Produto escasso: tornozeleira eletrônica em falta no mercado
por Guilherme Amado
Fábio GuimarãesFábio Guimarães | Agência O Globo
A falta de tornozeleiras no Rio de Janeiro fez o juiz titular da Lava-Jato no estado, Marcelo Bretas, pedir a Sérgio Moro a cessão de uma tornozeleira para o almirante Othon Pinheiro, preso até dezembro passado sob a acusação de diversos crimes na Eletronuclear.
Othon pagaria cerca de R$ 200 mensais pelo equipamento, quando fosse para a prisão domiciliar. Acabou sendo transferido, mas ficou sem a tornozeleira.
Apesar do esforço de Bretas, o almirante foi para casa sem o equipamento devido a uma decisão de um outro desembargador, Antonio Athié, sobre dois réus da Lava-Jato.
Ao dar o habeas corpus de Flávio Barra, executivo da Andrade Gutierrez, e de José Antunes Sobrinho, da Engevix, o desembargador determinou regras bem mais flexíveis do que as do juiz Bretas — liberando os presos da tornozeleira.
Provocado pelo advogado do almirante, só restou ao juiz Bretas revogar também a tornozeleira de Othon.
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