Policial : CONFIRMADO
Enviado por alexandre em 19/12/2014 20:30:00


Senador Raupp é um dos 28 nomes citados por envolvimento na Lava Jato por ex-diretor da Petrobras

Em delação premiada, Paulo Roberto Costa listou políticos que integrariam o esquema de corrupção: um deles seria o senador Valdir Raupp de Matos - PMDB/RO

Em 80 depoimentos, o primeiro delator da Operação Lava-Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, citou 28 políticos que teriam se beneficiado do esquema de corrupção na estatal. Um deles é gaúcho: o deputado federal José Otávio Germano (PP). As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

A relação inclui parlamentares que integram a base aliada do Palácio do Planalto, ministro, ex-ministro, governador e ex-governadores. Alguns dos nomes não haviam sido revelados até então. É o caso do governador do Acre, Tião Viana (PT), e dos deputados Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS), Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano.

Germano nega qualquer envolvimento com o esquema de corrupção. O deputado admite que esteve duas vezes com Paulo Roberto na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, para tratar de assuntos institucionais. Nas oportunidades, o delator ocupava a diretoria de Abastecimento da estatal e o deputado presidia a Comissão de Minas e Energia da Câmara.

— Afirmo categoricamente que nada sei sobre os fatos denunciados pela Operação Lava-Jato, e que por isso mesmo nada devo e nada temo — disse Germano, que se manifestou por meio de nota.

Políticos citados negam relação com corrupção na Petrobras

Entre os nomes citados, oito são políticos do PMDB, 10 do PP, oito do PT, um do PSB e um do PSDB. Alguns, segundo o ex-diretor de Abastecimento, recebiam repasses com frequência ou valores que chegaram a superar R$ 1 milhão – dinheiro que teria sido usado em campanhas eleitorais. Outros teriam recebido repasses esporadicamente.

Confira os nomes:

Gleisi Hoffmann (PT-PR) - senadora e ex-ministra da casa civil
Humberto Costa (PT-PE) - senador e líder do PT no Senado
Antonio Palocci - ex-ministro dos governos Lula e Dilma
Lindbergh Farias (PT-RJ) - senador
Tião Viana (PT-AC) - governador
Delcídio Amaral (PT-MS) - senador
Cândido Vaccarezza (PT-SP) - deputado federal
Vander Loubet (PT-MS) - deputado federal
Renan Calheiros (PMDB-AL) - presidente do Senado
Edison Lobão (PMDB-MA) - ministro de Minas e Energia
Henrique Alves (PMDB-RN) - presidente da Câmara
Sérgio Cabral (PMDB-RJ) - ex-governador do Rio de Janeiro
Roseana Sarney (PMDB-MA) - ex-governador do Maranhão
Valdir Raupp (PMDB-RO) - senador
Romero Jucá (PMDB-RR) - senador
Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ) - deputado federal
Eduardo Campos (PSB-PE) - ex-governador, morto em agosto
Sérgio Guerra (PSDB) - ex-presidente nacional do partido
Ciro Nogueira (PP-PI) - senador
João Pizzolatti (PP-SC) - deputado federal
Nelson Meurer (PP-PR) - deputado federal
Simão Sessim (PP-RJ) - deputado federal
José Otávio Germano (PP-RS) - deputado federal
Benedito de Lira (PP-AL) - senador
Mário Negromomento (PP) - ex-ministro das Cidades
Luiz Fernando Faria (PP-MG) - deputado federal
Pedro Corrêa (PP-PE) - ex-deputado federal
Aline Lemos de Oliveira (PP-SP) - deputada federal

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Os depoimentos do ex-diretor, que se estenderam por duas semanas, entre agosto e setembro, fazem parte do acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal em troca de redução da pena. Desde que sua delação foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal, ele cumpre prisão em regime domiciliar, no Rio de Janeiro.

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