Neste sábado, 19, o auditório do Centro de Convenções Brasília 21, no Distrito Federal, manteve-se lotado de empresários que pregam pela maior integração econômica entre Brasil e Estados Unidos. Rondônia foi um dos estados convidados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a compor a comissão empresarial e esteve representado pelo presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Denis Baú.

O encontro teve a presença dos presidentes da República dos dois países, Dilma Rousseff e Barack Obama. O que se pretende é a adoção de mecanismos de coordenação eficazes por parte dos governos de ambos os países que vão garantir a gestão, governança, acompanhamento e identificação de problemas e oportunidades nas relações bilaterais.

Para selar o acordo, a assinatura do Tratado de Cooperação Econômica e Comercial entre Brasil e EUA (TECA) pode ser instrumento importante para uma gestão adequada à agenda crescente e diversificada entre os países. “O Sistema FIERO defende, incontestavelmente, o estreitamento de acordos empresariais, através da integração comercial entre regiões e trabalha pela eliminação das barreiras que prejudiquem a comercialização de produtos entre países”, comentou Baú.

Os temas como infraestrutura e geração de energia dominaram a pauta das discussões, já que no campo da energia renovável, Brasil e EUA são responsáveis por cerca de 80% da produção mundial de etanol. O subsecretário para Política e Assuntos Internacionais da Secretaria de Energia dos Estados Unidos, David Sandalow, falou sobre a disposição das empresas americanas de investirem na produção do petróleo brasileiro da camada do pré-sal e também de importarem o combustível.
Em seu discurso, o presidente da CNI, Robson Braga, classificou como estratégica e urgente o fim das barreiras americanas à importação do etanol brasileiro. Outros itens bilaterais estratégicos e urgentes listados compreendem a oportunidade de investimentos americanos na exploração do petróleo do pré-sal e os subsídios agrícolas americanos, que na visão da classe empresarial brasileira, retardam o papel do Brasil como grande supridor da oferta mundial de alimentos e minérios.

A Cúpula Empresarial foi organizada pela CNI, pelo Conselho Empresarial Brasil Estados Unidos (Cebeu) e pela Câmara Americana de Comércio (Ancham).