Regionais : Inquérito aponta desvio de dinheiro do Governo para campanha de Mosquini
Enviado por alexandre em 30/03/2015 23:03:57


A recente declaração do empresário Zezinho do Maria Fumaça contra o Ministério Público do Estado seria uma tentativa de desviar o foco do governador Confúcio Moura (PMDB). Em uma emissora de televisão, o empresário falou cobras e lagartos em relação a investigações do MP. Teria sido para tentar desacreditar o trabalho dos promotores, porque investigações estariam mostrando a suposta ligação de Confúcio com uma organização criminosa.

O inquérito que resultou na Operação Ludus demonstra a existência de um esquema criminoso para desviar dinheiro público na construção da obra no Espaço Alternativo, em Porto Velho. Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal com autorização da Justiça demonstram que a campanha eleitoral do deputado federal Lúcio Mosquini (PMDB-RO), um dos principais aliados de Confúcio, teria sido financiada com dinheiro da obra.

Uma das gravações telefônicas mostra que Mosquini foi acionado quando houve bloqueio no pagamento de medições no Espaço Alternativo. Outra gravação demonstra que a suposta organização teria molhado R$ 200 mil. Foi preciso secar o dinheiro, que posteriormente foi depositado em uma conta bancária para saldar dívidas de campanha.

“Em um outro momento, Adiel supervisiona e orienta à distância a secagem do dinheiro molhado (R$ 200 mil) que havia sido retirado de esconderijo da organização e orienta o transporte do mesmo com escolta até agência bancária para depósito”, diz trecho do inquérito.

As investigações mostram, ainda, que Mosquini dava ordens no DER, mesmo quando era candidato a deputado federal. Em um telefonema, ele avisa que havia sido elaborada uma nota oficial rebatendo matéria jornalística sobre desvio de dinheiro na obra do Espaço Alternativo. Mosquini diz ao telefone que “Bira” deveria ler a nota antes que “Nilsin” enviasse para a imprensa.

Nessa gravação, Mosquini cita o governador e um tal de “doutor Almeida”. Afirma que Confúcio conseguiria uma liminar para retirar a matéria do ar, mas que talvez isso nem fosse preciso. Há ainda outras gravações onde o governador é citado.

De acordo com o que apontam as investigações, teria sido montado um suposto consórcio para construir a estrutura no Espaço Alternativo, mas as máquinas pertenceriam a Lúcio Mosquini e ao prefeito de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni.

Testoni aparece em gravação telefônica conversando com um promotor de Justiça. A conversa é dura e poderia demonstrar a periculosidade de aliados de Lúcio Mosquini. O promotor trabalhava para colocar ordem na casa e impedir abusos durante a campanha eleitoral, como demonstra a conversa:

Gravação entre os laranjas do prefeito Alex Testoni:


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