Mais Notícias : Dilma vetará fim do fator previdenciário
Enviado por alexandre em 26/05/2015 11:59:54

Dilma vetará fim do fator previdenciário

Certa de que o fim do fator previdenciário será aprovado no Senado, junto com a Medida Provisória 664, a comissão de ministros criada para debater a questão da previdência no Planalto recebeu da presidente Dilma Rousseff a missão de apresentar uma alternativa para permitir que ela vete o fim do fator. Na avaliação do governo, não dá para a presidente somente vetar, sem que se apresente uma solução para diminuir o crescente déficit da previdência no país.

O prazo é curto. Até o final do mês, a medida precisa ser votada no Senado para que não perca a validade. Além disso, o governo prefere que o Senado não faça mudanças na medida que motivem sua volta para apreciação na Câmara.

Apesar de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter garantido que colocaria a emenda em votação de forma ágil, tudo que Dilma não quer é  ficar nas mãos de Cunha neste assunto.

Fazem parte da comissão os ministros da Previdência, Carlos Gabas; do Planejamento, Nelson Barbosa; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; das Comunicações, Ricardo Berzoini; da Fazenda, Joaquim Levy, e da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto.

“Não dá para ser contra o fator previdenciário e colocar alguma coisa em seu lugar”, disse o ministro Nelson Barbosa, sem falar, no entanto, da intenção de veto.

“Não adianta ser bonzinho agora para lá na frente esse sistema ruir”, disse o ministro Gabas. ”Sobre a sanção (do fator previdenciário), não temos nenhuma definição sobre a posição do governo. Ao final da votações é que o governo vai analisar a posição a ser adotada”, disse Gabas.  (Do blog Poder Online - Luciana Lima)


Presidente contrabandeia cigarros para o Brasil

O contrabando de cigarros paraguaios no Brasil, um mercado de 4 bilhões de reais anuais, não é novidade aos moradores de Foz do Iguaçu, uma das principais portas de entrada de produtos ilegais pela fronteira. O Datafolha fez uma pesquisa e detectou que 83% dos moradores da cidade paranaense sabem que a maior parte dos cigarros do Paraguai é vendida ilegalmente por aqui. Nove em cada dez, no entanto, nem imaginam que é o presidente do país vizinho, Horacio Cartes, o dono da maior empresa de tabaco paraguaia e de 50% do mercado de contrabando de cigarros no Brasil (leia mais aqui).

A pesquisa, que foi a campo no início de maio, também aferiu que 75% dos moradores de Foz do Iguaçu atribuem ao contrabando o aumento na violência na região e 30% já testemunharam corrupção na fronteira Brasil-Paraguai.  (Lauro Jardim - Veja)


Dilma vai ao México abrir caminho à Petrobras

Do El Pais - Sônia Corona

Presidenta visita o colega Peña Nieto de olho na reforma energética mexicana

As duas grandes economias da América Latina se reúnem nesta terça-feira para afiar sua relação comercial. A presidenta brasileira, Dilma Rousseff, começa sua primeira visita de Estado ao México com uma agenda principalmente econômica embaixo do braço. Um reflexo da importância de ambos os países na região – representam juntos 62% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina. Entre o México e o Brasil também se concentram 58% das exportações e um fluxo de mercadorias de 9 bilhões de dólares (27 bilhões de reais).

Rousseff visitará o Palácio Nacional e se encontrará com o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, com quem firmará vários acordos de proteção de investimentos, turismo e cooperação comercial. Depois ela se reunirá com o prefeito da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, e participará da abertura da Comissão Permanente do Congresso Mexicano. Essa é a quinta ocasião em que Rousseff se reúne com o presidente mexicano, mas é a primeira vez em cinco anos que isso ocorre no México.

A visita da presidenta brasileira se dá em um momento-chave para ambos os países. Enquanto o México procura fazer as suas reformas no âmbito econômico decolarem, o Brasil enfrenta o estancamento de seus indicadores. Uma das oportunidades para as duas economias é a reforma energética do México: Petrobras, a petroleira estatal brasileira que atravessa crise de corrupção no próprio país, já se inscreveu na primeira licitação para obter um contrato de exploração petrolífera nas águas do Golfo do México.

O intercâmbio bilateral, segundo o Ministério de Relações Exteriores do México, também se incrementou desde 2013, após a eliminação do visto. Em 2014, o Brasil ocupou o sexto lugar em visitantes internacionais no México, por isso os dois governos buscarão incentivar o turismo entre seus cidadãos. Outro setor no qual México e Brasil possuem a liderança é o automotivo: no ano passado a indústria mexicana ultrapassou pela primeira vez a brasileira na produção de carros. Ambos se mantêm como os maiores exportadores de veículos do continente.

Rousseff chega ao México depois de receber, na semana passada, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que anunciou investimentos de 50 bilhões de dólares no Brasil, uma amostra do interesse da China em aproximar-se da América Latina. Agora o Brasil busca integrar-se com os outros líderes econômicos da região.


Impeachment: marcha é uma farsa, diz repórter

O movimento liderado pelo MBL (Movimento Brasil Livre), de Kim Kataguiri, o que propôs uma caminhada de São Paulo a Brasília em defesa do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, é uma farsa, segundo o jornalista Leandro Fortes. Ele faz as contas e desacredita que os manifestantes tenham andado toda a distância a pé.

"Pelo que ando lendo, os paneleiros da liberdade têm sempre o apoio de um carro e dois ônibus. Como assim? Um carro e dois ônibus (!), por 1.015 km, nos acostamentos das estradas? Ou eles andam na estrada mesmo, a 4 km por hora? Cadê a mídia para denunciar esse absurdo? E os registros da Polícia Rodoviária?", questiona, em artigo.

"A verdade é que esses cretinos pró-impeachment criaram um falso movimento, organizado em uma falsa marcha, que só pôde ter continuidade, por um mês inteiro, porque temos a mídia mais cafajeste e sem noção das Américas, quiçá do mundo", critica. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o grupo de cerca de 30 pessoas chegou no Distrito Federal neste domingo 24.

"Qualquer jornal, qualquer revista, tivesse mandado um repórter minimamente preparado passar uma semana com esses debiloides, teria em mãos uma reportagem sensacional sobre essa fraude cívica montada e operada por farsantes alimentados por uma oposição irresponsável. Poderiam, inclusive, ter evitado que esse menino idiota, de apenas 19 anos, se tornasse uma referência para outros jovens", afirma ainda.

Leia aqui a íntegra do artigo


Novo confronto entre Dilma e Eduardo Cunha

Carlos Chagas

Mesmo com a presidente Dilma no México, deflagra-se hoje mais um round entre Madame e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Os deputados começarão a examinar a reforma política, tanto faz se a partir do relatório encomendado mas contestado ou isoladamente, uma proposta depois da outra.

Qualquer aprovação exigirá no mínimo 308 votos, número que Eduardo Cunha imagina dispor a partir de forte base do PMDB. O problema é que cada sugestão vem despertando mais discordâncias do que apoios.

O teste inicial dirá respeito ao chamado “distritão”, estabelecendo que em cada estado serão considerados eleitos os candidatos a deputado federal, estadual e vereador que obtiverem mais votos. À primeira vista parece lógico, mas há meandros capazes de conduzir à areia movediça. Sustentam os adversários, a começar pelos pequenos partidos, que a extinção das coligações partidárias favorecerá os grandes. Os que tiverem melhores estruturas e mais dinheiro garantirão a maioria das vagas.

Eduardo Cunha é o patrono do “distritão”. Já a presidente Dilma, ávida de recompor-se com o PT, fica do outro lado. Os companheiros temem que a mudança reduzirá suas bancadas.

Quase todo o resto do elenco de reformas consiste em perfumaria. Alterações partidárias e eleitorais inviáveis, umas, e supérfluas, outras. A proibição de doações de empresas para as campanhas eleitorais até que serviria para moralizar as eleições, mas a Câmara, em peso, rejeita a hipótese. O Senado também. Como abrir mão de recursos fundamentais para a reeleição da maioria, mesmo que depois precisem retribuir com suas performances o auxílio jamais desinteressado? A ideia de muitos é limitar as doações empresariais, que a Justiça Eleitoral jamais conseguirá fiscalizar.

Acabar com a reeleição de presidentes da República, governadores e prefeitos é um consenso nacional, mas a confusão se estabelece quando se pretende aumentar os mandatos de deputados para cinco anos e os de senador para dez, já que será impossível reduzi-los a cinco. A coincidência de eleições, todas num só dia, tumultuará o processo. Acabar com dois suplentes de senador, reduzindo para um só, não passa de jeito nenhum na Câmara Alta. Nem a cláusula de desempenho, capaz de tirar recursos do fundo partidário dos partidos de aluguel. E assim por diante.

A presidente Dilma já foi entusiasta da reforma política, até por algum tempo aderiu ao absurdo da convocação de uma assembleia constituinte exclusiva. Depois refluiu. Derrotar Eduardo Cunha tornou-se prioridade. Melhor aguardar

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