Política : Pão e água
Enviado por alexandre em 12/02/2011 12:54:58



Confúcio manda recado aos prefeitos: “por enquanto, só pão e água”

A promessa de Governo municipalista e parceiros dos municípios, vai ficar, pelo menos por enquanto, longe de ser uma realidade da atual gestão estadual.

O governador Confúcio Moura (PMDB) anunciou, via blog, que não pode oferecer nada aos prefeitos, além de “pão e água”. Segundo Confúcio, antes ele precisa arrumar a casa, economizar recursos, pagar as dívidas, treinar pessoas, fazer projetos, prestar contas, arrecadar mais e rezar muito.

Só depois disso, se sobrar dinheiro em caixa, é que os municípios serão contemplados.

Confira abaixo a reprodução completa de mais uma postagem do governador blogueiro:

Prefeitos, ainda não posso ser generoso como gostaria. Preciso de tempo para economizar dinheiro. Fazer poupança. Pagar as contas deixadas ao arrepio da lei. Ajeitar a estrutura do Estado. Controlar todos os ralos. Treinar pessoas. Fazer projetos viáveis, acompanhar obras, prestar contas de convênios, arrecadar mais e rezar muito. Quando tiver dinheiro em caixa – juro e prometo – serei o melhor governador do mundo. Por enquanto, só pão e água.

Contratos com o Estado – a maioria foi aditivado por alguns meses. Para dar tempo a novas licitações. O pessoal fica inquieto. Querendo continuar do jeito que sempre foi e está. Não posso. O jogo é aberto, na tela do computador. Eu tenho o meu jeito de administrar e não abro. Creio no Estado regulador, forte e que dita as regras do jogo. E não acovardado, chantageado, mesquinho. O Estado jamais poderá perder a sua aura régia.

Comunicação – sem contrato licitado o governo está calado. Burocracia humilha e cala. Deixa correr o tempo da lei. Daqui a pouco tenho que segurar a língua com aquela vontade de recuperar o tempo perdido. Governo que é governo tem que informar o que está fazendo.

Gastança – “O que você tem com isto? O dinheiro não é seu. É do governo”. É assim, no geral do Estado brasileiro. Este conceito do descontrole e da coisa sem dono. Fim de governo, quase sempre, é a safra do desmonte. Mais ou menos como os saques às cargas de caminhões tombados nas estradas ermas. Ordem e Progresso, está na bandeira do Brasil como o grande slogan que todos devemos seguir.

Depois disto tudo, que é cultural e endêmico, deve surgir a busca da eficiência, das avaliações permanentes, dos controles diários. Administrar criteriosamente é antes de tudo uma atitude patriótica.

Tenho recebido muitos e-mails criticando algumas nomeações de gente que trabalhou para o governo anterior. O nosso pessoal não perdoa. Porque na guerra política o pessoal também gosta de sangue. Creio que ficariam felizes com uma nova Revolução Francesa e o retorno da guilhotina. Ou então a criação de campos de refugiados. Minha gente, vivemos em plena democracia, onde cada cidadão brasileiro é livre para votar em quem quiser. O que tenho que fazer é não perseguir ninguém e deixar a vida rolar. Peço aos amigos e eleitores que apenas observem as pessoas, os que tem cargos de confiança do governador. Estes, por natureza, têm dois caminhos – serem eficientes, exemplares, produtivos, para continuarem a ser considerados de confiança. Ficarem calados no campo da política para não despertarem a ira dos aguerridos peemedebistas, que são xiitas mesmo, parecidos com flamenguistas.

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