Mais Notícias : Chance de reeleição de Janot próxima de zero
Enviado por alexandre em 17/01/2017 08:58:20

Chance de reeleição de Janot próxima de zero
Postado por Magno Martins

Por Helena Chagas- Blog Os Divergentes

São próximas de zero as chances de reeleição do procurador geral Rodrigo Janot para um terceiro mandato a partir de setembro. Intenção de concorrer sempre há, mas a estratégia de ficar sob o argumento de garantir a continuidade da Lava Jato não passa hoje de um belo balão de ensaio – que, no máximo, pode dar mais força a Janot na eleição interna do sucessor a ser indicado ao presidente da República.

Mais do que ninguém, Janot sabe que o Senado de Renan Calheiros, Romero Jucá e do ainda influente José Sarney – que tiveram suas prisões pedidas pelo procurador na Lava Jato – não irá sabatiná-lo e aprovar seu nome com facilidade. Com dificuldade, pode até ser, mas será que vale a pena?

A única hipótese de ver os grandes caciques do Senado aprovando uma nova reeleição de Janot é que ela se dê no bojo de uma ampla negociação que todo mundo sabe o que oferecerá em troca: o alívio nas ações e investigações que correm no STF contra esses e outros personagens do primeiro escalão da política.

Ainda que os termos desse acordo não sejam tão explícitos, dificilmente conseguir-se-á convencer a opinião pública de que não terá sido feita a indecente barganha. E a primeira coisa a ir para o espaço será a credibilidade de Janot e do Ministério Público.

Tudo isso sem falar na oposição que uma terceira reeleição sofre dentro da categoria do MP, onde já despontam diversos candidatos à eleição para a lista tríplice que será levada a Michel Temer.

O fato de Janot ficar fora do jogo não evitará, porém, que a nomeação do novo PGR ocorra em meio a intensas articulações e até sob o risco de uma negociação pouco republicana envolvendo os altos escalões políticos citados na Lava Jato. Nos bastidores, será o assunto mais palpitante do ano.

Fora das prisões ocorre um massacre da lógica
Postado por Magno Martins

Josias de Souza

Nos primeiros 15 dias do ano de 2017, houve três massacres no Brasil. Dentro dos presídios, foram massacrados pelo menos 134 presos. Fora das cadeias, autoridades de um poder público cada vez mais impotente massacraram a lógica. Na semana passada, o ministro Alexandre Moraes, da Justiça, admitira que a crise é aguda. Mas disse que a situação estava sob controle. Neste domingo, em nova chacina, as facções criminosas deixaram claro que são elas que estão no controle.

No Rio Grande do Norte, além da lógica, autoridades massacraram a verdade. Após 14 horas de inércia, em que os presos quebraram o pau sem repressão, o governo potiguar anunciou no domingo o controle do motim. Menos de 24 horas depois, os presos estacvam novamente em cima do telhado, desafiando o Estado.

O ministro da Justiça reunirá em Brasília nesta terça-feria os secretários de segurança dos Estados. Na quarta, os governadores estarão com Michel Temer. Na pauta, a implementação de um plano nacional de segurança redigido sobre o joelho. A crise poderia produzir uma Renascença. Mas o país parece desejar o sangue.

Há três meses, o Datafolha informou que 57% dos brasileiros concordam com a tese segundo a qual bandido bom é bandido morto. Significa dizer que a maioria enxerga no autoextermínio de presos como um avanço. Aos poucos, a modernidade brasileira desbrava o caminho que conduz à Idade Média.

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia