Mais Notícias : Prisão revogada não isenta Mantega
Enviado por alexandre em 23/09/2016 08:26:47

Prisão revogada não isenta Mantega

Gabriel Garcia, direto de Brasília

A revogação da prisão temporária de Guido Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda (2006 a 2014), não o isenta de esclarecer a acusação de recebimento de R$ 5 milhões do empresário Eike Batista para pagar dívidas de campanha do PT em novembro de 2012. Alvo da 34ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Arquivo X, Mantega foi liberado após decisão do juiz federal Sergio Moro.

"Observadas as restrições constitucionais quanto à inviolabilidade domiciliar, a prisão pode ser efetivada em qualquer lugar. Isso vem claramente estatuído no Código de Processo Penal", opinou o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal. Na avaliação do líder tucano no Senado, Paulo Bauer (SC), “a revogação não significa que as investigações estejam erradas ou que o que foi levantado até agora seja inconsistente”.

Não demorou a reação do PT. Em vez de explicar a denúncia, os petistas se apegaram ao momento da prisão, quando a mulher do ex-ministro se dirigia para uma cirurgia no Albert Einstein, em São Paulo. A Polícia Federal pretendia prendê-lo em sua residência, no bairro de Pinheiros (SP). Na casa, só estavam o filho, de 16 anos, e a empregada doméstica. Os agentes foram ao hospital, onde o ex-ministro se apresentou espontaneamente.

O cumprimento do mandado de prisão respeitou os devidos limites legais. Mas por que dar regalias para os crimes de “colarinho branco”? O cidadão comum, em situação semelhante, estaria preso. O medo de suas excelências decorre justamente do tratamento duro que recebem agora da Justiça. Com a Lava Jato, poderosos tornaram-se sócios de presídios, com frequência pouco antes vista na história do Brasil.

É preciso, sobretudo, esclarecer o esquema que roubou o cidadão brasileiro, que desviou recursos da educação e da saúde, e não entulhar a sujeira debaixo do tapete. Como lembrou o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Mantega era “um dos articuladores da estratégia econômica do PT que quebrou o País e nos levou a crise atual”. De resto, saúde e paz à mulher do ex-ministro.

Fala, Cunha - Em meio à expectativa sobre a prisão do ex-presidente Lula, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) levanta suspeita sobre um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Java Jato. Aliado do ex-presidente da Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) não acredita que o peemedebista entregará ex-aliados. Opinião divergente tem o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Ele supõe que Cunha já está em negociação. “Seria bom para o País”, avisa.

Gadelha fala em surpresa - Candidato do PSL a prefeito de Itamaracá, o ex-vice-prefeito do município, Cláudio Gadelha, garante que o candidato apoiado pelo presidente da Alepe (Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco), Guilherme Uchoa, conhecido como Tato, do PSB, não polariza a briga com o prefeito Paulo Batista, do PTB. "O futuro prefeito da ilha sou eu, isso está provado pelo clima de rua", diz Gadelha.

Reforma política, um sonho - A reforma política é discutida há duas décadas no Congresso. Sem consenso, nunca avança. Da mesma forma, a proposta em debate no Senado caminha para encalacrar na Câmara. A redução do número de partidos e o fim das coligações proporcionais afetam as eleições dos deputados federais. Em reunião com empresários, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avisou: “A reforma encontra resistência”. A maioria da Câmara é contra tais pontos.

Todos falam pelo governador- Segundo informações colhidas por fontes deste blog no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, impressiona e causa indignação nos gabinetes a quantidade de "interlocutores" que se apresentam aos servidores e desembargadores falando em nome do governador fazendo pedidos de "atenção especial" para salvar ou condenar este ou aquele candidato a prefeito. Só falta agora apresentar o crachá!

O agasalho de Silvio - Perguntado sobre a situação irreversível de insucesso nas urnas de prefeitos aliados na corrida municipal, o deputado Silvio Costa (PTdoB) jogou a toalha, mas fez juras de fidelidade. "Vou agasalhar todos, meu cobertor é mais amplo e super aquecedor para os que vão ficar no sereno", disse. Costa foi o maior defensor da ex-presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment. Ninguém pode reclamar de falta de fidelidade de sua excelência.



CURTAS

Itamaraty em greve - O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou requerimento de convite ao ministro das Relações Exteriores, José Serra. O petista cobra explicação sobre a paralisação de diversos serviços do Itamaraty em função de greve dos servidores do ministério.

Lembranças do passado - Ex-aliado de Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, determinou que se apagassem as lembranças do peemedebista. Na área onde suas excelências concedem entrevistas à imprensa, trocaram o painel colocado por Cunha. Em outras partes, desfaz-se o “legado” de Cunha.

Perguntar não ofende – Após a prisão do ex-ministro Guido Mantega, Lula já comprou seu tênis para caminhar até Curitiba?

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia