas fechadas. Todos os convidados deixaram os celulares fora. Os aparelhos receberam uma etiqueta com o nome do dono e só foram devolvidos ao final do ato.

Lula disse que os benefícios que Joesley obteve com a delação eram de “provocar risos” e deu pitaco sobre a crise política. “Prefiro perder dez eleições diretas do que ganhar uma indireta”, afirmou.

O ex-presidente chorou ao lembrar da mulher, Marisa Letícia, que morreu este ano. Disse que não se incomoda de depor, mas que é difícil falar sobre ela. Após falar ao juiz Sergio Moro, ele foi criticado por tentar imputar decisões a respeito do tríplex no Guarujá a Marisa.

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