Painel Político : PF tem 30 dias para investigar Cassol e ex-deputados estaduais podem ter surpresas
Enviado por alexandre em 11/04/2017 23:05:52

Senador se diz “surpreso” com denúncias e acredita que delação foi “uma retaliação por ter sido contra a isenção de impostos dado aos consórcios que construíram as usinas de Jirau e Santo Antônio”

The house fell

Caiu e pelo jeito vai ser levada pelas corredeiras da falecida cachoeira do Santo Antônio. Nesta terça-feira, o articulista do jornal Estadão de São Paulo Fausto Macedo fez a terra tremer em Brasília e derrubou a casinha de nada menos que nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes da Câmara e do Senado, serão investigados na Lava Jato a partir das delações da Odebrecht na maior ofensiva contra políticos com foro privilegiado. E entre os 29 senadores está o identificado como “Dallas“na lista de propinas da Odebrecht.

Dallas

No caso é Ivo Cassol, que na época da construção das usinas do Madeira era governador de Rondônia. Ele era chamado por esse apelido, por usar um chapéu igual ao do personagem do ator Larry Hagman, J.R. na série Dallas. Cassol, segundo o delator Henrique Serrano do Prado Valadares, teria recebido R$ 2 milhões para favorecer os procedimentos administrativos no início das obras de Santo Antônio. E o ex-secretário de Planejamento do Estado, João Carlos Gonçalves Ribeiro (que não tem foro privilegiado), também conhecido como “Maçaranduba” na lista da propina, abocanhou R$ 1 milhão para “ajudar” nos procedimentos, segundo a denúncia.
J.R de Dallas inspirou apelido de Cassol na lista da Odebrecht

No despacho

O ministro Edson Fachin aponta que o delator apresentou documentos que corroboram seu depoimento e estabelece um prazo de 30 dias para que a Polícia Federal atenda às diligências determinadas. CLIQUE AQUI para ler o despacho. O senador Ivo Cassol, em nota, se defendeu e atribuiu as denúncias a “uma retaliação por ter sido contra a isenção de impostos dado aos consórcios que construíram as usinas de Jirau e Santo Antônio”.

COM A PALAVRA O SENADOR IVO CASSOL SOBRE A DELAÇÃO DA ODEBRECHT (EM NOTA)

O Senador Ivo Cassol, foi surpreendido com a inclusão de seu nome na lista divulgada pelo Jornal Estadão na data de hoje (11/04), com base na delação do executivo do Grupo Odebrecht.

Segundo o Senador, “Não só entendo que é o dever da justiça investigar e fiscalizar os políticos, como é meu dever também lembrar que fui o único parlamentar que denunciou formalmente a isenção fiscal para as usinas do Rio Madeira em 2.011.
O prejuízo ao estado foi estimado em 1 Bilhão de Reais, valores que poderiam ser investidos em melhor qualidade de vida para o povo de Rondônia.

A época dos fatos denunciei essa isenção de impostos à vários órgãos públicos, tais como: Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia e mesmo assim essa isenção foi concedida pelo atual governo do Estado de Rondônia em 2.011.

Portanto, julgo totalmente injusto e descabido a citação do meu nome.
Vejo isso como uma retaliação por ter sido contra a isenção de impostos dado aos consórcios que construíram as usinas de Jirau e Santo Antônio.”

Corre João

O ex-secretário de Planejamento de Cassol deve começar a colocar a vida em ordem porque ele não tem foro privilegiado e logo os “homens de preto” devem começar a bater em portas rondonienses. Vale lembrar que, conforme PAINEL POLÍTICO adiantou em novembro do ano passado, as delações atingem 18 deputados estaduais da legislatura que criou a tal “CPI das Usinas”, cujo relatório afundou nas corredeiras.

Outro

Que aparece na chamada “delação do fim do mundo” é o senador Valdir Raupp, apontado como “Alemão” no setor de operações estruturais ou “departamento da propina” da Odebrecht. Mas a inclusão de Raupp não era novidade, a de Cassol sim. Até então ele estava saindo ileso da Lava-Jato.

COM A PALAVRA O SENADOR VALDIR RAUPP SOBRE A DELAÇÃO DA ODEBRECHT (EM NOTA)

O senador Valdir Raupp afirma que recebeu com tranquilidade a sua citação na lista do Ministro Fachin publicada no dia de hoje, baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir.Este será o momento que o senador terá para provar que as doações legais destinadas ao Partido foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Com isso

Enterra-se qualquer possibilidade de candidatura para Ivo Cassol em 2018. A probabilidade dele obter um registro já era praticamente nula. Ao ter o nome incluso na lista da propina da Odebrecht, a volta ao palácio se torna um sonho distante. Em seu grupo político já não havia concordância com a aventura sob liminar e com a Lava-Jato no currículo torna-se praticamente impossível.

Olho gordo na vaga

Já Confúcio Moura, atual governador de Rondônia, não esconde que é candidato ao Senado, “independente da situação de Raupp”, cogitando até uma mudança de legenda, já que Raupp também não esconde que “só abre mão da disputa se tiver impedido”, o que não deve acontecer. Mesmo “baleado” o “alemão” é um páreo duro. Resta saber para onde Confúcio migraria e nesse caso, como fica a situação de Maurão de Carvalho?

Pesado

E conforme relatamos em coluna anterior, o vice-governador Daniel Pereira (PSB) vem trabalhando pesado nos bastidores para ser candidato ao governo em 2018. Pereira, bem assessorado, conseguiu importantes vitórias principalmente no setor de segurança pública, ponto fraco das duas gestões Confúcio Moura. Uma das mais importantes foi a institucionalização do Serviço voluntário administrativo na PM e Corpo de Bombeiros. Ele não apenas brigou pelo projeto, como sancionou em março deste ano. Rápido, Daniel promete dar trabalho aos demais concorrentes e pode ser um importante apoio para Confúcio em sua briga pelo senado. De novo fica a pergunta, e Maurão?

Mobiliza, deputado

Maurão, para variar, continua igual o slogan da série Arquivo X, “eu acredito”. Devagar a irmã de Confúcio, Cira, vai cavando a sepultura política do deputado, que sonha em ser governador. Cira não esconde que não gosta de Maurão, mas continua dando corda. É só esperar pelo puxão.

Esperma pode ser estratégia de tratamento contra o câncer

A ideia de utilizar espermatozoides como uma ‘arma‘ contra o câncer tem ares de ficção científica? Pois saiba que isso já está acontecendo. Segundo informações do site especializado Science Alert, o tratamento de tumores, sem prejudicar células saudáveis, sempre foi um desafio e uma questão de ‘pensar fora da caixa’ para a ciência. Por isso, não é surpreendente que pesquisadores tenham decidido usar espermatozoides na luta contra doenças do sistema reprodutivo feminino, como tumores ginecológicas, endometriose e doenças inflamatórias pélvicas. Cientistas do Instituto de Nanociências Integrativas e da Universidade de Tecnologia de Chemnitz, ambos na Alemanha, decidiram envolver espermatozoides em uma espécie de “armadura” de ferro e, em seguida, orientá-los para um alvo com a ajuda de campos magnéticos. De acordo com os autores, essas células já são adequadas para navegar nesse ambiente. Além disso, suas membranas oferecem uma maneira perfeita de “embalar” drogas de forma a evitar problemas de percurso, como diluição, respostas imunes ou quebra de enzimas pelo corpo – como pode acontecer com outros possíveis mecanismos, como lipossomas (uma espécie de ‘bolha’) ou bactérias. Embora ainda haja muito trabalho a ser feito para determinar o quão eficaz este método de entrega pode realmente ser e a possibilidade de efeitos colaterais associados às armaduras descartadas, este é um primeiro passo em direção a um tratamento que poderia ajudar a salvar a vida de milhares de mulheres ao redor do mundo que são diagnosticadas com câncer ginecológico anualmente.

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia