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Enviado por alexandre em 28/01/2015 10:06:18

Mercado eleitoral

Uma pesquisa encomendada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre as eleições revela um dado espantoso: 28% dos entrevistados dizem ter testemunhado ou tomado conhecimento de episódios de compra e venda de votos em 2014, segundo Mônica Bergamo, hoje na Folha de S.Paulo. Em alguns Estados, o percentual sobe para 48% -- como nos casos do Maranhão e do Acre.

Paraná e Distrito Federal registram o mais baixo percentual de respostas positivas sobre a questão: 21%, seguidos de Piauí, São Paulo e Minas Gerais, com 22%, e Rio de Janeiro, com 23%.

"Existe ainda muito abuso. É uma realidade, infelizmente", diz o presidente do TSE, Dias Toffoli. Ele celebra, no entanto, o fato de que 50% dos eleitores entrevistados (1.964 em sete capitais das cinco regiões do país) deram notas entre 8 e 10 à Justiça Eleitoral.


Dilma e os celulares dos ministros: 'Calados!'

Na primeira reunião ministerial vigorou a velha regra de banimento de celulares, revela Vera Magalhães, hoje na sua coluna da Folha Online. Depois das 16h -- diz a colunista --, o status dos principais ministros no WhatsApp era off-line.

Na abertura da reunião, Dilma repetiu o discurso de posse ao prometer um "vigoroso processo de aprimoramento de gestão" da Petrobras e a implantação da "mais rigorosa estrutura de governança e controle" de uma empresa no Brasil.


Dilma puxa para si responsabilidade por aperto

Sinalização foi celebrada por integrantes da equipe econômica, que estavam incomodados com o silêncio de Dilma

Valdo Cruz - Folha de S.Paulo 

A fala foi no velho estilo titubeante, sem desenvoltura na leitura do discurso refletido na tela do teleprompter, mas seu conteúdo tinha endereço certo: não deixar dúvidas a seus críticos de que o ajuste fiscal promovido por sua nova equipe econômica conta com seu apoio incondicional.

O recado da presidente Dilma Rousseff veio no mesmo dia em que o ex-ministro José Dirceu voltou a fazer críticas ao rumo adotado pela petista. Em seu blog, ele questionou se a presidente, na reunião ministerial, iria ficar "rodando em torno do ajuste fiscal, símbolo da mediocridade conservadora".

Para o desgosto de Dirceu, não só ficou como passou a mensagem de que a correção de rumo na política econômica é uma decisão dela.

A sinalização foi comemorada pela equipe econômica, incomodada com as especulações de que o silêncio presidencial, que já durava mais de um mês, refletia algum tipo de discordância com as medidas amargas adotadas.

Aliviados, assessores da equipe econômica comemoravam frases presidenciais como "os ajustes que estamos fazendo são necessários para manter o rumo".

Classificados como dois dos maiores problemas do país neste momento, a presidente limitou-se, na reunião, a dizer que, para resolver a crise hídrica, orientava seus ministros e dirigentes de órgãos federais "que se engajem nos esforços dos governos estaduais para vencer a atual situação de insegurança hídrica".

Sobre a crise energética, que fez o país passar por um apagão na semana passada, foi ainda mais evasiva. "Ao mesmo tempo, nós estamos tomando todas as ações cabíveis para garantir o suprimento de energia elétrica", sem citar nenhuma delas.

Em tempos de escassez de recursos, Dilma não deixou de cobrar sua equipe com um velho chavão: "Vamos fazer mais gastando menos".

De destaque, lembrou um assessor, ainda houve a tentativa da presidente, em seu discurso, de afastar de sua imagem a pecha de que abandonou as promessas de campanha e adotou o receituário da oposição na economia.

Segundo ela, o criticado "reequilíbrio fiscal que irá permitir preservar as nossas políticas sociais", responsáveis por sua reeleição.


Dilma: promessas de campanha serão cumpridas

Ela nega que medidas anunciadas por seu governo representem redução dos benefícios trabalhistas e sociais

Depois de ficar quase um mês em silêncio, desde sua posse, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça (27), durante a primeira reunião ministerial do segundo mandato, as medidas de ajuste tomadas para reequilibrar as contas públicas em 2015.

Criticada até mesmo por integrantes do PT por ter adotado receituário semelhante ao defendido pela oposição durante a campanha, Dilma disse que as ações têm "caráter corretivo" e são "indispensáveis" para restabelecer a saúde financeira do país.

"Os ajustes que estamos fazendo são necessários para manter o rumo, para ampliar as oportunidades, preservando as prioridades sociais e econômicas (...)", disse Dilma diante de seus 39 ministros e o vice-presidente Michel Temer na Granja do Torto, residência de campo oficial da Presidência.

A petista tentou justificar durante seu discurso que a guinada na política econômica já havia sido sinalizada durante a campanha.

"A população brasileira votou também por mudanças e nós não podemos esquecer disso. Mostraremos que não alteramos um só milímetro do projeto vencedor das eleições", completou.(Da Folha de S.Paulo - Mariana Haubert e Dimi Amora)


Não é boato, mas fato

Na primeira reunião ministerial do ano, a presidente Dilma pediu aos seus auxiliares forte disposição e boa resistência dialética para travarem a batalha da comunicação. “Reajam a boatos, levem a posição do Governo à opinião pública”, bradou, para acrescentar: “Não podemos permitir que a falsa versão se alastre”.

Dilma se referia, especificamente, ao noticiário de que o Governo vai acabar com conquistas históricas dos trabalhadores. Em relação a isso, afirmou: “Respondam em alto e bom som: não é verdade, os benefícios são intocáveis”. A presidente fez reclamações ainda à mobilidade urbana.

“Quando houver críticas sobre a mobilidade urbana, os ministros devem ser lembrados do investimento de R$ 143 bilhões em 118 municípios”, afirmou. Sobre outro tema atual, a crise hídrica associada à energética, disse que desde o seu início o Governo está apoiando “e estará apoiando de todas as formas as demandas dos governos estaduais”.

A questão do governo não é de comunicação, mas de perda de credibilidade. As medidas econômicas do pacote do ministro Levy (Fazenda) contrariam o discurso de Dilma na campanha, que garantiu que os juros não cresceriam, que não haveria aumento dos combustíveis e que seriam mantidas as regras para o financiamento da casa própria.

Dilma diz que é boato as mudanças no seguro-desemprego, mas foi o Governo que enviou ao Congresso uma MP tratando do assunto. A proposta está no Congresso e contem regras mais rígidas para reduzir o valor do pagamento de benefícios como pensão por morte, auxílio doença, seguro-desemprego, seguro defeso e abono salarial.

As mudanças foram anunciadas pelo Governo com o objetivo de fazer uma economia de R$ 18 bilhões por ano. É verdade que não devem atingir as pessoas que já recebem esses benefícios, mas devem ser aplicadas para os futuros beneficiários, tanto do setor público quanto do INSS. Não se trata, portanto, de falsa versão.

PRECEDENTE– Em uma viagem de Michel Temer a Santos em 2013, a FAB não autorizou que o vice-presidente fosse de jato e indicou um turboélice, que freia melhor no pouso. Não permitiu que pousasse na Base Aérea de Santos, onde Eduardo Campos sofreu um acidente, por não considerá-la segura. Temer pousou em Guarujá, e foi de carro até à cidade, segundo informa de Brasília o companheiro Ilimar Santos.

Tamanduá sertanejo– Embora tenham trocado um abraço de tamanduá, o secretário de Transportes, Sebastião Oliveira, e o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), falaram português claro no primeiro encontro, ontem, para tratar de assuntos de interesse no município em que disputaram a Prefeitura em 2012 numa campanha extremamente radicalizada.

 

Enfim, as obras – O empresário Paulo Sergio, da Esse Engenharia, garantiu, ontem, que em 20 dias começam de fato as obras de pavimentação da restauração da PE-292, que liga o distrito de Albuquerquené a Afogados da Ingazeira. A retomada do projeto foi o primeiro ato assinado pelo governador Paulo Câmara, no último dia 3.

Sem números– Candidato do PSB à Presidência da Câmara dos Deputados, o deputado mineiro Júlio Delgado escondeu o jogo, ontem, ao apresentar um balanço da sua campanha. Em nenhum momento quis falar sobre números, ao contrário do petista Arlindo Chinaglia, que diz ter 180 votos, e Eduardo Cunha, que fala em mais de 230.

PE em primeiro lugarO secretário de Desenvolvimento, Thiago Norões, saiu satisfeito da conversa com o ministro Armando Monteiro, anteontem, em Brasília. Embora tenha sido fechado, sem autorização para imagens, o encontro, segundo Norões, deve render ao Estado boas parcerias. “Pernambuco está acima das questões de natureza política”, diz.

 

 

 

 

CURTAS

HOSPITAL– O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), comemorou a aprovação de uma emenda de bancada, no valor de R$ 150 milhões, para construção de um hospital regional no município. Hoje, o atual hospital não tem UTI e casos mais graves são transferidos para Recife.

HABILITADOS– A Agência Nacional de Aviação Civil informou, por meio de nota, que o piloto Marcos Martins e o copiloto Geral Magela Barbosa, responsáveis pela aeronave que caiu e matou o ex-governador Eduardo Campos estavam aptos para pilotar o avião. A tripulação possuía licença e habilitação válidas no momento do acidente.

Perguntar não ofende: Quando a presidente Dilma volta a conceder entrevista?

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