Mais Notícias : Impeachment: corpo-a-corpo de Temer para ferrar Dilma
Enviado por alexandre em 24/08/2016 08:33:13

Impeachment: corpo-a-corpo de Temer para ferrar Dilma

Postado por Magno Martins

Interino recebe senadores que não declararam voto, enquanto aliados de petista esperam reação

El País - Afonso Benites

Enquanto propaga aos quatro ventos que a batalha pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) já está ganha, o presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), intensificou conversas com um grupo de senadores que se declaram indecisos ou que não revelaram seus votos no julgamento da presidenta afastada.

Às vésperas da votação do impedimento da petista pelo Senado – prevista para iniciar no dia 25, a próxima quinta-feira –, Temer se encontrou com oito senadores entre segunda e terça-feira, sendo que em quatro deles o Planalto identificou algum risco de votar a favor de Rousseff. Todos esses encontros foram marcados de última hora e trazem à tona uma estratégia política do Governo para superar os 54 votos necessários para condenar a presidenta. A expectativa de ministros e de senadores da base é que 61 dos 81 parlamentares votem pelo impeachment. Enquetes feitas pela imprensa brasileira, no entanto, mostram que menos de 50 parlamentares declaram seu voto contra a presidenta afastada.

Oficialmente, as reuniões no Palácio do Planalto ocorreram para discutir assuntos locais de interesses dos parlamentares, como a conclusão de obras paradas ou a liberação de recursos para municípios de suas bases eleitorais. O presidente interino não mencionou uma palavra sobre o julgamento, conforme participantes dos encontros. Cabia a auxiliares deles tratarem do tema ao término de cada audiência.

Lava Jato leva para briga Gilmar Mendes e Janot

Postado por Magno Martins

Em guerra: o ministro do Supremo Gilmar Mendes e Rodrigo Janot, procurador-geral da República

Folha de S.Paulo

A condução da Lava Jato e a formulação de sua principal bandeira legislativa, um pacote de medidas enviado ao Congresso, abriram um embate entre Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chefe do Ministério Público Federal.

Mendes chamou de "cretino" o autor de uma proposta defendida pelo Ministério Público e pelo juiz federal Sergio Moral de que provas ilícitas obtidas de boa fé sejam utilizadas em ações.

Janot reagiu dizendo que vê uma ação orquestrada contra a Lava Jato.

Em ataque a procuradores e ao juiz federal Sergio Moro, Mendes afirmou nesta terça-feira (23) que os integrantes da força-tarefa que apura o esquema de corrupção da Petrobras deveriam "calçar as sandálias da humildade".

A declaração foi dada um dia depois de o mesmo ministro afirmar, à Folha, que investigadores eram suspeitos de vazar informação de suposto envolvimento do seu colega de STF Dias Toffoli com a empreiteira OAS.

Instado nos bastidores por outros procuradores a reagir, Janot declarou que não há qualquer documento do Ministério Público da negociação com a OAS mencionando Toffoli. Chamou de "quase estelionato delacional", "factoide" e "invencionice" o episódio.
Pouco antes, Mendes, muito próximo de Toffoli dentro da corte, havia subido o tom contra o Ministério Público.

"É aquela coisa de delírio. Veja as dez propostas que apresentaram. Uma delas diz que prova ilícita feita de boa fé deve ser validada. Quem faz uma proposta dessa não conhece nada de sistema, é um cretino absoluto. Cretino absoluto. Imagina que amanhã eu posso justificar a tortura porque eu fiz de boa fé?".

Segundo ele, "esses falsos heróis vão encher os cemitérios, a vida continua". Nem o ministro nem o procurador citaram nomes em suas críticas. Moro não quis comentar as declarações de Mendes.

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia