Regionais : Lula: giro no país para recuperar popularidade
Enviado por alexandre em 02/08/2015 18:29:05

Lula: giro no país para recuperar popularidade

Lula pretende usar a educação como mote no giro que vai fazer pelo país para tentar recuperar a própria popularidade, do PT e do governo. Nas últimas semanas, o ex-presidente se reuniu com ministros, secretários municipais de educação e especialistas no tema para discutir o plano para a área encomendado por Dilma Rousseff a Mangabeira Unger (SAE). Ele acha que o resgate do slogan "pátria educadora" é uma forma de a presidente voltar a dialogar com a sociedade.

A todos com quem conversa sobre o plano de rodar o país, Lula demonstra inquietação com a demora de Dilma de tomar a dianteira na iniciativa.

O temor na cúpula do PT diante dos desdobramentos da Lava Jato passou a ser que o juiz Sérgio Moro determine nos próximos dias o bloqueio da fatia do partido no fundo partidário.  

Dirigentes petistas manifestam, ainda, preocupação com desdobramentos da Lava Jato na economia.

"Destruir o know-how da engenharia brasileira é crime. O Judiciário precisa ter essa consciência", diz o prefeito Luiz Marinho, um dos mais próximos de Lula no partido.  (Da Folha de S.Paulo - Vera Magalhães)


Dilma e os governadores: responsabilidade do voto

Três dias depois de se reunir com governadores de todos os estados do país, a presidenta Dilma Rousseff avaliou neste domingo, 2, o encontro, destacou que, assim como ela, os representantes dos estados foram eleitos democraticamente para mandatos de quatro anos e defendeu a necessidade de colaboração entre o governo federal e os estados para o país voltar a crescer.

"Gostei muito da reunião com os governadores. Apresentaram posições, sugestões e encaminhamentos importantes para o País. Nós temos em comum a eleição pelo voto popular majoritário e a responsabilidade de cumprir, no mandato de quatro anos, nosso programa de governo", escreveu Dilma em sua conta na rede social.

É a primeira avaliação da presidente sobre o encontro com os governadores, na última quinta-feira, 30, no Palácio da Alvorada. Na reunião, Dilma explicou aos governadores as causas da queda da arrecadação e propôs aos estados uma parceria para enfrentar problemas e superar crise.

Em resposta, os governadores comprometeram-se a ajudar o governo a evitar a aprovação de projetos da chamada pauta-bomba, em tramitação no Congresso Nacional que, segundo o Executivo, podem gerar gastos adicionais, comprometendo o ajuste fiscal.

"É nossa obrigação, mesmo com as diferenças partidárias, dialogar para que o país saia com rapidez de suas dificuldades. Para que volte a crescer, com equilíbrio fiscal, inflação sob controle, gerando empregos e prosperidade para os cidadãos e suas famílias", avaliou Dilma, pelo Twitter.

Dilma abandonada pelo Congresso

Sob o comando de Renan Calheiros e Eduardo Cunha, o Congresso que volta a funcionar nos próximos dias foi o que menos apoio deu a Dilma Rousseff desde 2011.

De acordo com uma pesquisa inédita da consultoria Arko Advice, no primeiro semestre o governo foi derrotado em cinco projetos (20%) do seu interesse que foram votados no Senado – no mesmo período dos anos anteriores, o governo não perdeu nada.

Na Câmara, a dor de cabeça também aumentou. Dilma foi derrotada em 23% das matérias que a interessavam – a maior taxa desde que assumiu a Presidência.

Aliás, o ritmo frenético imposto por Eduardo Cunha na Câmara é prova eloquente do trabalho que o articulador político e vice Michel Temer vem tendo: somados, os projetos de interesse do Executivo votados pela Câmara no primeiro semestre dos três anos iniciais de Dilma é exatamente igual ao que Cunha botou para voltar este ano: 123  (Lauro Jardim - Veja)


Marina diz que paga por ser contra impeachment

A ex-senadora Marina Silva afirmou em entrevista à Folha deste domingo, 2, que não há provas materiais que sustentem um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

"Você não troca de presidente por discordar dele ou por não estar satisfeito. Se há materialidade dos fatos, não há por que tergiversar. Se não há, o caminho doloroso de respeito à democracia tem que prevalecer", afirmou Marina. "Eu não seria leviana de dizer, sem provas, que ela [Dilma] tem responsabilidade direta. Ela tem responsabilidades políticas e administrativas. Esse não é o momento de ficar gesticulando, tagarelando", acrescentou. 

A ex-candidata a presidente pregou "responsabilidade" com a democracia e disse que não vai "instrumentalizar a crise" para tentar ampliar o desgaste da presidente. "Neste momento, é preciso ter muita responsabilidade. Já tivemos perdas em relação às conquistas econômicas. Agora estamos tendo perdas em relação às conquistas sociais, com inflação e desemprego. Uma coisa que não podemos perder é a nossa confiança na democracia. Não podemos, em hipótese alguma, colocar em xeque o investimento que fizemos na democracia", afirmou.

Sobre as manifestações contra o governo que estão marcadas para próximo dia 16, Marina Silva disse que a sociedade tem todo o direito de se manifestar, "porque foi enganada quando negaram os problemas e não fizeram o que era preciso".

"Mas esse protesto não pode antecipar o que a Justiça ainda não concluiu. Uma coisa é o que a sociedade pauta, outra é o que as lideranças políticas têm que ponderar. A liderança política não tem apenas que repetir o que se quer ouvir. Às vezes, ela tem que pagar um preço. Não podemos deixar de considerar o valor da democracia, até pelos traumas que passamos", afirmou. 

Clique aí e  Leia na íntegra  a entrevista de Marina Silva.

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