Mais Notícias : Lula reclama de "linchamento midiático"
Enviado por alexandre em 19/12/2014 10:41:44

Lula reclama de "linchamento midiático"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um discurso de homenagem ao ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, morto no mês passado, para defender os governos do PT de denúncias de corrupção e argumentar que eles deram autonomia à Polícia Federal. Em referência velada à Operação Lava Jato, Lula criticou ainda o que chamou de "vazamentos seletivos" e "linchamento midiático".

Deflagrada pela PF, a Lava Jato investiga um esquema de desvio de recursos da Petrobras e de pagamento de propina a partidos políticos. As apurações atingiram aliados do Palácio do Planalto e têm desgastado o governo da presidente Dilma Rousseff, municiando duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Congresso e aumentado a pressão pela troca de toda a diretoria da estatal.

Para Lula, hoje "setores partidários e da imprensa" fazem "tábula rasa de sagrados princípios do Estado de direito". "Nesse momento que se realizam investigações capazes de conduzir ao expurgo de praticas ilícitas e ao juízo de corruptos e corruptores, há setores que se lançam à manipulação de denúncia e ao vazamento seletivo de inquéritos", afirmou o ex-presidente. "Pessoas e instituições investigadas tornam-se alvo de prejulgamento público sem acesso proporcional ao direito de defesa", acrescentou.

O petista participou na manhã desta quinta-feira, 18, de cerimônia em homenagem aos 10 anos da Reforma do Judiciário, solenidade que também contou com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, do procurador-geral da República Rodrigo Janot e do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

Numa referência breve ao tema, Cardozo foi no mesmo sentido de Lula e disse que Thomaz Bastos sempre pedia cuidado para que "as operações da Polícia Federal não sejam espetacularizadas", sob o risco de pessoas serem condenadas "como se estivessem numa arena romana".


Lula: Graça Foster ‘é problema da presidente Dilma’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, que o destino da presidente da Petrobras, Graça Foster, é “um problema da presidente Dilma Rousseff”. À saída de uma solenidade no Ministério da Justiça, Lula foi questionado por repórteres se, diante das denúncias de corrupção na estatal, Graça deveria deixar o cargo. “Eu não acho nada”, esquivou-se Lula. “É um problema da presidente Dilma, não meu. Eu não posso dar palpite”.

Em seu discurso no Ministério, durante solenidade em homenagem aos dez anos da reforma do Judiciário, Lula não citou diretamente o escândalo na Petrobras, mas disse que “acima de paixões partidárias deve sempre prevalecer o direito de defesa”. Diante do procurador geral da República, Rodrigo Janot, do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowsky, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Lula condenou o que chamou de “julgamento midiático” e de “vazamento seletivo” de denúncias. Recentemente, Janot chegou a defender a substituição de toda a diretoria da Petrobras.

De qualquer forma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentar as pressões pela substituição da diretoria da Petrobras, empresa atingida por um esquema de corrupção e de pagamento de propina a políticos.


Políticos da Lava-Jato só serão investigados em 2015

Os políticos envolvidos no esquema de corrupção e pagamento de propina na Petrobras, deflagrado na Operação Lava-Jato, só serão investigados a partir de fevereiro do ano que vem. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai esperar a volta do recesso do Judiciário para encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares e autoridades citados nas delações do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef.

O Poder Judiciário entra em recesso nessa sexta-feira, 19, e o STF permanecerá em esquema de plantão até o dia 31 de janeiro. Nesse período, só são tomadas decisões em medidas urgentes pelo ministro em plantão.

Por isso, Janot vai levar os inquéritos ou eventuais denúncias - se não for necessária investigação - contra os políticos apenas em fevereiro.

Ele já havia informado que, com a análise das delações de Youssef e Paulo Roberto Costa, já tinha elementos suficientes para pedir ao STF o "desmembramento" dos casos. Permanecerão no Supremo inquéritos contra parlamentares, autoridades com prerrogativa de foro e casos em que a atuação no esquema estiver diretamente ligada aos políticos.

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