Mais Notícias : O novo senhor Justiça
Enviado por alexandre em 24/02/2017 08:29:33

O novo senhor Justiça
Postado por Magno Martins

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

Na semana em que a Câmara abriu o processo de impeachment, um grupo de deputados lançou a ideia de anistiar Eduardo Cunha. Os parlamentares diziam que o peemedebista teria prestado um bom serviço ao dinamitar o governo Dilma. Por isso, deveria ser perdoado pelas acusações de receber propina e mentir sobre as contas milionárias no exterior.

"Eduardo Cunha exerceu um papel fundamental para aprovarmos o impeachment da presidente. Merece ser anistiado", declarou um dos porta-vozes do movimento, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

O ruralista não se limitou às palavras em defesa do correntista suíço. Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, patrocinou uma série de manobras para protelar o processo de cassação do aliado. Numa delas, encerrou a sessão antes da hora marcada, ignorando protestos de colegas. Teve que deixar o plenário às pressas, sob gritos de "Vergonha!".

"Serraglio foi escolhido a dedo para ser o homem do Cunha na CCJ", diz o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

Às vésperas do Carnaval, o peemedebista foi escolhido a dedo para outra missão: assumir o Ministério da Justiça. No novo cargo, terá voz de comando sobre a Polícia Federal, que investiga políticos, lobistas e empreiteiros acusados de envolvimento no escândalo da Petrobras.

A prudência aconselharia Michel Temer a entregar a pasta a um jurista respeitado, independente e sem ligação com os réus da Lava Jato. O presidente fez o contrário: nomeou um deputado do PMDB que tentou anistiar o alvo mais notório da operação.

Ao indicar o novo senhor Justiça, Temer deixa claro que desistiu de simular indiferença sobre a condução da Lava Jato. Ele também parece não se importar em ser cobrado pelo que diz. Na semana passada, o presidente afirmou que a escolha do ministro seria "pessoal, sem conotações partidárias". Nove dias depois, entregou o galinheiro a um amigo das raposas


Vice-presidente da Câmara rompe com Temer
Postado por Magno Martins

Coordenador da bancada de MG, Fábio Ramalho (PMDB) informou que tomou decisão após Osmar Serraglio (PMDB-PR) ser indicado para Ministério da Justiça.

G1 Brasília – Fernanda Calgaro

O primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), anunciou nesta quinta-feira (23) que rompeu com o governo do presidente Michel Temer. Coordenador da bancada de Minas Gerais na Casa, ele tomou a decisão em reação à indicação do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da Justiça, vaga que era cobiçada pela bancada mineira.

"Estou rompendo com o governo. Pelo tamanho de Minas Gerais, teríamos que ser acomodados dentro de um ministério. Desde que começou o Brasil, que começou o império, Minas tem ministro", disse Ramalho. Por ocupar uma posição estratégica, o rompimento pode gerarr dificuldades para o presidente Michel Temer na Câmara.

Como o país está sem vice-presidente da República, toda vez que Temer viajar ao exterior, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá a presidência do país e será substituído na Câmara por Ramalho. No comando da Casa, competirá a ele definir a pauta de votações.

Ao G1, Ramalho afirmou: "Eu pretendo reunir as pessoas que estão insatisfeitas com o governo. Tem muita gente insatisfeita. Então, eles vão ver o tamanho da insatisfação, que eles não sabem. Eles vão saber a partir das votações agora.”

Bancada mineira

Segunda maior bancada na Câmara, com 53 deputados, os deputados mineiros defendiam o nome de Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). Ele acabou perdendo força depois que vieram críticas feitas por ele ao poder de investigação do Ministério Público.

O vice-presidente da Câmara afirmou que chegou a receber uma ligação de Temer nesta tarde explicando a situação, mas que não o fez mudar de ideia.

"Ele falou que era para eu pensar. Eu disse que não. Aí ele falou que ia tentar recriar um ministério... mas recriar, não. A gente não aceita recriação de ministério. A gente só aceita ministério já existente. A bancada é contra qualquer contra qualquer recriação de ministério", relatou.

Ramalho acompanhou toda a movimentação na Esplanada dos Ministérios de Salvador (BA), onde foi passar o carnaval.

Amigo de Temer, Yunes recebeu R$ mi; pedido de Padilha
Postado por Magno Martins



Folha de S.Paulo - Mônica Bergamo

O empresário José Yunes está decidido a esclarecer um episódio em que se envolveu em 2014, e que veio à tona na delação premiada de Claudio Melo, um dos ex-executivos da Odebrecht que fez delação premiada: o de que ele teria recebido R$ 1 milhão em dinheiro vivo em seu escritório, em São Paulo.

Yunes, que é um dos melhores amigos do presidente Michel Temer e foi seu assessor especial até o ano passado, diz a vários interlocutores que foi um mero "mula" e que nunca teve nada a ver nem com a origem nem com o destino dos recursos.

Ele conta que, naquele ano, em meio à campanha eleitoral, recebeu um telefonema do hoje ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmando que precisaria de um favor.

Padilha queria que Yunes recebesse em seu escritório alguns "documentos", que depois seriam retirados de lá por um emissário.

Os "papéis" seriam destinados a campanhas ligadas ao grupo do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

O empresário concordou.

Na hora combinada, para a sua surpresa, Lucio Funaro, tido como operador de Eduardo Cunha, apareceu no escritório, que fica na região da avenida Faria Lima, para tratar dos recursos.

Ele conta que mal conversou com Funaro e que acredita na possibilidade de ter havido um acerto de contas interno de Padilha com Cunha em torno dos recursos.

O episódio tem incomodado Yunes, que deixou a assessoria especial de Temer depois que o caso foi divulgado.

Procurado por meio de sua assessoria, Padilha não respondeu.

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