Mais Notícias : Brasil paga dívidas com a ONU
Enviado por alexandre em 30/01/2015 10:02:04

Brasil paga dívidas com a ONU

Em um esforço para garantir a candidatura à reeleição do brasileiro José Graziano da Silva, o governo de Dilma Rousseff depositou o que devia à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O Brasil somava uma dívida de US$ 15 milhões em relação à sua cota de 2014.

O depósito foi feito pelo Ministério do Planejamento após reportagens revelarem que o Brasil estava devendo para diversos organismos na ONU e, por essa razão, teria sido suspenso de alguns deles. No caso da Agência Internacional de Energia Atômica e do Tribunal Penal Internacional, o Brasil já perdeu seu direito de voto.

Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a dívida do Brasil com as agências da ONU soma mais de R$ 662 milhões (cerca de US$ 258 milhões).

José Graziano da Silva manteve boas relações com Dilma Rousseff desde o tempo em que ambos eram ministros do governo Lula. Ao vencer as eleições em 2012 para seu primeiro mandato na FAO, Graziano assumiu prometendo recolocar a entidade no centro do debate mundial.

A falta de pagamento por parte do Brasil, portanto, era considerada como um golpe a essa promessa e poderia enfraquecer a nova candidatura do brasileiro. As eleições ocorrem em junho.

Rossetto diz que ajuste fiscal é necessário

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, defendeu hoje o ajuste fiscal anunciado pelo governo nas últimas semanas. Ele negou que as medidas contradigam o projeto de desenvolvimento do governo e ressaltou que elas são necessárias para a continuidade das políticas sociais.

No último dia 19, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou aumentos na tributação de cosméticos e mercadorias importadas, reajustes de juros sobre o crédito e mudanças na tributação que podem refletir em aumentos no preço do diesel e da gasolina.

Rossetto negou qualquer alteração ideológica, política ou estratégica por parte do governo. "O que temos são limites fiscais. Não há alteração de rumo, de estratégia, nenhuma guinada. O governo tem que ter capacidade de modulação de suas políticas para sustentar a estratégia de crescimento, de geração de emprego, de aumento dos investimentos”, destacou em entrevista durante café da manhã com blogueiros, no Palácio do Planalto.

“Ao longo da nossa experiência, o governo foi capaz de, com medidas econômicas, estratégicas, conjunturais, responder às mudanças de cenários externos e internos preservando a estratégia de crescimento com geração de emprego, preservando a renda do povo brasileiro, priorizando a renda pública para os grandes programas que garantem direitos sociais”, avaliou.

Fábrica desiste de fazer máscaras de Cerveró

Uma fábrica de máscaras de carnaval do Rio de Janeiro desistiu de fabricar máscaras com o molde do rosto do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

A decisão foi tomada depois que advogados ligados ao ex-executivo ligaram para a direção da fábrica e ameaçaram processar a empresa caso as máscaras fossem fabricadas. A indústria prepara uma remessa de máscaras da presidente da Petrobras, Graça Foster.

A proprietária da fábrica Condal, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, disse nesta quinta-feira que advogados ligados a Cerveró telefonaram para ela e pediram "amigavelmente" que as máscaras não fossem fabricadas.

"Eles me telefonaram e disseram que como não havia nenhuma autorização de direito de imagem, era melhor que a gente não fabricasse as máscaras", afirmou Olga. A proprietária, no ramo de fabricação de máscaras há 56 anos, disse que perguntou aos advogados sobre o que aconteceria caso a empresa decidisse fabricar os artefatos. "Eles disseram que se a gente fabricasse, seríamos processados. Aí, então, tiramos o nosso cavalinho da chuva", afirmou.

Grupo de trabalho acompanhará gastos públicos

O governo federal criou um grupo de trabalho para acompanhar os gastos públicos federais e propor medidas para melhorar a execução orçamentária e financeira de 2015, contribuindo para o alcance das metas fiscais. O grupo foi nomeado por decreto publicado na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União.

O grupo de trabalho interministerial também vai propor medidas para a melhoraria da qualidade do gasto público, de sua eficiência e eficácia e para aperfeiçoamentos em políticas públicas, ações, projetos, programas temáticos e programas de gestão, manutenção e serviços do governo federal.

O decreto determina que caberá ao grupo selecionar ações, projetos ou programas que serão analisados e requisitar aos órgãos executores as informações necessárias à efetivação de seus objetivos. Também poderão ser criados subgrupos temáticos para detalhar a análise por órgão, grupo de órgãos ou programas específicos e convidar representantes de entidades públicas para apoiar a execução dos trabalhos.


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