Mais Notícias : 'O negão que vai consertar o Brasil'
Enviado por alexandre em 28/01/2015 10:10:28

É o cara: 'O negão que vai consertar o Brasil'

A quadra da Vai-Vai veio abaixo quando Darly Silva, o Neguitão, presidente da escola de samba, anunciou a presença de Joaquim Barbosa no ensaio de domingo.

"Esse é o 'negão' que vai consertar o Brasil", disse ele ao receber o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal.

Barbosa foi um dos convidados do ensaio de pré-Carnaval, que contou ainda com a presença do maestro João Carlos Martins, que regeu a bateria e também foi homenageado. A informção é de Mõnica Bergamo, na Folha de S.Paulo desta quarta-feira.


O que falam sobre Eduardo

 Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

Favorito na disputa pela presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reservou um espaço em seu site para divulgar declarações de apoio. A seção, batizada de "O que falam sobre Eduardo", é uma longa coletânea de louvações ao parlamentar.

"Eduardo Cunha representa o grande espírito do Parlamento", diz o deputado Sandro Régis (DEM-BA). "É um líder nato, de inteligência e competência imensuráveis", emenda Fábio Reis (PMDB-SE). "Ele é determinado e com vontade de vencer", corrobora Elcione Barbalho (PMDB-PA). "É um homem sério, que consegue nos passar confiança", exalta André Fufuca (PEN-MA).

Para quem não circula no Congresso, os elogios podem passar a imagem de que o peemedebista é uma unanimidade no meio político. Nada mais enganoso. Poucos parlamentares se envolveram em tantas brigas e polêmicas nos últimos anos.

A maioria dos críticos não questiona as ideias de Cunha, e sim suas credenciais éticas. Ele esteve próximo de escândalos desde o governo Collor, quando comandou a Telerj.

"Esse cara deve ser, entre mil picaretas, o picareta-mor", disse na TV o ex-ministro Ciro Gomes (Pros-CE). "Onde há dinheiro para roubar, está o senhor Eduardo Cunha", afirmou na tribuna a deputada Cidinha Campos (PDT-RJ). "É o chantageador-geral da República", definiu em entrevista a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ). "Se for eleito, o mensalão será fichinha", acrescentou ela.

"Tem pessoas que são boquirrotas", diz Cunha sobre os ataques, sem comentá-los individualmente. Ele já moveu diversos processos contra Ciro, Cidinha e o ex-aliado Garotinho, pai da nova deputada. "A Clarissa eu ignoro", menospreza. "Com o Ciro, não perco um minuto. Chegou, mando direto para o advogado."

O ex-prefeito carioca Cesar Maia (DEM), que já chamou Cunha de "ladrão", foi perdoado. "Fizemos um acordo na Justiça. Até votei nele para o Senado", diz o peemedebista.


Valadares diz que Calheiros é "candidato em off"

Agindo como candidato à reeleição, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), telefonou, na manhã de hoje, para o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), seu provável adversário na disputa marcada para o domingo, 1º de fevereiro. Na conversa, de acordo com o socialista, Calheiros disse que não poderia se lançar candidato sem uma reunião da bancada do PMDB, mas fez questão de dizer que, se reeleito, irá fazer uma gestão da Casa "austera" nos próximos dois anos.

"Renan parece um candidato em off", afirmou Valadares ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, ao ressalvar que só será candidato com apoio da bancada. Ele admitiu ser mais difícil vencer Calheiros com uma candidatura avulsa na votação secreta do domingo. Isso porque, pelos seus cálculos, teria no máximo 30 votos contando apoios de partidos de oposição e de senadores independentes. Valadares defende como a melhor opção encontrar um candidato dentro do PMDB que não seja Calheiros. Mas senadores do partido cotados, como Ricardo Ferraço (ES) e Luiz Henrique (SC), ainda não decidiram se vão enfrentar Renan na própria bancada.

A estratégia de Calheiros é adiar, ao máximo possível, o lançamento da sua candidatura para não virar "vitrine". O Palácio do Planalto apoia a permanência do peemedebista no posto desde que, até a eleição, não seja investigado ou denunciado pela Procuradoria-Geral da República por envolvimento na Operação Lava Jato. Ele foi um dos 28 citados, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em sua delação premiada.

No contato telefônico com Valadares, Calheiros disse que, assim que o PMDB tomar uma decisão - indicando-o para disputar a presidência novamente -, ele pretende conversar com os demais partidos para apresentar seus planos de gestão do Senado até o início de 2017.

Rede realiza mutirões de coleta de assinaturas

Do Diário de Pernambuco

Passadas as eleições 2014, a Rede Sustentabilidade retoma sua saga para validar a legenda na Justiça Eleitoral. Neste fim de semana, mais de 100 mutirões foram realizados em todo o país para coletar assinaturas de apoio à certificação do partido da ex-presidenciável Marina Silva, hoje abrigada no PSB.

No Recife, foram cerca de 500 assinaturas na Praça do Arsenal, Recife Antigo, no último domingo à tarde, e 300 no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, no sábado, de acordo com Roberto Leandro, membro da Executiva Nacional e porta-voz da Rede em Pernambuco.

“Está havendo coleta também no interior. Em Salgueiro, Quipapá, Garanhuns, Petrolina, entre outros municípios”, informa. Leandro conta que a meta de coleta para o estado é de quatro mil assinaturas até o final de fevereiro. Nacionalmente, a Rede pretende angariar 100 mil apoios nesse prazo. No final dessa semana, a Executiva Nacional se reúne em Brasília (DF) para fazer um balanço do andamento das ações e encaminhamentos em relação ao registro da legenda.

O porta-voz pernambucano destaca que são necessárias apenas 32 mil assinaturas certificadas, mas a coleta de mais 100 mil garante uma “margem de segurança”. Em 2013, a Rede teve apenas 442.525 assinaturas reconhecidas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), das 668 mil enviadas aos cartórios e 904 mil coletadas, o que impediu o partido de ser registrado em tempo hábil para disputar as eleições de 2014. A conta para chegar ao número de apoios necessários para garantir o registro é feita a partir de 1% do número de votantes para o cargo de deputado federal na última eleição, algo em torno de 480 mil.

Artigo especial

O diretor sumiu

* Marta Suplicy

Tenho pensado muito sobre a delicadeza e a importância da transparência nos dias de hoje. Temos vivido crises de todos os tipos: crise econômica, política, moral, ética, hídrica, energética e institucional. Todas elas foram gestadas pela ausência de transparência, de confiança e de credibilidade.

Se tivesse havido transparência na condução da economia no governo Dilma, dificilmente a presidente teria aprofundado os erros que nos trouxeram a esta situação de descalabro. Não estaríamos agora tendo de viver o aumento desmedido das tarifas, a volta do desemprego, a diminuição de direitos trabalhistas, a inflação, o aumento consecutivo dos juros, a falta de investimentos e o aumento de impostos, fazendo a vaca engasgar de tanto tossir.

Assim que a presidenta foi eleita, seu discurso de posse acompanhou o otimismo e reiterou os compromissos da campanha eleitoral: "Nem que a vaca tussa!".

Havia uma grande expectativa a respeito do perfil da equipe econômica que a presidenta Dilma Rousseff escolheria. Sem nenhuma explicação, nomeia-se um ministro da Fazenda que agradaria ao mercado e à oposição. O simpatizante do PT não entende o porquê. Se tudo ia bem, era necessário alguém para implementar ajustes e medidas tão duras e negadas na campanha? Nenhuma explicação.

Imagina-se que a presidenta apoie o ministro da Fazenda e os demais integrantes da equipe econômica. É óbvio que ela sabe o tamanho das maldades que estão sendo implementadas para consertar a situação que, na realidade, não é nada rósea como foi apresentada na eleição. Mas não se tem certeza. Ela logo desautoriza a primeira fala de um membro da equipe. Depois silencia. A situação persiste sem clareza sobre o que pensa a presidenta.

Iniciam-se medidas de um processo doloroso de recuperação de um Brasil em crise. Até onde ela se propõe a ir? Até onde vai o apoio à equipe econômica?

Para desestabilizar mais um pouco a situação, a Fundação Perseu Abramo, do PT, critica as medidas anunciadas, o partido não apoia as decisões do governo e alguns deputados petistas vociferam contra elas. Parte da oposição, por receio de se identificar com a dureza das medidas, perde o rumo criticando o que antes preconizou.

O PT vive situação complexa, pois embarcou no circo de malabarismos econômicos, prometeu, durante a campanha, um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação para o país, mas agora está atarantado sob sérias denúncias de corrupção.

Nada foi explicado ao povo brasileiro, que já sente e sofre as consequências e acompanha atônito um estado de total ausência de transparência, absoluta incoerência entre a fala e o fazer, o que leva à falta de credibilidade e confiança.

É o que o mercado tem vivido e, por isso, não investe. O empresariado percebe a situação e começa a desempregar. O povo, que não é bobo, desconfia e gasta menos para ver se entende para onde vai o Brasil e seu futuro.

Acrescentem-se a esse quadro a falta de energia e de água, o trânsito congestionado, os ônibus e metrôs entupidos, as ameaças de desemprego na família, a queda do poder aquisitivo, a violência crescente, o acesso à saúde longe de vista e as obrigações financeiras de começo de ano e o palco está pronto.

A peça se desenrola com enredo atrapalhado e incompreensível. O diretor sumiu.

* Postado originalmente na Folha de São Paulo

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia