Policial : FALÊNCIA
Enviado por alexandre em 13/05/2015 00:50:20


SEJUS abandona Casa de Detenção de Ouro Preto
A Secretaria de Estado de Justiça de Rondônia – SEJUS/RO – pouco, ou melhor dizendo, muito pouco está fazendo para, ao menos, amenizar a caótica situação em que se encontra a Casa de Detenção do município de Ouro Preto do Oeste, que foi apelidada de “bomba relógio” pelos moradores que residem em seu entorno e até mesmo pelos próprios agentes penitenciários.

A situação, de acordo com os poucos servidores que estão lotados naquela unidade prisional, é precária, insalubre e desumana, sendo estes mesmo servidores obrigados a trabalhar com coletes a prova de bala vencidos e tirar plantões com apenas quatro agentes, quando o mínimo deveria ser de pelo menos 10. Como se já não bastasse, quatro das sete armas (espingardas) que são utilizadas para dispararem balas de borrachas estão danificadas há meses.

Nos plantões, principalmente fora do expediente, os quatro agentes têm a difícil missão de cuidar de aproximadamente 160 detentos, quando o local, de acordo com funcionários, deveria conter apenas 110 presos, estando, portanto, com 50 acima do limite.

Outro grande problema para a administração daquela Casa são os detentos do regime semiaberto, já que o local é inadequado, e se agrava mais ainda devido os mesmos estarem muito próximos dos encarcerados que cumprem regime fechado. É comum o registro de apreensão de aparelhos celulares e drogas que são jogados por pessoas do lado de fora e escondidos por alguns dos reclusos do semiaberto que, posteriormente, os jogam para dentro das celas.

Quanto à estrutura do prédio, é considerada caótica, com infiltrações e parte elétrica em péssimas condições, além de não possuir o Projeto de Proteção Contra Incêndio e Pânico – PPCIP, exigido pelo Corpo de Bombeiros, como também não cumprir exigências da Vigilância Sanitária do município.

Há meses a Secretaria de Estado de Justiça de Rondônia não disponibiliza sequer papel higiênico à Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste, sendo os agentes obrigados a comprar com o próprio dinheiro e os parentes dos detentos a levar para seus presos. Além disso, também falta material de expediente.

Sem respostas

Entramos em contato com a Assessoria de Imprensa da SEJUS através de telefone por diversas vezes. Em um desses atendimentos nos foi solicitado que enviássemos um e-mail contendo todas as perguntas. No dia 29 de abril enviamos os questionamentos e posteriormente ligamos, e eles confirmaram o recebimento. Dias após, efetuamos um novo contato, onde nos foi informado que as perguntas já haviam sido entregues aos departamentos responsáveis. No entanto, até o fechamento desta matéria não fomos contatados pela assessoria da SEJUS.

GAZETA CENTRAL

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