Mais Notícias : PMDB vai comandar setor elétrico
Enviado por alexandre em 31/05/2016 09:04:48

PMDB vai comandar setor elétrico

Postado por Magno Martins

Ilimar Franco - O Globo

Sem o PT no governo para dividir o comando das estatais do setor elétrico, o PMDB vai assumir a presidência das principais empresas do setor. A maior delas, a Eletrobras, será mantida nas mãos do PMDB do Senado. O critério adotado na Petrobras, para onde foi escolhido um Executivo reconhecido pelo mercado, Pedro Parente, não deve ser a regra. Na Petrobras, o presidente interino Michel Temer disse que não seriam aceitas indicações políticas. No sistema elétrico será diferente.

-- Não necessariamente. Estamos avaliando todas as alternativas. Mas a escolha será feita tendo como base a competência e a qualificação -- afirma um integrante do time de Michel Temer, ao rejeitar a existência de veto às indicações políticas.

O atual presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, nomeado pelo ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, e que tem o aval do ex-Presidente da República José Sarney, deve ser substituído. O novo presidente também será indicado pelo PMDB do Senado, e terá como padrinhos o presidente do Senado, Renan Calheiros (foto à direita em cima), e o líder Eunício Oliveira (foto à direita embaixo). A indicação de Renan está sendo mantida em sigilo.

Uma de suas tarefas é sanear a empresa, que teve um prejuízo de R$ 14,4 bilhões no ano passado, tem uma dívida de mais de R$ 40 bilhões e está com a negociação de suas ações na Bolsa de New York. A estatal tem participação ou controle acionário de dezenas de empresas de geração e transmissão de energia, entre as quais as usinas de Belo Monte (49,98%), Jirau (40%) e Santo Antônio (39%).

O PMDB do Rio também faz pressão. Ele quer retomar o controle de Furnas. O presidente local da legenda, o deputado estadual Jorge Picciani (foto à esquerda embaixo), está fazendo as gestões. Entre os ex-presidentes da empresa, indicados pelo PMDB fluminense, estão Luiz Paulo Conde (2007/2008) e Carlos Nadalutti Filho (2008/2011). Esse último caiu sob a alegação que era indicado pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O presidente atual Flávio Decat de Moura, nomeado em 2011, também teria o aval de Edison Lobão e José Sarney, embora nos bastidores se diga que eles apadrinharam uma escolha da própria Dilma.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (foto central), também será contemplado. Seu partido, o PSB, vai assumir a presidência da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco). Esse cargo era ocupado por indicações dos socialistas desde a posse do ex-presidente Lula, em 2003. Mas com a candidatura presidencial de Eduardo Campos, em 2014, a presidente afastada, Dilma Rousseff, nomeou para o cargo José Carlos de Miranda Farias, indicado pelo PP de Pernambuco.

A empresa Binacional Itaipu, que é presidida desde 2003 pelo petista Jorge Samek, também mudará de mãos. Ele já colocou seu cargo à disposição, embora seu mandato não se encerre agora, e só está esperando para fazer a transição. O próximo presidente, indicado pelo PMDB do Paraná, deve ser Rodrigo Rocha Loures, ex-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (2203/2011) e atual vice-presidente da CNI. O empresário é pai de um dos assessores de Michel Temer, o ex-deputado Rocha Loures.

-- Conhecer o setor não é um critério absoluto. Tem que ter capacidade gerencial. O Fernando Henrique era economista? E deu no que deu (Plano Real). O Osmar Dias virou referência no agronegócio -- comenta um assessor de Temer.

Apesar disso, uma ala do PMDB paranaense defende a escolha do atual vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Osmar Dias. Sua nomeação teria como objetivo preparar sua candidatura ao governo do Paraná em 2018. O DEM também resolveu disputar o cargo e está indicando o presidente da Companhia de Habitação do Paraná, o ex-deputado Abelardo Lupion, que tem como avalista o governador Beto Richa (PSDB).

A Eletronorte, que tem sua sede em Belém, é tradicionalmente um cargo do PMDB do Pará. A escolha de seu ocupante passa pelas mãos do presidente do PMDB local, senador Jáder Barbalho (foto à esquerda em cima). O atual, Tito Cardoso de Oliveira Neto, foi indicado por Jáder. Agora, no governo Temer, Jáder continuará mandando, mas o Planalto espera que ele promova uma negociação com os senadores Petecão (PSD-AC), Omar Aziz (PSD-AM) e o ex-ministro e senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Não se sabe ainda, se Jáder vai manter Ttio ou fazer nova indicação.

Caberá também ao PMDB nomear o presidente da Eletrosul. O cargo ficará com oPMDB de Santa Catarina. Os petistas, nos governos de Lula e da afastada Dilma, desalojaram os peemedebistas. Apenas por um breve período, no ano passado, a estatal foi presidida por Djalma Berger, irmão do senador Dário Berger (PMDB-SC). Nessa semana, a Secretaria de Governo, sob o comando do ministro Geddel Vieira Lima, deve concluir as negociações e levar os nomes para o presidente interino, Michel Temer, bater o martelo.

Cunha com a urucubaca: ação cai nos braços de Teori

Postado por Magno Martins

Leandro Mazzini – Coluna Esplanada

Presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está com a urucubaca.

Caiu nas mãos do ministro Teori Zavascki a relatoria de ação protocolada pela bancada do PSOL da Câmara, que questiona os benefícios que tem como presidente afastado.

Foi Teori quem o afastou do cargo, por liminar, até julgamento em plenário da Corte no mesmo dia.

Nos cálculos do PSOL, Cunha custa ao País R$ 541 mil por mês, morando na residência oficial e utilizando plano de saúde, empregados e verbas de gabinete.

Enquanto isso, Luís Cláudio Lula da Silva, o herdeiro nº 2 do ex-presidente Lula, conseguiu acesso aos autos da Operação Zelotes, da qual é alvo, nas diligências já feitas.

A decisão foi do ministro Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal


Bater em Lava Jato é regra para demitir ministro

Postado por Magno Martins

Blog do Kennedy

Com a queda de dois ministros no intervalo de uma semana, o governo Temer estabelece uma espécie de jurisprudência: suspeita de tramar contra a Operação Lava Jato cria regra para derrubar auxiliares rapidamente.

Fabiano Silveira pediu demissão do Ministério da Transparência por falta de condição política de permanecer no cargo. Enfrentou uma rebelião de funcionários da CGU (Controladoria Geral da União). Perdeu apoio da Transparência Internacional para ser interlocutor na área. E, sobretudo, foi vítima da suspeita de agir contra a Lava Jato.

Ao longo dia, o presidente interino, Michel Temer, e auxiliares avaliaram que as gravações de Silveira não tinham a gravidade das conversas do senador Romero Jucá com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. A parte mais delicada era um trecho no qual o presidente do Senado, Renan Calheiros, sugeria que Silveira teria obtido informações sobre as investigações contra ele no âmbito da Lava Jato.

A ligação com Renan, padrinho da indicação de Silveira para a pasta da Transparência, pesou na tentativa de Temer de deixá-lo ficar no cargo. No momento, as prioridades de Temer são aprovar o impeachment de Dilma no Senado e medidas econômicas no Congresso.

No entanto, o presidente interino pediu que Silveira desse uma entrevista. Diante da resistência de funcionários da CGU, não foi encontrado local. E a situação foi se deteriorando rapidamente.

O ministro teria, em conversa com familiares e amigos, avaliado que perdera as condições políticas de continuar à frente do cargo. Daí ter enviado a carta a Temer pedindo demissão.

Para alguns, Temer demorou a agir nos casos de Jucá e Silveira. As saídas só aconteceram após ampla repercussão política negativa. Para outros, o presidente interino atuou com celeridade, resolvendo as duas questões no mesmo dia e estabelecendo um padrão que deverá atingir futuros auxiliares que venham a ser chamuscados pela Lava Jato. Quem tentou ou tentar interferir na investigação Jato não terá vida longa.

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