Mais Notícias : Dilma sabia de caixa 2 , dizem João Santana e Mônica
Enviado por alexandre em 25/04/2017 08:32:18

Dilma sabia de caixa 2 , dizem João Santana e Mônica

Postado por Magno Martins

O Globo - André de Souza

Em depoimento prestado nesta segunda-feira, o marqueteiro João Santana e sua mulher, a empresária Mônica Moura, disseram que a ex-presidente Dilma Rousseff tinha conhecimento de caixa dois na campanha de 2014. Mônica Moura contou que, pelo teor das conversas que teve com a ex-presidente, Dilma sabia da existência de recursos não contabilizados. Santana foi mais taxativo que a mulher ao dizer que Dilma tinha sim conhecimento de caixa dois. Ele fez as três últimas campanhas presidenciais do PT: 2006, vencida por Lula, e 2010 e 2014, quando Dilma ganhou.

João Santana disse também que, em conversa com Dilma após a eleição, ela perguntou se a conta Shellbill, usada pelo marqueteiro para receber recursos no exterior, era segura, blindada contra investigações. Os depoimentos fazem parte da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode levar à cassação da chapa vencedora da eleição presidencial de 2014. Como Dilma sofreu o processo de impeachment no ano passado, a ação poderá, na prática, fazer com que o atual presidente, Michel Temer, que era vice de Dilma, perca o mandato.

Após garantir o "toma lá", Temer cobra o "dá cá"

Postado por Magno Martins

Josias de Souza

Em busca de uma pujante maioria parlamentar, o governo de Michel Temer barganhou tudo, com a possível exceção da mãe, que não rende votos no Congresso. Acenou com um gabinete de notáveis e entrou num bazar em que o Ministério da Saúde foi negociado com o PP (pode me chamar de partido do petrolão), trocando-se o médico Raul Cutait pelo deputado-engenheiro Ricardo Barros. Seduzidos pelo tilintar de cargos e verbas, congressistas ofereceram a honra. E o Planalto começa a se dar conta de que deveria ter exigido certificado de origem.

Após assegurar o ‘toma lá’, Temer passa pelo constrangimento de ter que cobrar dos seus ministros partidários que assegurem o ‘dá cá’. Nos próximos dias, vai-se descobrir o tamanho do apoio que o governo conseguiu comprar. A aferição será feita na apreciação do projeto de reforma da legislação trabalhista. Nesta terça-feira (25), a encrenca será votada na comissão. Na quarta, chega ao plenário. O governo tenta se antecipar à “greve geral” que CUT e Cia. Organizam para sexta-feira.

Juntos, os partidos com assento na Esplanada dos Ministérios somam 411 das 513 cadeiras disponíveis na Câmara. Mas os pseudo-aliados de Temer submeteram o governo a um vexame na semana passada. Só aprovaram na repescagem o pedido de urgência para a tramitação da reforma trabalhista. Ainda assim, forneceram apenas 287 votos, menos do que os 308 necessários à aprovação da emenda constitucional que institui outra reforma, a da Previdência.

Há dois meses, sem saber que estava sendo gravado, o ministro Eliseu Padilha (Casa civil), um investigado da cota pessoal de Temer, falou sobre o modelo fisiológico adotado na composição do governo. Evocou o caso da pasta da Saúde. Relatou: “Nós ensaiamos uma conversa de convidar um médico famoso em São Paulo.” Os dirigentes do PP mandaram um recado a Temer: “Diz para o presidente que o nosso notável é o deputado Ricardo Barros.”

Sem qualquer escrúpulo, prudido ou reticência ética, Padilha revelou ter aconselhado Temer a ceder ao PP. “Nós não temos alternativa”, disse ele ao amigo, realçando que o objetivo do governo era nomear ministros politicamente rentáveis, não notáveis. Pela conta de Padilha, a elevação do fisiologismo à categoria de princípio de Estado garantiria a Temer 88% dos votos no Legislativo. Por ora, a única certeza disponível é que, sob Temer, qualquer nulidade vira “notável”. Ou Temer amealha os votos ou restará a sensação de que o governo de coalizão é um conto do vigário no qual até um presidente do PMDB pode cair.

Lula pede ao STF para investigação não ficar com Moro

Postado por Magno Martins

Defesa de ex-presidente aciona tribunal para que pedidos de Janot baseados em delações da Odebrecht sejam remetidos para Brasília ou São Paulo

O Estado de S.Paulo - Rafael Moraes Moura

O advogado Cristiano Zanin Martins, defensor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reveja sua decisão de enviar ao juiz federal Sérgio Moro seis pedidos de investigação sobre o petista apresentados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Esses pedidos foram embasados no conteúdo das delações de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht. Moro é o relator dos processos da Operação Lava Jato na primeira instância.

A defesa de Lula quer que os pedidos de investigação sejam remetidos à Justiça Federal de Brasília ou para São Paulo sob a alegação de que esses casos não estão diretamente relacionados ao esquema de corrupção instalado na Petrobrás.

Entre eles estão as supostas tratativas pela Odebrecht com Lula e o então ministro Jaques Wagner para permitir que o Poder Executivo firmasse, sem a anuência do Ministério Público, acordo de leniência com as pessoas jurídicas que estivessem envolvidas em irregularidades.

Outros casos dizem respeito ao pagamento de propina referente a “créditos” controlados pelos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega e ao suposto apoio da Odebrecht a Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente.

“Como não há prova de pagamentos de vantagens indevidas para obtenção de contratos no âmbito da Petrobrás, não há indício que possa influir decisivamente na apuração de crimes supostamente praticados na narra relação entre o Agravante e o Grupo Odebrecht, e vice-versa, a justificar a reunião de processos por conexão probatória ou instrumental”, diz o advogado do ex-presidente.

Wagner: Lula preso vira herói ou vetado à Presidência

Postado por Magno Martins

O Globo - Cristiane Jungblut

O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, disse nesta segunda-feira que o ex-presidente Lula é candidato a presidente em 2018 e que o petista virará “herói” caso seja preso ou mesmo impedido de concorrer. Durante seminário promovido pelo PT em Brasília, Jaques ainda afirmou que o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, sofreu “tortura psicológica” para dar as declarações contra Lula no caso do tríplex do Guarujá (SP).

— O Léo está sofrendo tortura psicológica. Ele pode dizer o que quiser. Construíram um roteiro e querem a confirmação. Para mim, Lula é candidato em 2018. Se interditarem o Lula, a história não para por aí. Não quero fazer comparações, mas todos que são perseguidos, presos, como Tiradentes, viram heróis. Preso, a imagem é mais forte para virar herói. Mas interditado (em sua candidatura) também — disse Jaques Wagner.

Wagner, que também foi ministro em diversas pastas nos governos de Lula e Dilma, atualmente é secretário estadual de Desenvolvimento Econômico da Bahia, na gestão de Rui Costa (PT).

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