Mais Notícias : Lula nega seja aposentado
Enviado por alexandre em 31/03/2015 09:01:03

Anos depois é que Lula nega seja aposentado

Renato Riella (Blog)

Lula nunca foi aposentado por invalidez. Esta surpreendente notícia saiu hoje. Prova como os petistas são incompetentes para lidar com a mídia e agora com as redes sociais. Há anos o boato é associado ao ex-presidente, de forma dura, desgastando sua imagem, e ninguém nunca chiou.

O não-aposentado negou, neste domingo, através da assessoria de imprensa de seu instituto, receber aposentadoria por invalidez por conta do acidente de trabalho em que perdeu o dedo da mão esquerda.

Segundo o comunicado, o esclarecimento foi motivado por “muitos boatos e mentiras espalhados na internet contra o ex-presidente”. Só que esses boatos são velhos e repetitivos. Pelo visto nunca chegaram ao conhecimento dos petistas, que devem viver numa torre cercada de bilhões de reais da Petrobras.

De acordo com o Instituto Lula, o acidente do ex-presidente aconteceu em 1964, quando o petista tinha 18 anos e trabalhava na Metalúrgica Independência, na cidade de São Paulo. “Lula recebeu, à época, uma indenização de 350 mil cruzeiros.”

“Lula não deixou de trabalhar. Se a história fosse verdadeira, ele não poderia ter continuado sua atividade como metalúrgico, depois dirigente sindical e muito menos cumprir seus mandatos de deputado e de presidente da República”, diz o comunicado.

Será que podemos acreditar nesta tardia explicação?


Lembranças necessárias

Carlos Chagas

Durante os 21 anos do regime militar, todo dia 31 de março comportava comemorações públicas. Depois, as referências limitaram-se aos quartéis e às ordens-do-dia dos ministros castrenses. Os governos da Nova República ignoraram a data, hoje lembrada por número cada vez menor de quantos participaram da deflagração do golpe e, depois, de suas administrações.

Aqui e ali certos patetas empenham-se em pedir o retorno das forças armadas ao poder, esquecidos de que a História só se repete como farsa.

É preciso registrar, no entanto, que apesar dos excessos e da truculência com que os donos do poder enfrentavam os problemas nacionais, foi aos poucos que a opinião pública posicionou-se contra eles. A sucessão de atos institucionais e de pacotes arbitrários acabou levando multidões às ruas, exigindo a volta ao regime democrático. A natureza seguiu seu curso até que o último dos presidentes militares, general João Figueiredo, percebeu estar esgotado o modelo imposto em 1964. Pediu até que o esquecessem, tendo antes adotado as medidas necessárias, como o levantamento da censura, a anistia e a proibição da tortura. Não deve ser esquecido, pois dele também vieram iniciativas como o fim da lei de Segurança Nacional e a possibilidade de criação de novos partidos políticos.

Hoje virou moda todo mundo dizer que “lutou contra a ditadura”, mas não foi bem assim. A maioria acomodou-se, mesmo sem gostar dos que, sem mandato popular, impunham sua vontade.


Democracia em xeque, diz deputada europeia

Só existe uma resposta diante da corrupção: levar os responsáveis aos tribunais e puni-los, seja quem for. O alerta é da ex-juíza e deputada europeia Eva Joly.

A franco-norueguesa ganhou notoriedade por julgar a cúpula da petroleira Elf nos anos 90 e revelar como a estatal francesa havia irrigado com dinheiro da corrupção o sistema político do país.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Joly afirma que o caso da Petrobras e o da Elf têm "enormes similaridades".

Para ela, se não houver uma limpeza e se não for explicado como o esquema funcionou, é a democracia que estará ameaçada

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