Mais Notícias : Aécio e o impeachment de Dilma
Enviado por alexandre em 26/11/2014 10:03:30

Aécio e o impeachment de Dilma: ''É uma sanção legal''  Após um breve descanso, o ex-candidato, senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, reassumiu seu posto no comando da tropa de choque do partido contra a presidente Dilma Rousseff. Para quem esperava, porventura, um político moderado nessa fase de transição de equipe econômica, como têm sido os governadores tucanos Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perilo (GO), aconteceu exatamente o oposto.

Irritado com duas decisões do Senado, nesta terça-feira 25, Aécio abriu baterias, primeiro, na tribuna da casa e, em seguida, em entrevista. O senador mineiro atacou a decisão da comissão de Orçamento de aprovar o projeto governista que acaba com a meta de superávit fiscal. Neste tema, ele afirmou que a presidente Dilma Rousseff 'já está cometendo crime de responsabilidade', por ter, segundo ele, remanejado mais de 20% das verbas orçamentárias na forma como foram aprovadas pelo Congresso.

Moderado Aécio só foi no modo, mas no objetivo atuou no ataque. 'Não quero falar essa palavra', respondeu ele, a respeito de uma pergunta sobre a possibilidade de um processo de impeachment contra Dilma. 'Mas essas é uma das sanções legais', completou.

Abaixo, a entrevista de Aécio:

- Com o sr. avalia o momento político da presidente Dilma Rousseff?

Aécio Neves - Vejo hoje uma presidente da República sob chantagem, da sua própria base. Estamos vendo que a dependência dela é tão grande da base, que ela inicia um governo como se estivesse terminando. Ela não tem liberdade para montar o seu governo. Ela hoje monta seu governo em função da dependência absurda que ela tem no Congresso. Isso acontece porque ela cometeu crime de responsabilidade. A lei orçamentária é muito clara. Ela permite o remanejamento, mas Dilma já cometeu esse crime porque a lei orçamentária permite o remanejamento de até 20% de cada dotação, desde que se cumpra a meta fiscal. Esse remanejamento vem ocorrendo e o governo já sabia que não cumpria a meta fiscal e vem ampliando, pedindo créditos para gastar ainda mais. O que se quer agora e que modifique-se a meta e aí ela não receba a sanção. Essa lei vai ser conhecida como a lei da anistia da presidente Dilma, se for aprovada. Eles têm maioria, mas o nosso papel é denunciar isso e em última instância ir ao Supremo Tribunal Federal, que é o que nós vamos fazer.

Esse crime de responsabilidade fiscal pode levar ao impeachment da presidente?

Eu não quero falar essa palavra ainda, mas é uma das sanções. Não podemos viver num país onde a legislação é alterada em função dos interesses do governante de plantão e de uma eventual maioria que amanhã pode estar no outro campo. Aí altera-se novamente a lei? O papel da oposição é lutar politicamente. O que vai acontecer, não se iludam, é que a nota de crédito do Brasil vai ser rebaixada. Isso significa menos empregos e menos desenvolvimento. Quem paga ao final desta conta de um governo ineficiente, perdulário, que enganou a população brasileira é o cidadão brasileiro, principalmente o mais pobre.

O que o sr. achou da indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda?

É uma decisão da presidente. É um quadro qualificado, com quem tenho uma relação pessoal. Mas fico com uma expressão usada hoje pelo ministro Armínio Fraga, que viu na indicação de Joaquim Levy como se um grande quadro da CIA fosse convidado para comandar a KGB.   (Do portal BR 247)


Barbosa e a homenagem da Câmara hoje: Tô fora!  O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa será homenageado nesta quarta-feira (26) pela Câmara dos Deputados. O ministro aposentado vai ser condecorado com a "Medalha Mérito Legislativo", criada em 1983, considerada a maior honraria concedida pela Câmara.

Ele, porém, informou à Casa que não comparecerá à cerimônia, sendo representado por seu irmão. Segundo a assessoria da Câmara, Barbosa não informou o motivo da ausência.

Entre os agraciados estão Eduardo Jorge (PV), que disputou a Presidência da República, Renata Campos, mulher do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo durante as eleições, o governador eleito do Maranhão Flávio Dino (PC do B) e o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD).(Do Portal BR 247)


Com Dilma não tem jeitinho

Ilimar Franco - O Globo

 É forte a crítica no PMDB contra a forma pela qual a presidente Dilma ensaia anunciar seu ministério. Mais relevante do que a senadora Kátia Abreu, nome para a Agricultura, ser nova na sigla, é a escolha ser feita à revelia do partido. Dirigentes do PMDB diziam ontem que é um erro a presidente montar seu governo com imposições. Eles não querem ser tratados como o PR no Transportes.

O governo Dilma não considera protestos do PT na formação do Ministério. O partido saiu enfraquecido das urnas e está fragilizado pelo caso Petrobras. As queixas contra Joaquim Levy, na Fazenda, são vistas como protocolares. Quem teria peso para protestar, Lula, está em silêncio, embora sempre haja quem invoque o seu nome.

Os mais próximos da presidente Dilma, no Planalto, levaram um duro puxão de orelhas. Ela não gostou do vazamento para a imprensa dos nomes de sua equipe econômica. E não quer mais saber de nomes nos jornais antes que as escolhas sejam digeridas pelos aliados. A despeito das reações, Dilma não pretende voltar atrás nas escolhas.


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