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Enviado por alexandre em 01/09/2015 09:27:40

Renúncia: FHC diz que foi mal interpretado

Da Folha de S.Paulo – Felipe Bachtold

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tentou explicar sua declaração sugerindo a renúncia da presidente Dilma Rousseff durante uma reunião com uma comitiva do PSOL nesta segunda-feira (31). Ele ainda ofereceu ajuda ao pequeno partido contra uma proposta em tramitação no Congresso. O grupo, recebido pelo ex-presidente em seu instituto, era liderado pela ex-deputada Luciana Genro, que se notabilizou por embates com o tucano Aécio Neves na campanha eleitoral de 2014.

Há duas semanas, Fernando Henrique afirmou, em texto publicado em sua página no Facebook, que a renúncia da presidente seria um "gesto de grandeza". Aos dirigentes do PSOL ele disse que a sua declaração foi interpretada de modo equivocado, e que o sentido da manifestação foi: "Ou renuncia ou governa."

Luciana Genro organizou a reunião com o ex-presidente buscando apoio para evitar a aprovação no Senado de um projeto que reduz o espaço de partidos menores em debates e na TV já na campanha eleitoral do ano que vem.

Em clima descontraído, os temas do encontro migraram para assuntos de afinidade entre os dirigentes do partido e o ex-presidente, como o movimento estudantil de 1968 na França e o papel das redes sociais na organização política.

O tucano provocou gargalhadas ao responder a um comentário de Luciana sobre pesquisas que a mostram em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre no próximo ano. "O povo é maluco mesmo", falou.


Trancar Lula, FHC, Temer e jogar a chave fora

Da Folha de S.Paulo – Giuliana Vallone

Para resolver a crise no Brasil, é preciso que os políticos se entendam, avaliou o empresário Abilio Diniz, presidente do Conselho da BRF. De acordo com ele, os problemas que o país enfrenta hoje são de natureza política. A crise econômica, não tão grave, é consequência deles, disse.

"Está na hora de os nossos políticos se entenderem. Não pensarem nos partidos ou em si mesmos, mas, sim, no Brasil", afirmou, durante apresentação no Fórum Exame nesta segunda (31), em São Paulo.

"Tem que juntar [o ex-presidente] Lula, [o vice-presidente, Michel] Temer e [o ex-presidente] Fernando Henrique Cardoso numa sala e jogar a chave fora para encontrar a solução. Senão vai ficar cada vez mais difícil", disse, bastante aplaudido. "São os expoentes máximos de PT, PMDB e PSDB."

Abilio criticou a indisposição de Lula e FHC para conversarem. "Isso é coisa de namorado. Eles são líderes nacionais, têm de se juntar e conversar", afirmou.

Segundo o empresário, que também é um dos donos do Carrefour, o setor privado brasileiro deve deixar de pedir a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Não é meu amigo, mas eu o admiro. E ele está no meio de um fogo cruzado entre Congresso e Executivo."

Durante a apresentação, Abilio afirmou que admite que o país passa por inúmeras dificuldades, mas não acredita que essa é a pior crise da história brasileira.

"Não é tão fácil resolver, mas a gente resolve. A empresa Brasil é totalmente viável, temos todas as condições de um país que pode crescer, que pode se superar", disse.

Para isso, no entanto, é preciso aumentar a produtividade no país, tanto do governo, quanto das empresas, avaliou, por meio de investimentos, liderança e gestão, e capacitação.

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