Mais Notícias : Presidente da CNM desafia Temer
Enviado por alexandre em 26/05/2015 11:52:09

Presidente da CNM desafia Temer

Ao discursar, há pouco, na abertura da Marcha dos prefeitos, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoske, lamentou que o presidente em exercício Michel Temer não tenha atendido ao convite para o evento. "Espero que Temer apareça ainda por aqui e não tenha nada a temer", disse Ziulkoske, fazendo uma paródia com o nome do vice-presidente.

Para o presidente da CNM, a União tem que apontar como fazer o ajuste fiscal nos municípios. "Estamos quebrados e quem nos quebrou foi a política federativa, que é equivocada", disse, adiantando que nos últimos seis anos os municípios brasileiros perderam 117 bilhões de reais com a isenção do IPI para o setor automobilístico.

Ziulkoske disse ainda que os municípios têm 6 bilhões de restos a receber de obras em andamento. Acrescentou que no recente corte no orçamento da União os municípios perderam 21 bilhões em emendas.

"Queria que o Governo nos apontasse o caminho para fechar as contas dos municípios", enfatizou. O presidente da CNM disse ainda que só na área do Ministério das Cidades a tesoura pegou 17 bilhões, representando na pratica o cancelamento de 60 mil empenhos.

Ziulkoske fez um alerta ainda em relação aos municípios do Nordeste. Disse que num recente encontro com a presidente Dilma alertou que 70% dos municípios estão com uma conta de pessoal acima do que é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. "Amanhã, todos esses prefeitos vão virar ficha suja", alertou.

Temer: temos votos para aprovar ajuste fiscal

Responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, o vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou, hoje, após se reunir com lideres da base aliada e ministros que o governo tem votos suficientes para aprovar as medidas de ajuste fiscal no Senado.

As votações das medidas provisórias do ajuste fiscal devem ter início na sessão desta terça. As MPs 664 e 665, que criam novos critérios de acesso ao seguro-desemprego e à pensão por morte, entre outros benefícios, perdem o efeito em 1º de junho caso não tenham a tramitação concluída no Congresso. As duas matérias já foram aprovadas pela Câmara. A aprovação dos dois textos também no Senado é de interesse do governo.

"Temos votos suficientes, o líder do governo fez um levantamento e verificou que há números suficientes para votar. É claro que haverá discussão, porque é evidente que a decisão não é apenas do Executivo, o executivo manda o projeto, mas a decisão final é do Congresso. Haverá discussão e a discussão será sempre enriquecedora", disse o vice-presidente.

Após a reunião com líderes e ministros no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência, Temer declarou também que o governo "jamais cogitou" adiar a votação da MP 664 e voltou a dizer que o Executivo "levará todas as medidas do ajuste até o final".

Nem Temer prestigia marcha de prefeitos

De viagem ao México, a presidente Dilma não pôde comparecer à abertura oficial da Marcha dos Prefeitos. Os organizadores do evento contavam que o presidente em exercício Michel Temer aparecesse, mas o Governo está representado pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Uma multidão de prefeitos e vereadores está presente ao evento, lotando o Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

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